PESQUISA PARA MODIFICAÇÃO DO FORMATO DAS MEIAS.

Dr. Márcio – Quando estive no consultório, no mês passado tive a chance de ver o senhor escrevendo uma carta, que segundo me informou seria endereçada a diversas fábricas de meias, pedindo o encurtamento do comprimento e ligeira redução da elasticidade, relatando-me o porque. Como anda a pesquisa? – José C.D.

José – Há alguns anos venho notando a presença de varizes e afundamentos musculares nas pernas de alguns pacientes e comecei a observar que as meias podiam ser as responsáveis, uma vez que cheguei a detectar o cansaço e as dores musculares que eu sentia, por causa das meias muito altas e com elástico forte, como lhe expliquei. Cheguei até a apresentar má circulação na perna esquerda, que estava fazendo o aparecimento de manchas roxas, que acredito eram pequenos rompimentos de capilares, tal a compressão que estas meias me causaram.

A partir daí, criei um hábito de examinar meus clientes com meias que alcançavam a parte alta do primeiro segmento dos membros inferiores; melhor dizendo as pernas.

Não gosto de deixar observações sem conclusões e venho fazendo uma catalogação de pernas sem varizes, ou manchas e concluí minhas observações, encaminhando-as a diversos fabricantes de meias, que estão me prometendo ajustar a altura e a elasticidade.

Claro está, que não prego meias caindo nos pés, mas observo em mim, no final da tarde, com uma profissão onde passo os dias sentado, vergões de meias elásticas fortes. Assim que percebo isto, desço as meias até a altura do início da perna e tenho manhãs e tardes mais descansadas.

Tenho recomendado ainda que as pessoas não adquiram sapatos muito justos, tampouco com couros fortes nos calcanhares, pois já notei muitas formações de calos nos pés, com a formação inclusive de bolhas musculosas.

Mas o mais interessante é que recebi sua carta no sábado e hoje segunda feira recebi uma carta (é a segunda que recebo) da Rikani de Juiz de Fora/MG, que quero copiar aqui para que você veja, como eu me sinto feliz com meus trabalhos, quando os sinto reais:

Bom dia Dr. Marcio.

Obrigado pelo contato

Já estamos produzindo uma meia masculina e uma feminina SEM PUNHO, exatamente para esse tipo de problema...

Favor nos passar seu endereço que irei lhe enviar umas amostras pra você verificar o produto.

Desde já agradecemos.

Boa semana.

Atenciosamente

RIKANE a Supermeia

Sâmar Garcia Salles

Diretor

Av Garcia Rodrigues Paes, 12.255 – Jockey Club – Juiz de Fora – MG.

Na outra carta que eu recebi, fazem cerca de 15 dias, uma fábrica muito conhecida, disse-me que ia estudar a possibilidade de perceber a descrição do problema. Talvez estejam estudando.

Se todas para quem redigi demorarem a me dar uma resposta, vou começar a fotografar pernas lesadas e encaminhar para que vejam a realidade.

Qual na verdade é o objetivo de meu artigo? Gostaria que vocês começassem a observar se o que estou levando à frente é mesmo importante e que a maioria das pessoas ignoram estes fatos. Se quiserem me ajudar no trabalho, pediria que postassem fotos e me enviassem para o e-mail abaixo.

Estou fazendo algo que julgo importante: muitos de nós vamos seguindo os costumes sem interpelá-los e só vamos nos dar conta, quando o problema nos faz sofrer.

Outra afirmativa que queria que vocês meditassem é: "Como vamos levando a nossa vida? Fazendo nossas rotinas, sem procurarmos outras razões maravilhosas, para nos ajudarem a crescer"?

Quem já me deu a alegria de acessar meu site sabe que um dia vou deixar esta vida, mas tenho certeza de que se tiver dois segundos de lucidez antes de partir, poderei julgar que não fui um inútil "psiquiatrinha' de araque. Afinal só sei que tenho muito a apreender, para a cada dia sentir-me menor e mais corajoso. Falo estas coisas diariamente aos meus amigos, para mostrar-lhes que "estátuas" só chamam a nossa atenção por instantes. Se pudermos olhar para dentro e conhecermos a nossa ignorância, seremos mais humildes e úteis, sem nunca pensar em propinas, ou outras canalhices, como fazem os milionários políticos de uma sem-vergonhice sem par. Ricos, mas se arrastando como moluscos incompetentes.