CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico V(17) "A Igreja e a Família: Uma Perspectiva Contemporânea"

A Igreja, embora muitas vezes vista como conservadora, pode ser reinterpretada sob uma luz mais contemporânea e inclusiva. A Bíblia nos ensina em Gálatas 3:28, "Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus". Isso sugere que todos são iguais aos olhos de Deus, independentemente de sua identidade ou estrutura familiar.

A ideia de uma família ideal é contestada quando consideramos a diversidade de formas familiares existentes. Como disse Simone de Beauvoir, "A liberdade é o reconhecimento da necessidade". Isso implica que a liberdade individual na escolha de relacionamentos e formatos familiares deve ser respeitada.

A complexidade das relações humanas é evidente quando consideramos a variedade de práticas sexuais. A psicóloga Esther Perel afirmou que "A monogamia não é mais o único modelo aceitável para relações". Isso sugere que diferentes formas de relacionamento podem ser saudáveis e gratificantes.

A ênfase na exclusividade sexual no casamento pode ser reavaliada à luz da autonomia individual. Erich Fromm destacou que "A liberdade é a única condição sob a qual o amor se desenvolve". Isso sugere que permitir que os indivíduos escolham seus parceiros e formatos de relacionamento pode fortalecer os laços afetivos.

Em vez de estigmatizar situações como divórcio e filhos de casamentos diferentes, devemos reconhecer a complexidade das relações. O psicólogo John Bowlby mencionou que "O importante não é o que se dá ou como se dá, mas o amor com que se dá". Isso sugere que diferentes configurações familiares podem ser igualmente válidas e satisfatórias.

Finalmente, devemos celebrar a diversidade de formas familiares. A sociedade contemporânea reconhece que o conceito de família evoluiu ao longo do tempo. Portanto, é fundamental abandonar visões ultrapassadas que podem perpetuar preconceitos e discriminações. Em última análise, devemos promover o respeito, a compreensão e a aceitação, reconhecendo que não há uma única fórmula para a felicidade familiar. Ao abraçar a diversidade, podemos construir uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todos.