CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico V(22) "A Evolução da Compreensão do Vício Sexual"

O provérbio de Salomão, "Quem comete adultério não tem juízo; quem assim procede destrói a si mesmo" (Provérbios 6:32), ressalta os perigos do vício sexual. No entanto, a relevância deste provérbio milenar é questionada na sociedade contemporânea. Embora a graça divina seja vista como a única libertação, a compreensão moderna sugere uma evolução.

As ciências psicológicas, em vez de se apoiarem exclusivamente em advertências bíblicas, contribuem para uma visão mais abrangente dos comportamentos sexuais. Como Sigmund Freud afirmou, "A sexualidade é a chave para a natureza humana". A ideia de que pecados sexuais cativam a alma de maneira única é contestada quando consideramos o espectro mais amplo de vícios comportamentais.

Pesquisas contemporâneas, substituindo as referências bíblicas, sustentam a ideia de que a obsessão sexual não é exclusiva desse tipo de pecado que é a busca pelos os hormônios da felicidade e bem-estar: Endorfina e Serotonina. O vício em pornografia, por exemplo, pode ser analisado à luz de estudos sobre vícios comportamentais em geral, que demonstram a busca constante por estímulos mais intensos.

A evolução da pornografia ao longo das décadas pode ser interpretada de forma diferente. Em vez de ver essa mudança como uma progressão natural do pecado, podemos explorar a influência de fatores sociais e tecnológicos na transformação da indústria. Como Marshall McLuhan disse, "O meio é a mensagem".

A história de Sansão, Amnom e Salomão, embora usada como exemplos, pode ser reavaliada. Em vez de culpar exclusivamente o vício sexual, uma abordagem mais moderna enfatiza a importância da educação sexual, saúde mental e abordagens terapêuticas para lidar com tais questões.

Em conclusão, enquanto o provérbio salomônico oferece uma perspectiva moral, uma abordagem mais contemporânea incorpora insights psicológicos e sociais para entender e abordar os desafios relacionados ao sexo e vício. Como Albert Einstein disse, "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original". A evolução do conhecimento ao longo dos séculos nos incentiva a considerar múltiplas perspectivas para uma compreensão mais abrangente e eficaz.