AINDA QUE...

AINDA QUE...

Ainda que o ar me falte

Que meu chão se perca

E eu em prantos desate,

Não vou assinar a autoria

Desse delito que é sua culpa

Ainda que...

Você se vá e não volte nunca mais

Arranje-me uma desculpa melhor

Do que essa de dizer que tanto faz

Que minha vida se tornou sua rotina

Que nunca estivemos ou fomos pior

Minha vida nunca fará parte da sua monotonia

Homem ranzinza e cheio de mania

Que não gosta do barulho das crianças

Só porque sua vida é uma constante desesperança

Monótona é essa sua falta de alegria

Que teima em tornar cinza todos os dias

Ainda que...

Você se toque e resolva voltar...

Abri meus olhos para sua insensatez

Não fico com ninguém só por estar

E não vou te culpar pelo que você fez ou não fez

Minha vida tem filhos e tem barulho

É cheia de energia, alegria e muitos absurdos.

Adoro estar feliz comigo mesma

Adoro quando a chuva cai molhando tudo

Deixando cheiro de terra no ar

Gosto mesmo de brincar na chuva com meus pirralhos

E depois se tiver sol, deixar seus raios nos secar.

Gosto de assistir filmes infantis

Sou mãe porque é isso que eu sempre quis

Se não te serve uma mulher que vibra

Que tem filhos pequenos e cresce com eles diariamente

Deita no chão e deixa que a terra te cubra

Porque eu... apesar de você

Continuarei a ser quem sou... constantemente

JUNO
Enviado por JUNO em 15/10/2007
Código do texto: T695068