CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico V(23) “Desafiando Dogmas: Uma Reflexão sobre a Sexualidade e a Liberdade Individual”.

A moralidade da sexualidade humana, particularmente em relação à prostituição, tem sido um tema de debate acalorado, muitas vezes abordado de uma perspectiva antiquada e repressiva. Como Sigmund Freud afirmou, "A sexualidade é a chave para a natureza humana". No entanto, a visão moralista, frequentemente expressa por pregadores religiosos, tende a estigmatizar as prostitutas e mulheres que fazem sexo fora do casamento, refletindo uma sociedade enraizada em valores conservadores.

A Bíblia nos lembra em João 8:7, "Aquele que não tem pecado seja o primeiro a atirar a pedra". No entanto, em vez de abordar o tema com compreensão e respeito pela diversidade de escolhas individuais, os fanáticos religiosos optam por julgar e estigmatizar. A relação entre os homens jovens e as prostitutas é vista como uma ameaça, sugerindo uma vulnerabilidade associada à juventude e aos hormônios. No entanto, essa visão simplista negligencia a complexidade das relações interpessoais e a autonomia individual.

A abordagem religiosa direciona a geração moderna, associando-a a práticas como sexo casual, controle de natalidade, pornografia e outras expressões da liberdade sexual. No entanto, é crucial reconhecer que a liberdade individual é um direito humano fundamental, e a diversidade de escolhas não deve ser interpretada como uma ameaça.

A narrativa dos professadores de uma religião qualquer continua enfatizando o arrependimento como única salvação para aqueles que se entregam aos prazeres sexuais considerados fora dos padrões morais estabelecidos. No entanto, como disse Voltaire, "O perfeito é inimigo do bom". Em vez de promover uma reflexão saudável sobre escolhas e responsabilidades individuais, essa abordagem reforça a ideia de pecado e culpa.

Substituindo as referências bíblicas por uma perspectiva mais contemporânea, é necessário questionar a validade de padrões morais que buscam controlar a expressão legítima da sexualidade humana. A ênfase na liberdade de escolha, no respeito à diversidade e na busca do entendimento mútuo deve prevalecer sobre os dogmas morais ultrapassados.

Em última análise, a mensagem central do cristianismo, especialmente, reflete uma abordagem moralista que negligencia a complexidade da natureza humana e as diferentes formas de expressão da sexualidade. É fundamental reconhecer e respeitar a diversidade de escolhas individuais, promovendo uma sociedade baseada na compreensão mútua e no respeito pela autonomia de cada pessoa.