MIA COUTO - UMA ENTREVISTA ADIADA

De: Silvino Potêncio > MIA COUTO - UMA ENTREVISTA ADIADA!

Tal como sabem os leitores do meu espaço virtual, principalmente aqueles muitos oriundos Amigos de Moçambique, que me teem dado o prazer de ler os meus escritos, os quais eu divulgo aqui parcialmente  no FB e na minha página literária (mera falta de tempo para mais) nós temos uma afinidade e um carinho muito grande pelos Autores de Lingua Portuguesa vindos das Terras d'ÁFRICA - como dizia o nosso  Saudoso Amigo Jornalista Fernando Cruz Gomes, ele também um "fazedor de mucandas" lá das longínquas terras do Canadá. Ele, que outrora viveu e amou Angola muito mais do que eu! ao ler o que eu escrevo considerava a minha verve como uma lembrança, um lamento triste, um choro por tudo o que lá vivemos!  
A Prefeitura da Praia de PIPA promoveu o Segundo Festival de Literatura Portuguesa, e como nós estamos aqui tão perto, conversámos com os nossos botões; porque não irmos lá?
Uma boa oportunidade para conhecer pessoalmente tanta gente, e finalmente depois de décadas de espera, poderiamos então apertar a mão do Ilustre Escrevinhador!?
E quem sabe até fazermos uma foto para a tal da "posteridade"!?
Feitos os confábulos, conhecida a programação oficial, lá metemos pés ao caminho e chegámos À PRAIA DA PIPA!
- Logo na chegada e depois de uma hora de viagem, entramos na Estalagem do LAMPIÃO para tomar um "cafézinho" com outro Moçambicano, o Amigo Pedro Fonseca e seguimos em direcção à Praça de Eventos, mau-grado a dificuldade em arranjar estacionamento mais perto porque, a ladeira que nos leva à beira da Praia sempre foi um óbice ao gosto pelo lugar desde há mais 30 anos atrás, quando lá fomos pela primeira vez visitar o lugar que então se tornou conhecido para o mercado Turístico Europeu e mais tarde para todo o Mundo todo!
Porém para tristeza maior o "homem" havia feito a sua palestra, autografado a sua obra na noite anterior e, já estava a caminho da Paraiba, cuja capital João Pessoa dista uns quantos quilometros mais para sul - cerca de 180 - e assim tivémos que adiar o nosso desejo de parabenizar o Escritor Mia Couto pelo seu belissimo trabalho em abono da Lusofonia!  E sem dúvida é esta mesma cultura histórica que nos envaidece, e que nos dá forças para sepultar amarguras do passado,  e escrever novas trovas em abono do conhecimento dos vindouros aprendizes de Lusofonia, nos quatro cantos do mundo.
Mesmo assim eu deixei aqui o meu modesto recado; 
Parabéns Amigo Mia Couto! gostei da sua entrevista na Inter TV local que eu assisti e soube também que se encantou com as Palmeiras à beira da estrada plantadas, que aqui se conhecem por "Babaçu". Tomara que o saco de sementes que carregou lhe tenha chegado ao destino são e salvo!
- Da semente nascerão novas arvores. Delas virão novos frutos! São pequenos cocos azuis escuros e mesclados de amarelo-torrado, de onde sai o delicioso Òleo de Dendê. E do seu caroço se extrai o Kokonote para se fazerem óleos, cosméticos, sabão de coconote etc e tal e coisa!.
Tudo isto está nas minha lembranças dos quase 11 anos que lá vivi. 
Por isso eu tenho a certeza que daqui levou, da terra dos meus Filhos, saudades do tempo futuro!
Que Deus o abençoe! Eu não lhe falei isto pessoalmente nesta oportunidade, mas gostaria de o ter feito. Porém a nossa entrevista ficou adiada. Quem sabe um dia nos cruzamos por aí novamente?
Silvino Potêncio - Emigrante Transmontano em Natal/Brasil

 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 28/11/2010
Reeditado em 08/04/2019
Código do texto: T2641624
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