Como ocorre a invasão cultural ianque sofrida pelo Brasil?

 

 

Um dos exemplos mais visíveis da invasão cultural é o uso da língua estrangeira, principalmente a inglesa, na comunicação oral e escrita dos brasileiros que vivem nas grandes cidades (e, atualmente, até no campo).

 

Pense em quantas palavras inglesas usamos em nosso cotidiano: "Mouse", "delivery", "stress", "self-service", "teen", "fast-food", "shopping center" e tantas outras.  São anúncios, propagandas, revistas, programas de televisão em que percebemos nitidamente a língua inglesa sendo usada para comunicar uma informação. 

 

Alguns acham, equivocadamente, que o uso do (idioma) inglês é superior e mais evoluído. Por exemplo, uma "pizzaria" que entrega "pizzas" em domicílio acaba sendo mais valorizada se usar a expressão "delivery". Assim  temos uma empresa do ramo alimentício que entrega "pizzas" (expressão de origem italiana) "delivery" (expressão de origem estadunidense).

 

Esse estrangeirismo em nossa comunicação é criticado por muitos estudiosos e aceito por alguns, mas de qualquer forma é fruto da invasão cultural e da tecnologia, pois "quem cria a tecnologia cria a terminologia".

 

Por curiosidade, os povos da América Espanhola  não aceitaram o termo "mouse" e usam a expressão "raton" quando se referem ao periférico do microcomputador. 

 

Outros exemplos da invasão cultural também são visíveis na música veiculada pelas rádios FMs. A imensa maioria das rádios, a serviço das grandes gravadoras multinacionais, veiculada canções de cantores(as) ou grupos estadunidenses, que acabam sendo mais conhecidos que os artistas brasileiros. E veja que a Música Popular Brasileira, nossa famosa MPB,  é considerada pelos estrangeiros como a melhor do mundo. E o que dizer do cinema? Música, cinema, internet são veículos para propagar o que chamamos de "American way of life" ou "Modo de vida americano" [na verdade, estadunidense, porque o México e o Canadá também são norte-americanos, e todos nós, das 3 (três) Américas (do Sul, Central e do Norte) somos também americanos. Essa forma de chamar os estadunidenses de, principalmente, americanos, ou norte-americanos, é mais uma maneira de roubar a identidade cultural dos outros povos também americanos. Pense(m) nisso.].

 

Assim, o Imperialismo [a política de expansão e o domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outra(s), ou sobre uma ou várias regiões geográficas] expande não apenas o poder econômico, mas, sobretudo, os valores.   

 

 

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