Lagartas e borboletas

Quem é agricultor sabe, as lagartas não são algo que se deseja encontrar em uma plantação. As lagartas comem as folhas e estragam qualquer hortaliça que esteja em seu caminho. É considerada uma praga e assim é tratada.

Já as borboletas não. Essas enfeitam jardins, recebem homenagens das crianças e são sempre bem-vindas.

E assim vai a vida desse inseto que passa por essa metamorfose. Ora lagarta, depois borboleta.

As borboletas são bem-vindas, ajudam na polinização, que gerarão novas flores e frutos. É delas que as plantas se aproveitam na hora da reprodução, atraindo-as com suas flores.

Já as lagartas, essas não são tão bonitas, por vezes queimam a pele e até seu andar é curioso, como uma onda. Ninguém as quer por perto.

Lagartas, borboletas. Borboletas, lagartas. O que fazer? Por um lado, as lagartas comem as folhas, isso é verdade, alimentam-se do necessário, apenas o necessário, enquanto preparam-se para virarem borboletas e aí cumprirem um novo papel. Observemos que não é um papel mais importante do que outro. São papéis, são momentos diferentes que o mesmo ser exerce.

Essa relação que há entre as plantas e as borboletas não deve receber o nome de praga perante a natureza. Na verdade é como uma simbiose, uma hora as plantas alimentam as lagartas. E na outra as borboletas ajudam as plantas a se multiplicarem.

Pois bem, e como estamos nós? Estamos nos alimentando apenas da natureza? O que fazemos por ela? Será que o planeta é como uma folha? Ou será que seus recursos são inesgotáveis? Ora, como um circuito fechado, um planeta com limites, é evidente que seus recursos também tem um limite. Nada é inesgotável. A natureza mostra isso.

Não é aqui um questionamento para dizer que não se deve usar os recursos. Não! Os recursos estão aí e se a natureza os criou é para serem usados, desenvolvidos, melhorados. Na própria Bíblia, no Gênesis, diz isso que a natureza estava posta para ser usada pelo Homem.

Usada, e não destruída. Usar, para poder usar novamente. Usar para crescer e se desenvolver. Alterar, se preciso for, para gerar melhorias. Não apenas destruir pelo fato de destruir.

Aprender com as borboletas talvez seja um caminho. Pode usar as folhas para se alimentar, não tem problema nenhum, mas que preserve para sempre ter, agora e nas próximas gerações.

Talvez falte isso para a humanidade, entender que os recursos podem e devem ser usados. Mas que é preciso também cuidar para sempre ter.

Será que vamos aprender com as lagartas e borboletas?

julianopd
Enviado por julianopd em 27/04/2022
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