CAVANDO MASMORRAS AOS VÍCIOS.

 

 

Um alerta aos Maçons.

 

 

“A Virtude é uma disposição da alma que nos induz à prática do bem”.

 

 

Será mesmo que os Maçons são verdadeiramente “livres e de bons costumes”?

Pelo que eu tenho visto e pelo o que é comentado em praça pública, eu tenho a impressão que não são.

Na verdade e, pelo que eu tenho notado, a maioria é totalmente hipócrita, porque a hipocrisia essa doença incurável, neles, (certos Maçons) é uma homenagem que o vício presta à virtude.

A hipocrisia, sem a precipitação ou a sombra nefasta dos corriqueiros preconceitos, nós podemos conceituá-la como o ato de fingir ter crenças, virtudes e ou sentimentos que a pessoa na verdade não possui.

Mas também para não falsear essa mesma verdade, podemos afirmar com incontestável certeza de que nunca possuíram tais atributos.

Eu não pretendo generalizar, mas infelizmente, temos conhecimento de que certos “Maçons” têm um comportamento nada elogiável e, por conseguinte, levam com a sua má conduta a Arte Real para a sarjeta das duvidosas avaliações.

Pelo que aprendi e pelo que me ensinou a Arte Real, o Maçom deve cavar masmorras aos vícios, mas infelizmente o que tenho presenciado e visto é que, certos Maçons, vivem soterrados pelos vícios, tornando-se presa fácil deles e prontamente dominados, sendo assim escravos de si mesmos.

É muito comum ver alguns “Maçons”, visivelmente embriagados, apreciadores contumazes da inofensiva cervejinha ou do nobre e envelhecido Uísque.

Outros, já na senectude apreciando e “degustando” meninas novas e, nessas casas de duvidosas inquilinas, onde elas normalmente aparecem bem vestidas e na moda, embora não fiem e nem bordem, entretanto, são vestidas com luxo e seda por esses decrépitos coronéis “justos e perfeitos”.

Outros são escravos diletos do permissível cigarro, (fumo) e a escravidão ao vício é tão evidente que deles é desprendido o cheiro fedorento da nicotina.

Coitadas de suas esposas e ou namoradas que, quando os beijam, é como se fossem cinzeiros humanos exalando a borra fétida do tabaco.

Muitos deles desperdiçam o seu tempo, a sua riqueza e a oportunidade de estar com as suas esposas em casa, quando em vez disso, vivem ao redor das mesas de jogos de azar, arriscando o seu estimável patrimônio em lugares escondidos e escuros, onde esvoaçam espíritos de baixo nível.

Outros, infelizmente, são contaminados pelo egoísmo, pelo orgulho e pela presunção, fica evidente que lhes falta uma das maiores virtudes, a da caridade.

Esses mal chamados “Irmãos” se lhes restasse ainda alguma sombra de honradez, eles deveriam abandonar a Maçonaria e, com isso, fariam um grande bem em não denegri-la com a sua conduta duvidosa.

 

Quero aqui alertar esses Maçons para aquilo que foi ouvido no ato da sua iniciação, palavras profundas que lhes foram ditas na pomposa solenidade para tal evento:

“Se desejar tornar-vos um verdadeiro Maçom, deveis primeiro morrer para o vício, para os erros, para os preconceitos vulgares e nascer de novo para a Virtude, para a honra e para a Sabedoria”.

Dou-vos agora aqui uma pequena conceituação do que realmente é o vício, mas garanto que vós sabeis perfeitamente do que estou querendo falar, pois vós sois escravos dele.

O vício é o oposto da Virtude.

É um hábito desgraçado que nos arrasta para o mal, ele pode ser interpretado como tudo aquilo que se opõe a natureza Humana, e que é contrário a Ordem da Razão.

Por isso, devemos sempre construir Templos à Virtude, que é cultivar a permanente disposição para querer o bem, é ter a coragem de assumir valores e enfrentar os obstáculos que dificultarão a subida rumo ao conhecimento.

Logo, deduzimos que para vivenciarmos a justiça, o amor e a caridade, torna-se necessário antes de tudo ser VIRTUOSO.

Já dizia Platão no século V a.C. que a virtude é o esforço de purificação das paixões, dizia ainda que, o compromisso do homem virtuoso está vinculado à razão que determina o exercício prático, o domínio do corpo.

Já para Aristóteles, a virtude é a eqüidistância entre dois vícios: um por excesso, outro por falta.

Ele nos alerta para sempre buscarmos o justo meio, sem o excesso e sem a falta.

Será que os Irmãos Maçons estão realmente procurando o justo meio ou, cavando masmorras aos vícios e levantando Templos à Virtude, conforme lhes foi ensinado?

Muitas das vezes esquecemos olhar para nós mesmos, mormente, em se tratando de mudanças e transformações.

Exigimos sempre que os outros se transformem, se corrijam sem, no entanto, patrocinarmos a nossa própria correção, tentando sempre esconder a nossa escravização ao vício.

Nossa Ordem precisa sair do imobilismo que se encontra. Precisamos com união e respeito debater mais os nossos problemas em Loja.

Precisamos aprender a criticar e, principalmente, aprender a ouvir críticas.

Precisamos, acima de tudo, ser mais tolerantes com os outros e menos tolerantes com nós mesmos.

Precisamos desbastar a Pedra, não a do nosso Irmão.

 

NÃO SEJAMOS HIPÓCRITAS!

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 09/05/2008
Reeditado em 30/04/2009
Código do texto: T982122