CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico VI(7) "Empreendedorismo e a mensagem de Jesus Cristo"

O empreendedorismo, frequentemente associado ao sucesso, é uma questão complexa que requer uma análise crítica. A figura da formiga, embora seja um símbolo de trabalho árduo, não abrange completamente a realidade do empreendedorismo moderno. Como disse Peter Drucker, "A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo".

A ênfase na poupança e na aversão ao desperdício, embora sejam princípios bíblicos válidos (Provérbios 6:6-8), devem ser reavaliados à luz das complexidades econômicas contemporâneas. O investimento e a inovação são muitas vezes cruciais para o crescimento financeiro, como exemplificado por empreendedores de sucesso que colaboram e inovam em equipe.

A crítica à preguiça e ao desperdício, embora seja uma lição válida (Provérbios 18:9), deve ser examinada à luz das realidades sociais. Como observou o filósofo Jean-Paul Sartre, "Não somos apenas responsáveis por aquilo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer".

A educação dos filhos sobre trabalho árduo, previsão sábia e disciplina nos gastos é indiscutível. No entanto, é essencial ir além e incluir educação financeira, compreensão crítica das estruturas econômicas e apoio à diversidade de habilidades e talentos.

Em contraposição ao discurso centrado no empreendedorismo individual, a mensagem de Jesus Cristo é apresentada como um modelo alternativo. Sua ênfase na obediência ao Pai e serviço ao próximo (Mateus 22:39) destaca a importância do propósito e impacto social.

Portanto, é fundamental adotar uma abordagem mais inclusiva e contextualizada para enfrentar os desafios contemporâneos, reconhecendo as nuances e complexidades do mundo atual. Como disse Albert Einstein, "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original".