Elegância e Estilo (Fábio Brandão)

Elegância e estilo Próprio

Hoje, tenho a honra de entrevistar um dos caras mais participativos, com grande número de leitores e admiradores aqui do recanto, Fábio Brandão Caldeira, o qual tenho grande admiração!!!

Helládio: Primeiramente Fábio, noto que você é bem eclético, tem vários estilos de textos, como você se auto define?

Fábio: Como alguém que busca desafios novos para surpreender seus leitores. Gosto dessa coisa de a cada dia está postando algo diferente como, por exemplo, um acróstico em um dia, um texto infantil em outro, depois um soneto, um indriso e assim sucessivamente. Não me considero poeta, mas gosto de me aventurar nas palavras e levar ao público que aprecia as coisas que eu escrevo o melhor que puder oferecer.

Helládio: Quais suas grandes virtudes e grandes defeitos?

Fábio: Acho que uma grande virtude que tenho e gostar de ajudar e ser prestativo. Esta coisa de ser prestativo já chegou a ser confundida com subserviência, mas não é isto. Acho que vivemos uma época em que as pessoas não estão mais acostumadas a serem gentis e amáveis umas com as outras, e quando agimos dessa maneira elas estranham. Defeitos têm vários que fica até difícil de enumerar, um deles é a dificuldade de em alguns momentos esquecerem algum aborrecimento que alguém me fez passar. Ás vezes sou egoísta, às vezes prepotente e me irrito como qualquer ser humano normal.

Helládio: Em uma balança pesa mais qual das citadas? Os Defeitos ou as virtudes?

Fábio: Depende muito do estado de espírito e da situação em que eu estiver vivendo, não tem uma regra. Costumo ser mais tolerante com crianças e pessoas idosas.

Helládio: Você acha que a solidão às vezes se faz necessária?

Fábio: A música “Mudanças” da grande cantora “Vanusa” fala um pouco da necessidade desse momento de “Solidão que necessitamos para reorganizar coisas em nossas vidas e se fechar um pouco para balanço o que não significa é claro se isolar do mundo e das pessoas. Respondendo a sua pergunta, esta “Solidão” é necessária sim em alguns momentos. Existe uma concepção errada em que a maioria das pessoas acha que está sozinho é não ter alguém para fazer sexo.

Helládio: O Fábio é um homem apaixonado?

Fábio: Sou apaixonado sim, mas com os pés no chão e sem criar expectativas em torno de ninguém. Isto vale tanto para relacionamentos afetivos, amizades, família e tudo que envolve o cotidiano. Para falar a verdade eu nem gosto muito dessa palavra “Paixão” prefiro “Amor” que é bem mais consistente e não nos leva para nenhum caminho errado. Falando de novo em expectativas, a paixão faz a gente criar isto em torno das pessoas e passamos a idealizá-las e quando elas nos decepcionam o baque é grande demais. Com amor não, quando alguém erra conosco instantaneamente perdoamos porque o amor nos dar esta maturidade de reconhecer nossas imperfeições e saber que os outros também têm as suas.

Helládio: Fora as poesias, noto que você tem muitos textos em formato acrósticos, O que te atrai nos Acrósticos?

Fábio: Para ser sincero comecei a escrever acrósticos sem ter mínima noção do que era o estilo. Depois do bom retorno de leituras que tive com as primeiras publicações fui pesquisar um pouco e descobri que sua origem vem desde os séculos V e VI e tem alguma associação com o cristianismo. Sugiro aos leitores que pesquisem o texto “Origem dos Acrósticos” de Silvia Araújo Motta. O que me atrai e me fascina no acróstico é simplesmente a questão de escrever histórias e poemas na vertical,acho desafiador.

Helládio: Você se considera uma pessoa de personalidade forte?

Fábio: Para algumas coisas sim para outras não. Gostaria de, por exemplo, a aprender a dizer “NÃO” para situações que não me fazem bem e que acabo concordando por medo de julgamentos alheios.

Helládio: O que te faz perder a cabeça?

Fábio: Hipocrisia e injustiça

Helládio: Falando de um momento atual, o que pensa a respeito de toda essa história de mensalão?

Fábio: Acho que esquemas escandalosos de corrupção nesse país vêm desde a época de Cabral. Infelizmente já faz muito tempo que corrupção virou até uma coisa cultural e lamentavelmente o Brasil é referência de homens públicos desonestos no mundo inteiro. O que acho engraçado é que as pessoas associam esta bandalheira toda somente ao PT pelo fato desse escândalo ter estourado no governo do Presidente Lula. Não estou querendo livrar o PT de nada, mas existe um esquema de roubalheira antigo e que vem de outros governos e gente de outros partidos também se beneficiaram. Gosto da história do PT, acredito piamente que tem muita gente decente trabalhando dignamente e que defende os mesmos ideais que defendiam bem lá no comecinho dos anos 80 quando o Partido dos Trabalhadores foi fundado. Outra coisa também, caixa 2 sempre foi uma prática recorrente em vários governos e só virou crime eleitoral com o PT.

Helládio: O que são coisas boas para você na vida?

Fábio: As coisas boas da vida é ter liberdade de ir para onde quiser sem dar satisfação para ninguém, Amar e ser amado, ter amigos, compartilhar experiências e muitas outras coisas...

Helládio: Você freqüenta alguma igreja? Como é o Fábio no quesito fé em Deus?

Fábio: Freqüento há 12 anos uma igreja evangélica que conheci através de um amigo que me contou as boas novas que são estas: “Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia!”

(1ª Coríntios 15)

Helládio: De onde vem suas inspirações para escrever? Do cotidiano?

Fábio: Vem das coisas do cotidiano mesmo como você fez na pergunta, das coisas de Deus, de lembranças da infância, política, etc...

Helládio: Tem alguma coisa boa que você queria ouvir na vida e ainda não ouviu?

Fábio: Lembrei de uma trova que li do colega “Robergon” outro dia da sensação que o homem sente ao ouvir seu filho dizer “papai” pela primeira vez. Acho que gostaria de ouvir esta palavra de uma criança, mesmo nesta esta altura do campeonato (rsrs)

Helládio: Qual texto foi mais significante para você dentre os milhares?

Fábio: Difícil dizer. Mas a “Homenagem ao Dia do Trabalhador” postado em 2008 é um texto que me enche de orgulho porque só de leitura individual já alcançou quase 30.000. E este texto se encontra em alguns sites de alguns sindicatos do país, basta apenas clicar o título e o meu nome ao lado que você pode encontrar.

Helládio: Qual mensagem você daria a pessoas que se sentem solitárias?

Fábio: Para que busquem um sentido para a vida delas, e este sentido é o amor de Deus que deu o seu único Filho para morrer pelos nossos pecados.

Helládio: Como você faz uma leitura do mundo hoje?

Fábio: Em grande parte individualista. Hoje as pessoas mal se cumprimentam é um corre corre desenfreado e um desespero louco por status e dinheiro.

Helládio: Com relação a sua formação educacional, como se procedeu?

Fábio: Meus primeiros anos de escola foram em uma escola especializada, pois na infância tive dificuldades de me adaptar em escolas tradicionais. Isto ocorreu apenas no primário, depois fiz o ginásio, o ensino médio e me formei normalmente. Sou professor, mas não exerço a função atualmente.

Helládio: Existe alguma maneira de definir Fábio Brandão?

Fábio: Um ser humano como qualquer outro, com virtudes e defeitos. Em alguns momentos sobressaem mais virtudes, em outros defeitos.

Helládio: Qual o segredo de tanta simpatia? Você acha que a alegria é a chave de tudo?

Fábio: Obrigado por me considerar simpático, talvez seja não esquentar demais a cabeça com coisas bobas e passageiras. Eu acho que a alegria facilita as coisas e abre portas.

Helládio: Entre famosos e não famosos, quais pessoas você gostaria de lembrar?

Fábio: Um famoso que eu acho que merece sempre ser lembrado é o Maestro João Carlos Martins pela bonita história de superação de vida. Por duas vezes perdeu o movimento das mãos e se recuperou. Uma em uma partida de futebol com os amigos em Nova Yorque, outra em um assalto que sofreu na Bulgária. Hoje ele realiza um projeto de introdução a música para jovens de baixa renda. Gosto tanto dele que já fiz um acróstico sobre sua vida faz uns três anos e pretendo fazer um cordel contando sua história quando tiver disponibilidade de tempo, recomendo a todos que pesquisem sua história também. Quero citar uma pessoa que tenho profunda admiração e que faz parte do “Recanto das Letras” que é o José Aprígio da Silva. Ele me passa muita credibilidade como pessoa de bem, amigo e pai de família. Em relação a outras pessoas não conhecidas tem meus amigos pessoais que tenho a oportunidade de conviver sempre com eles e demonstrar minha admiração e carinho...

Helládio: Tem alguém que você sente muita falta? Se sim, o que você gostaria de dizer e não deu tempo?

Fábio: Sinto falta do meu pai que faleceu quando eu tinha 16 anos. Certamente “Eu te amo” seria a frase que mais gostaria de dizer...

Helládio: Sendo o senhor dos Acrósticos, como você se sentiu com a homenagem da Estrela Radiante (Membro do recanto)?

Fábio: Extremamente lisonjeado e feliz, ela foi muito gentil e amável como a maioria dos colegas de recanto tem sido.

Helládio: Pretendo conhecer Minas Gerais, exatamente Belo Horizonte e se puder Ouro Preto, ainda em 2012, não a fiz ainda devido a violência, nós aqui no nordeste assistimos e lemos todos os dias violência em demasia na região sudeste o que nos assusta a visitá-la, o que pensa sobre isso?

Fábio: A violência é simplesmente o reflexo das previsões bíblicas a respeito do esfriamento do amor. Claro que existem também as questões sociais que contribuem para isto. Um país que não oferece estrutura de educação, saúde e dignidade para sua gente certamente vai ter que arcar com a conseqüência de uma sociedade mais violenta, corrupta e imoral...

Helládio: E sobre Contagem? O que pode nos contar dela?

Fábio: Contagem é um município localizado na região metropolitana de Belo Horizonte e a terceiro maior município de Minas Gerais com aproximadamente 608. 650 habitantes. É o segundo em arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

Helládio: O que é uma pessoa acomodada para você?

Fábio: É uma pessoa que se conformou com aquilo que já adquiriu. Isto pode ser bom em alguns aspectos e ruins em outros. Tem gente que se acomoda até com o próprio fracasso.

Helládio: Você se sente assim acomodado? O que faz para se manter sempre ativo?

Fábio: Não sou perfeito, em alguns momentos claro que sim, como qualquer ser humano. Para me manter ativo busco forças em Deus e nos amigos e familiares próximos.

Helládio: Sobre a poesia "Prostrando-me para o senhor" você poderia comentar um pouco mais dela?

Fábio: Este poema fala de uma alma grata a Deus e que se sente realizada e feliz por tudo que recebeu. O poema claro que tem um pouco de mim, mas uso também o que escrevo para ser um pouco porta voz das pessoas e das coisas que elas gostariam de dizer em algum momento nas mais variadas situações. No caso desse poema o foco foi à relação do homem com Deus.

Helládio: O que te emociona?

Fábio: Coisas simples e inusitadas me emocionam. Emociono-me com criança, com pessoas que conseguem serem generosas; amáveis e capazes de perdoar mesmo quando são maltratadas pela vida, e com o imenso amor de Deus.

Helládio: Qual o maior bem que poderia receber?

Fábio: Como um homem que acredita no evangelho, o maior eu já recebi que foi o perdão pelos meus pecados e uma vida eterno presença do Senhor Jesus...

Helládio: Uma mensagem aos recantistas......

Fábio: A todos os recantistas o meu mais sincero carinho e abraço para todos desejando que vocês sempre façam bom uso do talento de vocês e sejam bênçãos na vida das pessoas.

Helládio: Parabéns pelo belo trabalho, simpatia, e que Deus continue nos iluminando!

Fábio: Amém! Gostei da entrevista, me mostrei um pouco mais do que queria me mostrar, mas valeu a pena, um abraço, felicidades e obrigado por sua gentileza e atenção...

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 15/08/2012
Reeditado em 15/08/2012
Código do texto: T3831009
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