CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(4) A Busca pela Aprovação Divina e Humana

A busca pela aprovação, seja dos homens ou de Deus, é um tema de considerável relevância nas discussões teológicas e filosóficas. Enquanto alguns argumentam que a aprovação divina é o objetivo supremo da vida, outros sustentam que a aprovação dos homens desempenha um papel significativo em nossa jornada espiritual. Neste ensaio, exploraremos essa questão, considerando diferentes perspectivas teológicas e filosóficas.

Ralph Waldo Emerson, um dos grandes filósofos, nos adverte sobre o perigo de buscar incessantemente a aprovação dos outros. Ele enfatiza a importância de ser autêntico em um mundo que muitas vezes nos pressiona a ser diferentes do que somos. Essa ideia ressoa com a noção de que a busca excessiva pela aprovação dos homens pode nos desviar de nossa verdadeira identidade espiritual.

Por outro lado, o apóstolo Paulo, em sua carta aos Gálatas, coloca a busca pela aprovação de Deus como a mais alta prioridade. Ele argumenta que se estamos constantemente buscando agradar aos homens, podemos comprometer nossa devoção a Deus. Isso nos leva a considerar se a aprovação divina deve ser nossa bússola moral primária.

Exemplos bíblicos, como José e Daniel, são frequentemente citados como modelos de indivíduos que obtiveram tanto a aprovação divina quanto a dos homens. No entanto, é importante lembrar que esses são casos excepcionais e que a realidade nem sempre espelha esses exemplos.

Em última análise, podemos concluir que a busca pela aprovação deve ser equilibrada. A aprovação de Deus é fundamental em nossa jornada espiritual, mas não devemos negligenciar a importância das relações humanas. Devemos aspirar a ser autênticos, como preconizado por Emerson, ao mesmo tempo em que priorizamos a busca pela aprovação divina, como sugerido por Paulo.

Portanto, nossa busca pela aprovação deve ser guiada pela sabedoria, discernimento e uma compreensão profunda de nossos princípios e valores. Devemos buscar a harmonia entre a aprovação divina e humana, lembrando-nos de que a verdadeira grandeza está em viver uma vida que reflita nossa fé e autenticidade espiritual, independentemente da aprovação externa.