REPITAMOS SEMPRE: “QUICOÇÔ?” “QUICOQUERO?” “PRONDECOVÔ?” “CUMÉCOVÔ?”

Dr. Márcio – Sou proprietário de uma firma comercial e já esperava uma queda nas vendas. Passei muita angústia e resolvi reduzir os preços de minhas mercadorias, a um nível mínimo de lucro. Pergunto-lhe: “Como faço para não entrar em depressão profunda?” O senhor vê saída para este estado de sofrimento que a política ‘propineira’ nos levou? – Gledson T.

Gledson – A depressão ocorre sempre que as pessoas passam por dificuldades, como as que você enfrentou, mas infelizmente, nem sempre acham meios de contornarem as situações, ou se possível, resolvê-las, pois ficam estacionadas numa vida ruim, sofrendo, criando um estado que leva aos seus amigos e parentes a se entristecerem, ao contrário até, de buscar ajuda com profissionais capacitados, pois têm medo do julgamento social, sem se aperceberem que a depressão não cuidada, pode gerar outros problemas físicos graves.

Acho que uma falha grande, da maioria das escolas, pouco importa o nível de formação a que se dedicam, não terem aulas dirigidas à formação de raciocínios lógicos, que possam ajudar aos seus alunos a saírem deste estado, quando surgem, buscando olhar para dentro de seu pensamento e arranjarem-no, da melhor maneira possível.

Penso que competentes dirigentes da educação precisariam fazer decretos obrigando as escolas a incluírem psicologia aplicada ao ensino que se propõem.

Tenha como exemplo, certos tratamentos a que somos submetidos no comércio, onde ajudamos a sustentá-lo com nossas compras, mas ao buscarmos informações sobre os produtos, ou ao seus pagamentos, só faltam nos ofender moralmente, sem perceberem que seu gesto agressivo já esconde algo de exploratório, revelando a personalidade insegura dos comerciantes.

Uma compreensão que não podemos deixar de lado é: “Porquê me deprimi?” Se nos aprofundarmos nesta questão, ao contrário de fugirmos, estamos enfrentando-a e percebendo a causa de nosso medo, o que poderá, dependendo da profundidade de nossa busca acharmos uma forma de sofrermos menos, pois só sabemos um pouco, diante do que falta perceber.

Tenho a certeza de que abordo este tema com frequência, pois as pessoas o solicitam e eu tenho certeza de que este tema é a mola mestra de um equilíbrio social, não apenas individual.

Imagine nossos dirigentes: em sua maioria só buscam estes cargos, por serem inseguros e necessitarem de poder e dinheiro, para enfrentar sua incapacidade psicológica. Pior ainda é ter a certeza de que quem os elege somos nós, onde muitas vezes acreditamos em promessas falsas, não olhamos para conhecê-los. Votamos errado, ou no menos mal intencionado.

A política não deve ser exercida por qualquer incapaz. Deveria haver uma obrigatoriedade de comprovação da competência e honestidade do candidato. Mas sei que ainda estamos muito longe de chegarmos a termos este comportamento global e só teremos a chance de pensarmos numa realidade: “Porque preciso mudar o mundo, sem antes me compreender, me tornar alguém capaz?”

Sabemos que a maioria das pessoas tende a se esconder atrás do seu exibimento, facilmente percebível, quando procuramos ver a realidade, nunca o esconderijo de cada um.

Infelizmente a maioria das pessoas procura fugir da realidade e muitas inventam mil falas, crendo que com isto esconderão os seus problemas, sem notar que estão sendo exibidas.

Outras se fecham, crendo não darem nenhuma abertura para que a vejam. De cara demonstram sua insegurança, ao suportar os exibidos.

Independente de qual seja a crença religiosa de cada um de nós, podemos ver que o Papa Francisco está trabalhando para mostrar-nos um pouco mais de nosso interior, não agindo no sentido errado de rejeitar outras maneiras de pensar. Garanto que isto é uma prova de sabedoria, onde muitos cardeais se escondem, mantendo a proclamação de que: “Quem não está conosco, está contra nós.” Ele me parece uma pessoa segura, que nunca precisará de ser declarado Santo, para camuflar sua incompetência, ou sua esperteza safada, pois ele sabe o que quer para o mundo: “Paz e amor, base da construção de um mundo mais limpo, sem domínios escusos!”

Fico feliz, Gledson, em saber que você foi honesto e não agiu se escondendo atrás dos falsos “Black Friday”, que aumentaram seus preços, fingiram dar um desconto, que preocupará a todos com o “Pay Day”, ao contrário de criarem promoções que demonstrariam comemorar um “Honesty Day”!

Se tiver dificuldades em sair da angústia, não seja falso, busque ajuda profissional.

Para todos, eu desejo um Ano Novo Melhor, pelo menos que procuremos nos achar.