TAMANHO NÃO É DOCUMENTO

Dr. Márcio: Tenho um complexo enorme, que chega a causar danos em minha vida. Tenho um pênis que mede apenas 12 cm de comprimento, quando ligeiramente excitado, chegando a no máximo 14 cm com muita ereção.

Minha esposa discute comigo, pois percebe que por causa deste trauma, nossa relação é distante e muitas vezes sem o orgasmo. Pergunto se há um meio de esticá-lo? Pedro A.

Pedro: Esta tem sido a dúvida mais constante que as pessoas têm. Minha pergunta imediata, como resposta é: “Quanto mede o comprimento da vagina?”

O fato de evitar a pesquisa, leva às pessoas a entrarem em fantasias por dúvidas.

Faço cursos sobre a sexualidade e quando vou oferecer-los em escolas, ouço estas afirmativas: “Não preciso de informações sobre o sexo, sou professor neste assunto!”

Replico: “Fico muito feliz em saber que estou em contato com pessoas cultas e pretendo premiá-los com o certificado de conclusão do curso, desde que me respondam a algumas perguntas, OK?

A primeira é: “Toda pessoa que se julga preparada para fazer sexo com responsabilidade, independente do seu sexo, deve trazer no bolso, na bolsa ou na carteira, um preservativo. A pergunta é: a resposta esta certa? E por quê?”

A resposta dada com autoridade e em conjunto é: “A resposta está certa, pois devemos evitar uma gravidez não esperada!”

Replico: “A primeira parte está correta, mas guardar um preservativo nos locais citados, vai trazer uma contaminação por bactérias graves que existem nestes locais e na hora de se utilizar o preservativo, ninguém vai lavar o invólucro, em água e sabão, podendo com certeza, causar infecções no pênis, ou na vagina. Portanto um a zero para mim.

A segunda: “Qual é o tamanho médio da vagina e do pênis?”

As respostas: “A vagina tem em média 8 a 15 cm, e o pênis de 14 a 18 cm.”

Replico: “Dois a zero para mim: a Vagina tem em média 7 a 9 cm e o pênis de 12 a 14 cm de média.”

A terceira: “Onde fica a área de excitação orgástica na mulher?”

As respostas: “No ponto G; no fundo da vagina; no teto da vagina; nos seios e na vagina...”

Replico: “Três a zero para mim, pois ninguém falou com assertividade; o orgasmo da mulher depende de muito amor (não estou falando de sexo), muitos carinhos (não estou falando de massagens vaginais apenas), e a penetração não deve machucá-la, sendo que seu correspondente ao pênis é o clitóris, que é curvo, ficando com a cabeça e pequena parte exposta e seu corpo termina na parte anterior da vagina, que alguns teóricos chamam de “ponto G”, como se fosse uma área independente excitável, quando ajuda a massagear o clitóris! Querem continuar a provar que tem informações incompletas, ou vamos fazer as inscrições para o curso? Prometo que serão bem informados e preparados para educarem os filhos com sabedoria, evitando que corram para as drogas, por sentirem-se incapazes sexualmente, ou não perceberem que o fazem sem prazer normal, mas fantasiado por alucinações? Isto quando não aderem ao banditismo, às vendas de drogas manipuladas pelo traficante, ou passam a destruir sua cidade, pensando serem os maiorais, que a meu ver de nada valem, enquanto não se curarem.”

As adesões enchem páginas, muitas vezes obrigando-me a fazer curso em turmas.

Estes cursos, com vários nomes, conforme as exigências dos Diretores, são: “Sexo Feliz”, “Sexo Responsável”, “Sexo com amor” e diversos outros nomes, mas todos com um conteúdo bastante abrangente, onde os quinze minutos finais são usados para falar sobre as repercussões das drogas sobre a vida sexual.

Esta ferramenta surgiu depois de trabalharmos voluntariamente no COMEM de Araras-SP e fazermos algumas pesquisas, onde comprovamos que o uso de drogas acontece em indivíduos mal preparados para a vida, desinformados sobre sexo e que se ligam a colegas que usam de um artifício: “Quem teme as drogas é patife, não é adulto (uso este termo, pois influenciam homens e mulheres.

Após muitos cursos dados, percebi que precisava difundir a formação de orientadores sexuais, para que eu não ficasse sozinho. Assim, criei o Curso de formação de “Orientadores sexuais”, onde o ministrei a diversas Faculdades envolvidas com a área de Humanas. Dei aulas até a advogados.

Neste Curso eu ensinava aos freqüentadores a ajudar na solução de 80% dos problemas sexuais, sendo que os demais problemas necessitavam de um encaminhamento ao profissional de medicina. Quantos casos eu auxilio, enviado por advogados, onde eu provei-lhes que se fizessem uma ação de separação, fariam apenas uma, mas se ajudassem a resolver o problema que se abatia sobre o casal (normalmente de causa sexual) seriam tão elogiados, que realizariam todos os casos jurídicos que a família precisasse.

Já percebi muitos pais falando com braveza aos filhos, sobre quem usa drogas. É um jeito bem mais rápido de levar os filhos a serem tentados a usá-las.

Outro problema: pais despreparados têm complexos e não preparam seus filhos corretamente para a vida sexual: as meninas, em sua maioria, sofrem castração temporária (até casarem) e os meninos são empurrados, para o sexo, a partir dos catorze, quinze anos de idade, mostrando-lhes como a filha dos amigos está bonitinha, cheia de apelos sexuais. Fazem isto, “para se assegurarem que o filho não terá “homoafinidade”, criando neles uma insegurança, que os levará a ter problemas sérios.

Para você, meu caro Pedro, fica minha indicação para que busque conversar com um Psiquiatra, de preferência Sexólogo, para redimir suas dúvidas e o fazer crer mais em você. Nada de grave lhe acontece. Você é mais correto em buscar ajuda, que a maioria dos homens que enterram sua vida matrimonial e de educadores, pois temem os especialistas, mentindo que jamais se tornarão uns dependentes de “drogas psiquiátricas”,muitos preferindo tomar as de um bar ou numa boca de fumo, deixando as esposas a detestarem a “gelada” em que entraram.

Boa Sorte!

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Dr. Márcio Funghi de Salles Barbosa

recanto@drmarcioconsigo.com