JANE MARA - TALENTO NA MEDIDA

Para a cantora e atriz Jane Mara, o que vale em sua vida e carreira artística é seguir a orientação de Deus

No linguajar evangélico, desviado é, como o próprio nome diz, aquele que se afasta dos caminhos do Senhor e deixa de viver em conformidade com os princípios cristãos. Em outras palavras, é o crente que caiu no mundo. Isso não é exatamente o que aconteceu com Jane Mara Queiroz Tavares – ou simplesmente, Jane Mara; pelo contrário, ela segue bem fiel ao Senhor e frequenta regularmente a Igreja Universal do Reino de Deus. Desviada, para a mineira de Passos que vive e trabalha em São Paulo, tem outro significado, só que muito mais positivo – formada em administração, ela trocou o escritório por um ambiente totalmente diferente ao perceber as portas do sucesso se abrindo para a ascensão de sua carreira artística.

Como diz o ditado que “filho de peixe, peixinho é”, a vocação musical de Jane Mara vem de casa. Sua família é formada por músicos – exceto pelo pai, que é administrador de empresas. E, apesar de ser também atriz, dubladora e trabalhar em outras áreas ligadas à arte, é a música que desponta como a principal vertente na vida profissional de Jane. Em meio a tantas atividades, ela garante que sobra tempo para seu momento de comunhão com Deus. “Na verdade, não preciso de um tempo determinado para orar, pois estou ligada às orações o tempo todo; inclusive, é a primeira coisa que eu faço quando abro os olhos”, garante.

Com um estilo melodioso que mescla jazz, bossa nova e música popular, e um repertório bastante variado, a lista de Jane Mara como participante em projetos musicais é bastante extensa e, consequentemente, a de parceiros de shows ainda maior. Chico César, Danilo Caymmi, Mário Manga, Edgar Scandurra, André Abujanrra, Paulinho Moska e o também evangélico e jazzista de fama internacional Helio Delmiro são apenas alguns dos músicos com quem a cantora mineira já dividiu os palcos. Na televisão, ela participou de novelas como Metamorphoses, Escrava Isaura e Essas Mulheres (Rede Record) e da minissérie JK – Juscelino Kubitschek (Rede Globo), além de ter atuado em diversos comerciais e ter sido convidada para os principais programas de auditório e entrevistas do país. Fez também teatro e, no cinema, trabalhou nos filmes Antonia, Caixa 2, Primo Basílio e Não Por Acaso.

Atualmente Jane Mara reside em São Paulo, cidade que conhece desde a adolescência, com o filho Gabriel que, apesar da pouca idade, já tem seguido os passos da mãe tanto na música como na vida cristã. A artista concedeu a seguinte entrevista:

JDM – Como você se tornou evangélica?

JANE MARA – Como boa parte das pessoas, foi a dor que me propiciou um encontro com Deus, isso há quase 15 anos. Passei por momentos muito difíceis na minha vida sentimental, e com o tempo comecei a perceber que muitas coisas em mim poderiam ser modificadas com a ajuda de Deus e de sua Palavra. Agora, que sou evangélica, isso ainda continua a me fortalecer cada vez mais. Portando, posso presumir que a dor que senti no passado foi maravilhosa, pois me propiciou a cura e me fez sentir verdadeiramente em paz, além de perceber que a fé é o que eu tenho de mais valioso e que direciona minha vida hoje e sempre.

O que mudou na sua vida, tanto profissional como espiritualmente, depois que você começou a frequentar a igreja?

Estou sempre atenta às coisas de Deus, o que me faz ter entendimento, clareza e discernimento do que é humano e o que é espiritual. Percebo uma mudança em todas as áreas da minha vida. A cada dia acontece uma novidade, tanto interiormente como na minha vida profissional. Sinto-me realizada, porque agora tenho a plena certeza de que não estou só.

Como você analisa o momento da música evangélica nacional? Costuma ouvir alguma coisa do gênero?

A música evangélica nacional está cada vez mais linda. Também há um grande número de excelentes músicos e cantores, que só acrescentam coisas boas nas nossas vidas. Além do carinho e respeito, admiro a musicalidade de amigos que se dedicam à música cristã, como Robson Nascimento, Marcelo Manhãs e Celinha. Gosto muito também do trabalho de Marcos Goes, Kleber Lucas, Gisele Nascimento, Fernanda Brum, Marquinhos Gomes e muitos outros

Na sua opinião, no que a música pode contribuir para o evangelismo e a propagação da Palavra de Deus?

Eu vejo a música como uma arma que tem o poder de atingir diretamente o coração das pessoas, e por isso desperta sentimentos bons e ruins. Mas a pureza da música que fala do amor e do louvor a Deus só pode nos trazer paz e alegria. Por outro lado, a música é também a melhor maneira de impactar milhares de corações de uma só vez. É isso que a torna tão poderosa.

Você já teve ou tem a intenção de gravar um disco de cunho evangélico?

Tenho algumas canções cristãs que compus num momento de dificuldades na minha vida, e que guardo com muito carinho. Atualmente eu me dedico à música secular, trabalho que procuro fazer com muito cuidado para não contradizer minha vida espiritual. Porém, eu não sou dona da minha vida. Se algum dia o Senhor quiser mudar meu estilo e gênero para a divulgação da sua obra, estarei à inteira disposição. Apenas espero também estar devidamente preparada, pois o que mais quero e preciso é ter a minha fé sempre fortalecida.

Fonte: Revista Eclésia - Edição 135

* caso queira adquirir a revista, favor solicitar por e-mail.

COPYRIGHT © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Para a aquisição desse texto para fins de qualquer natureza – inclusive para reprodução, trabalhos profissionais ou acadêmicos –, favor entrar em contato pelo e-mail jdmorbidelli@estadao.com.br.

Agradeço se puder deixar um comentário.

JDM

José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 19/06/2009
Reeditado em 30/10/2009
Código do texto: T1656680
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.