Um mineiro na Alemanha! Por que não?

Todo artista de sucesso é sonhador, visionário, persistente, meticuloso, produtivo. Todo empresário bem sucedido é ponderado, visionário, persistente, abrangente, agente transformador. Algo em comum... e complementos um ao outro!

Eduardo Giovani Lima*, soldador, natural de Nova Lima/MG – terra dos seus pais, nascido em 01/02/1972 – aquariano – filho de Maria Piedade Lima e Rosalino Paulo de Lima, nos mostra, através da sua história de vida, a importância de se valorizar pequenos incidentes do dia a dia para promover a transformação da personalidade e o enriquecimento pessoal.

Além do trabalho em solda industrial, como a que executava na Camargo Corrêa, atua nas horas de folga como joalheiro de peças ornamentais para o corpo (masculino ou feminino) em aço inox. Sua opção por esse material é pela durabilidade do produto final e natural garantia aos seus clientes. É um trabalho que lhe agrada e traz complemento à sua renda familiar.

Além dos trabalhos padronizados e criações exclusivas, aceita encomendas para peças personalizadas e até prefere estas - pois isso, com certeza, valoriza mais seu trabalho em termos financeiros e reconhecimento profissional. O cliente determina como quer a peça e ele executa fielmente, de acordo com a vontade ou necessidade do comprador.

Seu interesse pela joalheria surgiu a partir de dois acontecimentos ocorridos em 1984. Ganhou de um amigo um isqueiro com uma corrente maleável de aço inox e comprou uma corrente com pingente (face de Jesus). A peça comprada mareou (escureceu) e a vendedora não aceitou reclamação (troca ou devolução do dinheiro). A partir de então, decidiu fabricar suas próprias peças.

Sua primeira experiência foi com uma corrente de quatro ciclos – usando como modelo o presente recebido. A partir daí, desenvolveu sua técnica em novas linhas, usando sua criatividade e pesquisando entre rips e artistas liberais – os quais, segundo ele, interagem entre si na troca de idéias e aproveitamento do designer de uma peça num determinado material para adaptação em outros materiais e com peças diferenciadas. Cita, como exemplo, um anel cujo desenho foi inspirado na pintura de um artista plástico. Nesta troca informal, uma terceira artista (fabricante de móveis em aço) inspirou-se numa pulseira sua e desenvolveu uma mão francesa para suporte de flores - em aço carbono (vergalhão) envelhecido com uma demão de verniz - trançado da forma como observara em sua peça.

É nas casas de artesanato, ou naquelas que vendem material para solda, que ele compra sua matéria prima – aço inox. Mas poderia, também, ser ouro ou prata. Se o cliente preferir peças fabricadas a partir desses materiais mais nobres, sua vontade será atendida – é questão, apenas, de combinar com antecedência. Fabrica peças padronizadas como: corrente siciliana, peruana, etc, ou personalizadas: em anel, brinco, pingente e pulseira. Para as suas criações exclusivas, inspira-se na natureza – observando tudo ao seu redor!.

Um ano após começar seus trabalhos de forma autodidata, fez um curso de designer de jóias no Centro de Cultura “Casa Aristides”, em Nova Lima/MG, com duração de seis meses, estudando de segunda a sexta, três horas por dia, somando no total uma média de 400 h., ministradas pelo professor Marcos Augusto (marcosaugusto13@uol.com.br) - joalheiro especializado em ouro e prata e atual Secretário de Cultura na Prefeitura de Nova Lima.

Sua única ressalva referente ao setor onde atua, seria a falha(?) na legislação de patentes. Já viu criações suas copiadas (nos mínimos detalhes) por distribuidoras de jóias, sem poder reclamar direitos sobre a idéia original. Segundo os patenteadores, não é permitido registrar desenhos de jóias com a alegação de que qualquer designer pode ter a mesma idéia simultaneamente, causando confusão no setor. Considera uma injustiça que a lei não consegue corrigir, mas reconhece que a situação é realmente delicada e de difícil solução pois, na verdade, se por um lado causa um certo desestímulo por ver suas idéias serem copiadas sem constrangimento por fabricantes em série, há também a sua própria liberdade e de seus companheiros de profissão de compartilhar suas criações. Enfim, para o que não tem remédio, remediado está!

Seu plano imediato é comprar um lapidador e instalar na sua casa em Nova Lima, para trabalhar com pedras preciosas – abundantes na sua região em Minas Gerais. O valor médio do equipamento gira em torno de R$ 10.000,00 e espera apenas estabilizar sua situação financeira e familiar para investir nisso. Seu projeto em médio prazo é trabalhar com cristalização (peça de aço inox embutida em acrílico). Outro projeto seu – sem data definida – é fabricar carrancas em aço inox. Mas seu grande sonho é fazer um curso na Alemanha. Trata-se da escultura em marfim – projeto este que precisaria, talvez, de um financiador ou parceiro de negócios interessado em investir num artista em busca do aperfeiçoamento da sua aptidão natural. O investimento, segundo Eduardo, teria retorno tranqüilo. No que lhe diz respeito, ele se garante! Resta apenas encontrar um empresário interessado. Seu telefone para contato é: (0xx31) 3541-0645 ou pelo celular (0xx71) 8112-3710; e-mail: Duduartesmetais@gmail.com

* Trabalhou na Termoaçu de janeiro a maio/2007.

“Se você construiu castelos no ar, não se preocupe pois eles estão exatamente onde deveriam estar. Edifica agora, sob eles, o alicerce!” (Paulo Coelho)

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 06/12/2007
Reeditado em 06/12/2007
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