Reflexos de reflexões

A vida tão sentida

Sentiu cheiro de morte

Que não sentia nada

Muito menos cheirava vida

Era a morte preferida

Dos elmos que nascem justos

Dos erros que morrem lentos

Dos rios que são profundos

Nada era mais perturbador

Que ver a estrada prometida pra dor

Que a lua escurecer calor

Que o sol não maltratar rancor

Que a vida não esquecer de morrer

Que a morte não esquece de padecer

Que o sopro não alimenta a certeza

Que a dúvida pode ser indiferença

E que nenhuma carta sem dono

Trás a rua certa!

Nada sem nada é nada mesmo?

E tudo com tudo é tudo desde quando??

Até onde o tudo é moribundo

e a morte é absoluta??

Que mal haveria inverter as dúvidas

E acreditar na morte impossível

Na regressão do passado

Num futuro conhecido ?

Que bem haveria sabermos o futuro

Jogar a ideia fora

E sair correndo mar adentro da madrugada

Que não amanhece sem que a noite acabe, levando minha insônia pra passar a noite em claro como eu ??

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 18/08/2022
Reeditado em 18/08/2022
Código do texto: T7584735
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