Encontros
Não é nada.
Não é paixão, amor... Nada.
Apenas uma “coisa” que surgiu entre dois amigos.
Algo meio que ainda sem explicação, despretensioso, confuso demais para se entender.
No começo éramos apenas desejo.
Quem não deseja?
[Quem não quer ser desejado?]
Horas e horas face a face num platônico jogo de palavras.
As vontades mais íntimas: reveladas.
Os segredos: jogados.
Tudo o que poderia ser feito minuciosamente detalhado em palavras com significados tão fortes que chegam a pesar.
A espera.
Longa, cansada, mortal espera.
Esperar até esquecer de que se existe.
Esperar até cansar de lembrar.
Sonhar, planejar, arquitetar e esquematizar como seria.
Percorrer, mentalmente, cada milímetro e imaginar qual o melhor uso a fazer de cada um.
Realizar tudo e aguardar o próximo.
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Dedicado a alguém muito especial e importante na minha vida e que, estranhamente, nunca dei o devido valor.