Digam aos estrangeiros!

Homens. Hora náuticos. Vós, acaso enfim despertem-se do sono indolente e preguiçoso, digam aos estrangeiros!

Digam que o ressonar da "pátria amada" à patria nossa num verso de canto são os nossos presentes do fundo do coração, e a mão esquerda cravada ao peito é como que para estancar a dor da perda. Não deu-se canção a estas juras como num repeteco; esta é a serenata do apaixonado à musa(...) E musa não fora por pouco! Nem por menos o amante, uma vez disposto a sofrer e morrer de amores, e chorar um sorriso molhado em sangue.

Homens! Hora torcendo caravelas por amor à amada, à criança, ao desvelar da bandeira em verduras do solo amazônico, vós! Digam aos estrangeiros da fibra que não abalou-se por intempéries e nem há de afastar do peito a jura, ainda que doa.

Homens, digam aos estrangeiros que estamos a postos! Das nossas mulheres distintas e puras; da cinza a reconstrução. E a floresta desvelada, verde e amarela, mais viva do que nunca!

Homens, digam aos estrangeiros(...)

Raquel Minchetti
Enviado por Raquel Minchetti em 03/03/2024
Reeditado em 04/03/2024
Código do texto: T8011480
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