ENTREVISTA: CAROLINA MUNHOZ
 
Ela recebeu o prêmio Jovem Brasileiro — assista o vídeo —, na categoria cultural, literatura jovem, em 2011. Na festa de premiação a atriz e apresentadora Maria Paula Fidalgo, que está entregando os prêmios, a introduz dizendo olha, gente, além de inteligente, ela é linda! Em seguida, pede licença à jovem escritora e aos demais presentes para dar um abraço na moça. Mais adiante, Maria Paula conclui, após meneios de cabeça e cochichos com o colega apresentador: é uma fada mesmo... Essa é Carolina Munhoz, uma moça de beleza meiga, com um quê adolescente que perpassa os seus vinte e três anos de idade, um sorriso bondoso, de fada, entre covas que são como dois parênteses, e que, pelo conjunto, conquista à primeira vista.
 
Demonstrando garra, ela tem sabido administrar muito bem seu trabalho, já conquistou espaço no meio editorial e um público, revelando-se um talento muitíssimo promissor no campo da literatura juvenil de fantasia. [Entrevistas mais recentes da jovem escritora: Encontro, com Fátima Bernardes: 
goo.gl/fOKss ; Sem Censura, com Leda Nagle: http://youtu.be/lThxO1tTkNI ].
 
Converso, então, na abertura do Projeto Minhas Musas, Ano II, com a paulista Carolina Munhoz.
 
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        Carolina Munhóz
  
 
1. Carolina, você já foi chamada de escritora precoce, isso faz sentido ou é bobagem? Conta um pouco da sua história como escritora.
 
Antes eu até pensava que sim, mas hoje vejo que isso é bobagem. Existem milhares de jovens de dezesseis anos, até menos, que escrevem no Brasil. Quando comecei novinha, pensei que isso me ajudaria, contudo não é bem assim. Agradeço por ter sido publicada só mais tarde. Idade e maturidade ajudam muito nessa carreira.
 
Eu comecei a gostar de ler com onze anos, por causa da série Harry Potter e a escrever com doze, inspirada nas fanfics, mas foi com dezesseis que criei “A Fada” em um processo de nove meses. Hoje também sou formada em jornalismo. Minha formatura aconteceu no ano de 2010, mas na verdade era para eu me formar em 2009 com vinte e um anos, mas tranquei a faculdade por um ano para morar nos Estados Unidos.

 
2. O nome do livro "A Fada" é, naturalmente, associado à sua imagem. Você faz aquele cosplay da "Melanie" e até se despede dizendo "que as fadas te protejam". Carolina Munhoz é mesmo uma fada?
 
Não sou uma fada. Infelizmente! Mas eu gosto de ver que as pessoas me comparam com a Mel (minha personagem). É um elogio para mim. Pela minha fada ser loira de olhos castanhos, acabou gerando essa semelhança e quem me conhece sabe que a personalidade dela é muito parecida com a minha.
 
Eu aprendi a gostar muito de fadas e aos poucos fui me entregando a isso. Hoje faço cosplays e uso frases envolvendo elas, pois afinal escrevo sobre essas criaturas mágicas. Isso me faz feliz.
 
 
3. Você é do interior de São Paulo, não é? É loira natural, ou clareia os cabelos? Nós, homens, sempre temos curiosidade de saber isso. Qual a sua altura e que número calça?
 
Eu nasci em São José do Rio Preto, mas passei quase toda minha vida em Campinas, mesmo hoje morando no Rio de Janeiro.
 
Realmente nasci loirinha e até os onze anos tinha cabelos claros, mas depois o cabelo foi ficando em um tom loiro escuro e não gostei. Hoje sempre deixo os fios mais claros que o natural. Sou descendente de portugueses e espanhóis, tenho 1,62 de altura e calço 36.
 
 
4. Do que mais gosta no seu corpo e do que menos gosta?
 
Eu adoro meu pé. Pode ser engraçado isso, mas é a parte do meu corpo que mais gosto. Não sou fã de pés, mas acho o meu bonitinho.  Eu gosto da minha boca, mas odeio meu sorriso e é por isso que sorriu de boca fechada. Como toda mulher, se eu for fazer a lista das coisas que não gosto vamos ficar o dia todo aqui, mas no geral estou feliz e isso que importa. 
 
 
5. Você é uma pessoa romântica, sonhadora, ou é mais objetiva e centrada? Se é que essas coisas se anulam entre si...
 
Acho que não se anulam. Eu sou muito romântica, extremamente sonhadora, mas sempre fui centrada e objetiva. Por mais que gosto de sonhar, sempre foco nos meus desejos e vou atrás. Essas características para mim se complementam. 
 
 
6. A doçura da fada escritora tem um contraponto? Você se considera geniosa?
 
Acho que sim! Sei ser muito teimosa e brava. Mas quem não é assim em certos momentos, né?
 
 
7. E a sua relação com as artes marciais; continua treinando, já utilizou como defesa?
 
Infelizmente não estou treinando. Gostaria muito de voltar para o Kung Fu e até para o Ninjitsu, mas me falta tempo e uma academia bacana perto da minha casa. Graças a Deus, nunca precisei usar as artes marciais para me defender, até porque prefiro não utilizar da força em determinados momentos, como em um assalto. Uma reação pacífica sempre é melhor solução.
 
 
8. Acredita em Deus?
 
Acredito muito em Deus e sou bem espiritualista. 
 
 
9. O que é que você faz para se divertir nas sobrinhas de tempo, nos finais de semana?
 
Amo ler, escrever, passo horas assistindo seriados americanos, filmes, animes e algumas vezes jogo vídeo game com meu namorado, mas sempre perco. Nos finais de semana aproveito para ir ao cinema ou vou para algum restaurante bacana. Mas se rolar uma festa, estou dentro.
 
 
10. E o que você assiste na TV, que tipo de música ouve?
 
Quase não vejo TV. Hoje assisto muitos seriados, mas na maioria das vezes no computador. Fico 24hs conectada.
 
Adoro rock, new age, pop, hip hop e música eletrônica. Mesmo sendo filha de mineiro, não consigo gostar de sertanejo e não gosto de funk e pagode.
 
 
11. Viver na Cidade Maravilhosa tem sido legal para você? O Rio de Janeiro continua lindo?
 
Tem sido uma experiência MARAVILHOSA. Não consigo mais me ver morando em outro lugar, pelo menos não aqui no Brasil. O Rio é incrível e até agora só vi coisas boas na cidade.
 
 
12. Sobre o futuro do País, está otimista?
 
O Brasil é um grande país, só que infelizmente existe muita corrupção em nosso governo, porém vejo uma grande melhora. Hoje estamos sendo reconhecidos internacionalmente e isso diz muito.
 
 
13. Com todo o poder das fadas nas mãos, o que é que você mudaria no mundo?
 
Se eu tivesse poderes de fada, mudaria a desigualdade social. É triste ver uma pessoa ganhando rios de dinheiro, enquanto outras não possuem oportunidade de conseguir ganhar o suficiente para comer.
 
 
14. Projetos fora do campo literário. Atuar em teatro ainda passa pela sua cabeça; faria um papel mais denso, de tema adulto?
 
Quero muito atuar no futuro e de preferência no cinema. Encararia um papel denso sem problemas, tanto que em meu próximo livro juvenil trato de temas mais fortes como depressão, suicídio e sexo.
 
 
15. Transcreve um trecho da literatura de fantasia para jovens que emocione você:
 
"São as nossas escolhas, mais do que as nossas capacidades, que mostram quem realmente somos" - Harry Potter e a Câmara secreta.

 
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Igor Buys
Enviado por Igor Buys em 03/12/2014
Reeditado em 13/07/2016
Código do texto: T5057611
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