(DES)MOTIVAÇÂO: DO GRUPO LIDERADO X DO LÍDER DO GRUPO

ESSA PAUTA É MESMO MUITO INTERESSANTE!

E é mesmo algo a se pensar.

Vale lembrar que no exercício da liderança, na verdade, há uma cadeia de líderes, ou seja, um grupo pode ser liderado por alguém que, todavia, já é liderado por outro alguém, que também é liderado por outro alguém. E essa dinâmica é puramente normal.

Mas no exercício de sua função diante do grupo, esse líder precisa ser respeitado, porque ele também é humano e pode sofrer a mesma desmotivação (ou até pior) que o grupo que lidera possa já estar sofrendo.

Dessa forma, não basta mais que apenas o líder pense na motivação do grupo liderado por ele, porque agora é preciso pensar também na motivação do próprio líder para liderar. Porque... Pensemos!

Se o próprio líder já se desmotivou, como, então, motivará o grupo que lidera?

Complicado! Não é?

Mas nesse cenário, então, quem fará isso agora? E como? Usando que estratégias? E quais ferramentas?

Eis as questões! Rsrsrs.

Nas muitas empresas e instituições, entre os membros dos grupos liderados, há muitos líderes que eles mesmos já perderam essa motivação. E isso por inúmeras razões, dentre as quais:

► Ausência de reconhecimento à sua pessoa, ao profissional que é e ao seu trabalho (Lembrando que Reconhecimento não se faz com elogios, mas financeiramente, afinal o seu trabalho tem um custo porque tem o seu valor. Isso seria como dizer: “Reconheço o valor do seu trabalho. Portanto, seu trabalho tem seu custo. E por isso, farei por onde valorizá-lo pagando pelo seu valor”);

► Ausência de humanização nas relações de trabalho (Ainda que funcionário de uma determinada instituição, e independente de estar na condição de liderado ou de líder, o profissional é uma pessoa humana que tem suas próprias características, com habilidades e debilidades (Há que se entender que ninguém, por hábil que seja, é perfeito), além de sua própria personalidade com suas peculiares particularidades (que não se mudam) e outras características externas que lhe afetam direta ou indiretamente. Nesse sentido, uns são ágeis, outros são lentos, uns falam baixo, outros falam alto, uns andam, outros correm. Uns podem dispor de um carro próprio para se mobilizar de casa ao trabalho ou do trabalho para casa, outros dependem de transportes alternativos para isso, ficando à mercê de horários que não pode regular, enfim. Isso implica dizer que pode estar bem num dia, mas não no outro, pode errar num dia, mas acertar no outro, pode não se dar bem numa ação, mas ter êxito em outra, enfim. Mas independente do seu sucesso ou insucesso numa coisa ou outra, tem sentimentos, tem senso e percepção de seu valor e como ser humano precisa ser entendido e respeitado quanto às suas limitações, sem desmerecimentos pelas faltas que não intencionalmente cometer;

► Ausência de humanização na praxe laboral em relação à sua individualidade social sempre trazendo, de uma forma ou de outra, o profissional para o trabalho (É preciso lembrar que as pessoas são seres humanos, e que, portanto, tem suas próprias necessidades e fragilidades a atender, tem sua família com quem precisa compartilhar seus momentos, tem seus próprios problemas que exigem dessas pessoas uma solução, adoecem, choram, sofrem, cansam, se esgotam, se estressam, se fadigam e não podem viver, portanto, somente para o trabalho. Afinal, também carecem do seu próprio tempo... Tempo não perturbado, porque é o seu tempo);

► Interferências de terceiros ou superiores no seu trabalho promovendo, de forma objetiva ou subjetiva, a ausência de respeito ao seu trabalho e a tudo o que faz (É preciso jamais esquecer que o profissional só o é porque qualificou-se para ser. Logo, precisa haver crédito de confiança no que ele faz, no que ele planejou, apoiando-o na execução desse plano, de modo que o que se tenha estabelecido seja cumprido fidedignamente, mas nunca desfeito, modificado, enfim. Isso é desrespeito!);

► Desvios de competências (O profissional que sabe que compete exclusivamente a ele fazer alguma coisa jamais se sentirá bem ao ver que outra pessoa, quem quer que seja, fazendo exatamente essa coisa, ainda que autorizado por qualquer superior ou até pelo próprio. O que ocorreu? Porque não se procurou por quem, de direito, tinha competência para aquilo? Isso é grande desrespeito);

► Apagamento do profissional diante do êxito de suas ações (Não é normal, mas é comum quando algo dá errado quererem logo explicitar quem errou. Foi ele! Foi ela!. Mas e quando dá certo? Pois é! Geralmente há quem queira roubar as honras para si. Mas, diante disso, o profissional exitoso precisa ser noticiado de forma explícita quanto ao êxito do seu trabalho, evitando-se a qualquer custo a prática de usurpação de méritos por parte de quem quer que seja); (...)

Bem! São muitas situações adversas que promovem essa desmotivação em qualquer pessoa, em qualquer profissional.

E temos que nos policiar muito para que não acabemos sendo um desses muitos já desmotivados.

Mas... E se, hoje, infelizmente, qualquer de nós for um deles???? Eu, você? (Rsrsrs)....

___ Como assim???

___ Isso mesmo! Afinal, Somos humanos, suscetíveis a todas essas circunstâncias. Aliás, precisamos entender que ninguém se desmotiva a si mesmo. São os outros que fazem desmotivarmo-nos!

Pois é! E nesse momento, vamos interjecionar e perguntar: “Ihhhh!!!! E agora, José???”

Mas será que Carlos Drummond de Andrade teria uma resposta para a pergunta?

Pois dessa forma, para o agora desmotivado, diria o próprio:

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou.

Prof Emilson Martiniano
Enviado por Prof Emilson Martiniano em 12/01/2022
Reeditado em 13/01/2022
Código do texto: T7428144
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