Jornalista Roberto Santos concede entrevista à Boa Vontade TV

Jornalista Roberto Santos concede entrevista à Boa Vontade TV

Rio de Janeiro/RJ — Compartilhando com os telespectadores um pouco de sua história de vida e carreira, no último dia 15 de outubro o jornalista e crítico literário do jornal O Fluminense, Roberto Santos, concedeu entrevista para o programa Boa Vontade Entrevista, da Boa Vontade TV, canal 27 da Sky.

Roberto Santos, que também é educador, professor universitário aposentado e diretor de colégio há mais de 20 anos, relatou inicialmente que o interesse pela área educacional começou desde cedo, exatamente com 17 anos, mesmo contra a vontade de toda a família, que queria a carreira de medicina para ele, resolveu ser professor, por exercício, por vocação e pura paixão. "Depois a família se curvou, pois percebeu que eu era feliz com o que eu fazia. Toda pessoa que faz alguma coisa que elas têm no coração, de que elas gostam, elas acabam por serem felizes. Depois pela minha própria ascensão profissional, pelas funções que ocupei na vida, pela carreira no magistério que eu fiz, tive uma carreira completa na universidade", destacou.

O educador disse que dirigir escola e atuar em sala de aula são experiências muito próximas: "Embora a capacidade de dirigir tem a ver com a capacidade de gestão, a sala de aula também tem a ver com capacidade de gestão, de lidar com pessoas. Eu costumo dizer que a melhor coisa que existe na minha profissão, dando aula ou dirigindo uma escola, como dirijo até hoje, é saber que lidamos com Ser Humano. Isso é fantástico!".

O lidar com o Ser Humano foi um dos motivos que o levou à vocação para o jornalismo: "As coisas também são associadas, o jornalismo acabei levando para o exercício da crônica, sobretudo naquilo que se refere ao cotidiano, e para área de resenhas e críticas literárias, porque o livro foi e é minha grande paixão a vida inteira. Semanalmente na revista O Flu tem uma crônica e no jornal O Fluminense tenho a coluna Livros há 25 anos".

O entrevistado explicou ainda a diferença entre escrever crônicas e resenhas literárias: "A crônica tenta, objetivamente, pegar o leitor para um fato importante, para alguma coisa que o cronista vê e quer se comunicar com o público. Já, a resenha de livros, você lê o livro e junta os elementos que o compõem e analisa para o leitor, aproveitando para dar uma pitadinha, dar o sabor do livro para ver se enreda o leitor".

A sabedoria popular diz que para ser um bom escritor tem que ser um bom leitor. Por obrigação de ofício para publicar sua coluna semanal, o jornalista Roberto lê, no mínimo, dois livros por semana, mas ele cita que lê bem mais do que isso pelo exercício da paixão. Em sua coluna do jornal O Fluminense, os livros do escritor Paiva Netto estão sempre presentes.

O professor Roberto descreve quando começou seu interesse pelas obras do líder das Instituições da Boa Vontade: "Comecei a perceber na obra de Paiva Netto uma coisa que já Alziro Zarur fazia há muitos anos, e é preciso que se lembre, aqui quase que escusado dizer isso, que Paiva Netto é um discípulo de Alziro Zarur. Alziro Zarur já pregava o Ecumenismo, mas quando eu percebi o Ecumenismo de Paiva Netto nos livros dele, no mundo de agora, isso me chamou a atenção, fiz questão de destacar isso. Quando Paiva Netto fala exclusivamente de passagens bíblicas, ou quando as interpreta, ele nunca o faz de maneira marcada, sectária. Paiva Netto jamais fez um proselitismo com qualquer coisa que ele dissesse. Isso me chamou a atenção, essa grande capacidade de liberdade, de pensar espiritualmente o que ele possui. A partir daí, comecei, se a gente fizer um levantamento, resenhei quase que todos os últimos livros dele, até mesmo esse último Em Pauta".

Em suas resenhas, ele faz questão de destacar o lado jornalístico de Paiva Netto, enquanto educador, promotor da cultura: "Eu destaquei muito isso, na última resenha, destacando que ele é um professor de espiritualidade. O que me chama a atenção em Paiva Netto é uma coisa que o velho Shopenhouer dizia: 'Quem quiser dizer alguma coisa verdadeira, deve dizê-la da maneira mais simples e direta, porque a Verdade sempre é marcada pelo selo da simplicidade', assim ele pensava. Guardadas as devidas proporções, Paiva Netto faz isso. Ele consegue dizer todas as verdades espirituais sobre o viés da simplicidade. Esse último livro dele, por exemplo, o Em Pauta, fala de espiritualidade, claro. Mas ele também fala de grandes figuras humanas: Dalai Lama, de Gandhi, mas fala de Eça de Queiroz. Ele é capaz de falar de Anatole France, o que prova que o jornalista e escritor Paiva Netto, essas duas personalidades se fundem numa só, tratando do assunto que tratar, mas o que acontece é que, às vezes Paiva Netto, por ser conhecido, por ser marcado como Presidente da LBV, as pessoas só vão identificá-lo nessa área e se esquecem da sua amplitude ecumênica, da sua amplitude cultural, do que ele é capaz de dizer culturalmente. No Em Pauta eu destaco isso, na resenha o leitor pode conferir no site do jornal O Fluminense, eu destaco que ele diz que 'até os ateus têm capacidade de ir para o céu, de serem perdoados'. Eu não conheço ecumenismo maior do que esse, e daí a minha admiração por essas projeções que o jornalista e escritor Paiva Netto tem feito. Esses assuntos são meu interesse como leitor".

Finalizando o bate-papo, a equipe da Boa Vontade TV agradeceu ao prezado amigo a entrevista concedida, ao que o mesmo retribuiu dizendo: "Quem agradece sou eu, à LBV, a Boa Vontade TV em receber uma figura como eu, absolutamente simples, e que só tem um mérito: o de gostar, o de ter paixão por livros, nada além disso".