FALANDO DE DINHEIRO
POESIA, RIQUEZA E RAZÃO - continuação
289 -A fé só existe na religião?
-Eu digo que ela pode, até ser um ideal;
pois até os que são ateus, tem ela como real!
290 -A fé, seria um ideal?
-Existe a fé do crente, e também a circunstancial,
aquela fundamentada em Deus, e esta num pedestal!
291 -Ainda sobre fé, seria uma forma de meta a vencer?
-Não, caro aluno, a fé, é como um caminho a trilhar;
em todos os pormenores, tens que sempre confiar!
292 -Alguém me disse ter fé, mas não crê em Deus. Pode isto?
-Claro! Tal pessoa por certo, tem fé na profissão,
no volante do seu carro, e também no seu patrão,
têm fé também no dinheiro, e até na indecisão;
pois quem não acredita em Deus, essa fé tem de montão!
293 -Já que citastes dinheiro fala-me sobre ele.
-Das filosofias dos homens, a maior foi essa invenção,
crer num valor simbólico, monetária profusão!
294 -Quer dizer que o dinheiro só simboliza o valor?
-Se o dinheiro a ser usado, for prata, ouro ou diamante;
podes crer, caro aluno, que tem um valor constante,
mas caso for de papel, só vale se tiver monte!
295 -Por que o diamante é tão valioso?
-Para o carbono entrar, numa tal estruturação,
foi necessário na estrela, outra forma de fissão!
296 -Nada entendi dessa, professor!
-Diamante é carbono puro, com seus átomos arranjados,
teve uma formação perfeita, de seus átomos lapidados!
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