LIBERTA

LIBERTA

Ilusão, paixão, tesão... e eu mergulhei,

me entreguei, sonhei, fantasiei

Errei?

Não sei!

Tudo tão bom, tão quente, insólito virtual,

e num instante era real, carne e corpo

Calor humano, carinho, e você... um porto

Me trouxe o riso, o grito, o gemido de prazer

me deu a chama o desejo, essa fome de querer

Combustível de ilusão, e eu entrei em combustão!

Ah você! Fogo, terra... E eu não sabia

que ainda era brasa e não carvão

Ar... Que eu não mais respirava

Água bendita... quase me afogava

Os quatro elementos unidos em subversão

me rodopiaram e me vi no olho do furacão

Agora vejo, acordei de uma catarse

quase morte em vida, opcional e inconsciente

Estou viva! Quero me embriagar de vida!

Correr, gritar e me amar novamente

me libertar de mim, quebrar as correntes

Como um cavalo selvagem correndo nos pampas

Quero provar todas as frutas... e são tantas!

Não sou capaz de te contar como estou agradecida

por ter me libertado, me incendiado me fazendo acordar

Me ajudado a me encontrar em mim

depois de tanto tempo perdida!

Quero ser terra, fogo, água e ar

Poderosa e ilimitada, plena de vida

De novo capaz de ousar, tocar e me saciar

Ser mais que mãe, além de mim... alguém

Assumida, completa, capaz mais que uma qualquer

Porque sou guerreira, parideira, sou uma grande mulher!

JUNO
Enviado por JUNO em 05/10/2007
Código do texto: T681696