ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VI(27) “A Sexualidade na Era do Consentimento: Uma Reflexão Teológica”

A condenação do adultério e do sexo casual por fanáticos religiosos, embora enraizada em dogmas, carece de uma análise crítica atualizada. Como Paulo Freire afirmou, "Ninguém é ignorante de tudo, nem sabe tudo. Por isso, aprendemos sempre". A interpretação moral e ética varia amplamente, tornando a imposição de uma única visão problemática e excludente.

A comparação simplista do adultério com um fogo que queima as roupas de um homem não reflete a complexidade da sexualidade humana. Como Provérbios 6:27 sugere, "Pode alguém carregar fogo no colo sem queimar as suas roupas?", a analogia sugere uma inevitabilidade que pode não corresponder à realidade. A avaliação do adultério deve considerar as circunstâncias individuais e as consequências reais.

A sexualidade humana é complexa e não pode ser reduzida a uma dicotomia simplista. Atitudes moralistas podem estigmatizar e julgar pessoas que fazem escolhas sexuais fora das normas tradicionais. Como Sartre disse, "Estamos condenados a ser livres", indicando que a liberdade individual deve ser respeitada.

Devemos promover uma cultura de respeito, consentimento e responsabilidade sexual, valorizando o diálogo aberto, o consentimento mútuo e o respeito pelos direitos e desejos de cada indivíduo. Como Mateus 7:1-2 nos lembra, "Não julgueis, para que não sejais julgados".

Em suma, a condenação absoluta do adultério e do sexo casual reflete uma visão moralista e antiquada. Devemos promover uma abordagem mais inclusiva e compassiva, que valorize o respeito, a empatia e o entendimento mútuo.