Silvio Bressan

Silvio Bressan,47, jornalista formado em 1983 pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Porto Alegre e pós-graduado em estilo jornalístico no ano de 1985. Embora atue na área de Assessoria de Imprensa, teve contato com redações de jornais quando iniciou a carreira de repórter.

Bressan conta que como muitos estudantes de classe média baixa estudou em escola pública e trabalhava para pagar os estudos. “Trabalhei como digitador e com processamento de dados durante nove anos para pagar a faculdade” afirma . Durante o começo de sua carreira em 1986 trabalhou no Diário Catarinense de Florianópolis a principio fez somente pilotos do jornal que seria lançado em maio do mesmo ano.

Após o lançamento do jornal trabalhou como repórter policial e rapidamente passou a redator de esporte e em seguida subeditor, onde ficou quase um ano. “Foi lá onde começou minha aventura propriamente dita em redação”,conta Bressan. Na área de esporte trabalhou na redação durante a Copa do México.

Quando deixou o diário catarinense Silvio Bressan voltou a Porto Alegre sua cidade natal. Ele assessorou a campanha de Pedro Simon para governador, durante 3 meses. Mas naquele momento queria trabalhar mais na redação e não se fixar em uma sociedade pública. A partir do termino da campanha iniciou na área de repórter político no Correio do Povo durante um ano.“Terminou a campanha eu queria viver a experiência de redação em Porto Alegre” explica .

Atuou como repórter em um novo jornal de Porto Alegre o Diário do Sul, um jornal da Gazeta Mercantil onde tinham profissionais do Correio do Povo e de outras redações. Bressan confessa que foi uma da melhores redações onde trabalhou. “Foi a melhor redação que trabalhei até hoje é como se juntassem os melhores da Folha e do Estado de São Paulo em um mesmo jornal”, comenta o jornalista. Já no final de 1988 o jornal fechou.

O jornalista foi para São Paulo e começou trabalhando na revista Placar durante um ano, depois deixou a revista e em setembro do mesmo ano de 1990 passou a ser repórter do Estadão. No Jornal do Estado de São Paulo ficou durante 14 anos de sua carreira. Cobriu algumas eleições umas 11 no total. Nessa cobertura algumas foram marcantes para ele. “No ano de 1994 a que mais marcou foi a eleição do Fernando Henrique Cardoso e outra foi a do Ex-governador Mário Covas.”

Durante uma matéria de 6 meses com Covas, confessa ter ganhado credibilidade com os secretários. O governador apareceu com 16 secretários para participara para a entrevista. “Aquilo foi o respaldo que eu precisava e foi um dos momentos mais marcantes na política, pois consegui mais credibilidade com todos os secretários do governador.” Fala Bressan.

Uma experiência importante de sua carreira foi a Olimpíada de Sidney que foi graças a sua passagem pela Placar. Ele foi chamado para ficar no lugar de outra jornalista que cobriria o evento. Outra experiência foi a de ir para os Estados Unidos chamado por uma empresa que escolheu 13 jornalistas da América Latina para participar de um Congresso. Do Brasil foi escolhido junto uma jornalista do Globo rural no Rio de Janeiro e mais 11 jornalistas Latinos.

Porém após passar 14 anos no Estadão decidiu sair e mudar o rumo de sua carreira, não gostaria de passar a vida inteira em uma redação fazendo a mesma coisa. E começou a ser referência do jornal o mais experiente . “Eu estava acostumado a ter pessoas acima de mim, como referência . Eu era o mais velho de lá com vários jovens.” declarou Silvio Bressan. No fim de 2004 deixou o Jornal do Estado de São Paulo.

A partir de fevereiro de 2005 começou como Assessor de José Aníbal na Câmara Federal. Atualmente é diretor da empresa S/A Comunicações de assessoria de imprensa. Onde faz consultoria publica do governo, secretárias da saúde , do trabalho e de gestão. Teve como últimos trabalhos, a Scania, Imbra e a Virada Esportiva com a Magic Paula.

A política da empresa é contratar pessoas qualificadas que entendam o cliente para treiná-lo na hora de falar com a imprensa e salvá-los de alguma crise em que se encontram. É uma gestão de crises “Na maioria das vezes os clientes aparecem com a crise já estourada não se preocuparam com ela no inicio, mas nós estudamos o caso para depois trabalharmos ele.” Explica Bressan.

O jornalista comenta que mudou o conceito de assessor de imprensa não ser jornalista. E que a Assessoria de Comunicação é fundamental para o jornalista. Mas os assessores não podem pensar que continuam como repórter porque a cabeça deve ser mudada. “A assessoria é fundamental para o jornalista porque ela vai ter melhores informações e ganhará tempo” afirma o mesmo.

Silvio Bressan acredita que hoje a assessoria não pode ser desprezada. Ainda completa que teve sorte com seus professores e chefes contribuindo para seu profissionalismo e acrescenta com uma frase de Antônio Carlos Magalhães voltando ao repórter, quando o jornalista é maior que a notícia um dos dois é falso.

O diretor da empresa S/A diz que quando trabalharam com a Scania para mostrar todo o serviço feito, eles criaram um Clipping em forma de Revista. Os seus clientes surgiram normalmente com indicação de outros clientes. “É mais no, boca á boca, os clientes que nos procuram” comenta Silvio.

Para os jornalistas que estão começando agora e para os estudantes, ele diz ser o melhor pensar qual caminho seguir, aonde quer chegar e o que não que ser nem fazer. Mas que o repórter não pode ter a pretensão de escolher o que fazer e sim fazer o que aparece. E comentou também sobre a diferença entre repórter e assessor. “No jornalismo o repórter faz sua matéria e a publica acabou seu serviço, o assessor tem que mostra ao cliente o que fez, derrubar matérias e acabar com as crises”.E importante é o jornalista não deixar se consumir pelo trabalho.