QUESTÕES IMPORTANTES REUNIDAS II - Pegunte ao Doutor! - 2

A finalidade deste trabalho é o de responder a qüestões formuladas por clientes e amigos, que necessitam desta informação para o seu caminhar mais orientado.

Já faço este trabalho há mais de 06 anos, com mais de 5.000 respostas dadas.

Espero que gostem.

Se tiverem perguntas a serem feitas, elas podem ser encaminhadas para: pergunteaodoutor@drmarcio.com

Responderemos todas e publicaremos as mais sugestivas...

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Temas abordados nesta página:

- Por quê os homens traem mais?

- Édipo, errei!

- Exames Complementares

- Zonas erógenas

- Suicídios

- Dúvida sexu(an)al

- 650 HP são suficientes?

- Haja "figo"!

- Trem doido!

- Absenteísmo nas empresas

- Válvula de escape

- Droga, de drogas!

- Corazon de Melon!

- Oh, Vida!...

- Mal estar pré-menstrual (TPM)

- O culto do eu (=Oculto eu)

- Medo de Errar

- Mea culpa...

- Masturbação feminina

- Mulher se excita com mulher?

- Vagina fujona (fugidia)

- Fome zero, saúde abaixo de zero

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Por quê os homens traem mais? - M.J.S.

Este preconceito, creio eu, se deve ao fato das pessoas esquecerem-se de que o homem não trai sozinho, mas com outra mulher, que geralmente serve a diversos homens, embora hoje esteja muito comum os homens traírem também com outro homem.

Uma coisa que quase ninguém tem coragem de dizer, é que o ser humano é monogâmico por decisão consciente e hábito. Seu instinto sexual, entretanto, é herdado dos animais, dos quais descende e o faz “arriscar um olho”, como conta a piada, ao ver outro ser humano atraente. Isto não deve ser encarado como uma traição, mas como um gesto instintivo, praticado por homens e mulheres saudáveis. Somente as pessoas muito rígidas (sem o devido equilíbrio emocional), ou os mentirosos, negam esta tendência natural.

Creio que muitos problemas seriam evitados, se todos os formadores de opiniões, divulgassem estas verdades, ao invés de mentirem, quando investidos na função de educadores.

Outra coisa importante a ser ressaltada, é a desconfiança, por insegurança em si próprio, que acaba levando as pessoas a serem ciumentas e desconfiadas constantes de que serão traídas. Alguém muito observador e brincalhão, já disse isto uma vez, com o devido peso machista: “as mulheres têm duas expectativas na vida, a do dia do casamento e a do dia em que serão traídas".

Além disto, a cultura ocidental é muito machista e incorporada inclusive no pensamento das mulheres, que crucificam suas colegas e justificam os gestos masculinos com dizeres defensivos, de que o homem é fraco sexualmente, ou que não foi feito para só uma mulher.

Nunca vi alguém feliz num relacionamento, buscar outra companhia. Só se for inseguro.

Não creio que a natureza crie qualquer ser vivo, para que ele repila seu semelhante. A atração entre eles, cumpre funções vitais para a espécie, como a reprodução, a defesa e a cooperação.

O dever da monogamia é uma decisão pessoal, entretanto é cobrada intensamente pela cultura.

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“Édipo, Errei!...”

Todos as noites sou acordada pelo meu filho de oito anos, que deixa o seu quarto e dorme em minha cama, abraçado a mim. Estou separada do meu esposo, e este amor filial me conforta. Estou apenas preocupada, se isto pode prejudicá-lo. Se a resposta for afirmativa, porque prejudica e o que devo dizer a ele? - Mãezona.

Antes de mais nada, acho que mãe já é uma pessoa grande (pelo menos de coração), o que pensar de u’a Mãezona? Você deve ser uma super, hipermãe.

Não recebemos informações sobre a sua separação para saber como aprofundar na sua resposta, por isso, teremos que generalizar, para, inclusive informarmos a outras mães em situação idêntica.

Em um casamento estável, o filho pequeno vê na mãe a primeira namorada. Neste namoro, existe o sentimento de posse, que acaba fazendo com que o pai seja menosprezado e até sentido como indesejado. Nesta fase, cria-se o que chamamos de “Complexo de Édipo”, onde, por semelhança com a lenda grega, o filho vive um conflito, entre ter que amar o pai, e detestá-lo, porque ele dorme com a sua mãe e priva-o dela. Se a mãe, ao identificar esta rivalidade, consegue mostrar seu amor aos dois, não abandonando o esposo, pelo filho e mostrando a esse que o ama de forma maternal, sem que haja necessidade de uma competição, provavelmente estará ajudando o filho a compreender este conflito. Isto pode ser feito, mostrando a ele a importância do pai na família; o amor que houve, para que ele fosse gerado e desejado pelos pais e mostrando mais, que este amor de posse, de desejo sexual que o filho chega a manifestar, deve ser guardado para a namorada e esposa posteriormente. Parece bobagem, mas isto tem que ser identificado, pois ocorre com todas as crianças saudáveis e é percebido, quando a mãe é convidada a pegar no pênis do rebento, ou mesmo a beijá-lo, ou ainda, quando ele tenta esfregar-se nela, com ereção. Ao invés de ficar chocada, a mãe deve dar graças a Deus, pelo seu filho ser normal e iniciar histórias lindas, onde ela o oriente na vida sexual e crie nele laços afetivos maravilhosos com esta divina orientadora e com o pai, parceiro de brincadeiras e de demonstrações de amor, que não deve ter ciúme do filho.

É preciso abrir um parênteses aqui, e dizer que o mesmo acontece com as meninas, que vivem o seu “Complexo de Electra”, também extraído da lenda grega, onde amam e desejam o pai como primeiro namorado e desdenham, chegando a se indispor com a mãe. Também elas têm que ser instruídas pelo pais e demonstrado todo o apoio à mãe, que não deve mostrar ciúme desse namoro.

Quando o casal é separado com os filhos em idade jovem, como o seu, quem tem a guarda dos filhos, percebe que os do seu sexo o agridem e os do sexo oposto tendem a tomar posse do genitor. Assim, as meninas ao ficarem com a mãe a hostilizam e culpam-na pela separação, e os meninos sentem-se donos da casa, muitas vezes vivendo uma fantasia inocente, de que possuem a mãe (física e emocionalmente). Quando isto ocorre, a mãe não deve agir com mágoa, mas com carinho, mostrando ao filho de que o amor dela, para com ele é maternal, espiritual, não físico. Diga que espera que ele despeça-se dela e durma tranqüilo na caminha dele, para que ambos possam ter um soninho gostoso, para no dia seguinte estarem descansados. O filho costuma entender a indireta e se acomodará. Não odiará a mãe e com as demais explicações que pedirá, crescerá informado e conformado.

Algumas mães, sentindo-se angustiadas com uma separação, demonstram tristeza, o que agrava mais a ansiedade das crianças. Com isto elas acabam crendo que devam gratificar sua mãe com um amor exagerado, onde estão demonstrando sua pena por ela. O pior, é que muita mãe sente-se tão confortada com este amor, que sem aperceber-se, vai aos poucos tornando-se “filha dos filhos”, aumentando a cada dia mais a sua dependência por eles, como se dissesse:”Protejam-me, pois sou mesmo uma coitadinha!”. Muitas mães não têm condições de perceber, que este gesto, comum nas que se fazem de vítimas, é a maior agressão que u’a mãe faz a um filho(a), tornando-o responsável por ela, até às últimas conseqüências, muitas vezes destruindo para sempre o seu casamento, pois filho de vítima, casa-se sempre com uma vítima, sofredora. Esta é a regra comum, que todo psiquiatra e psicólogo conhece.

Não sei, se falei mais do que servia para você, mas disse coisas para diversas mães mártires, que aí abundam e que prestam um desserviço à toda a sociedade. Temos todos que encarar a verdade, se quisermos crescer.

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Exames Complementares

Por que certos médicos não gostam de dar pedidos de exames, quando nós solicitamos? Preguiça? M.F.A.P.

Qual o médico que nunca ouviu seu cliente pedir: “Doutor, gostaria de fazer uns exames...”?

Praticamente todos. Hoje mesmo eu vi uma cliente que é associada a um convênio. Pagou a consulta, reclamou do preço e após sair do consultório, disse à secretária: “Para compensar este pagamento, gostaria que o doutor me desse uns pedidos de exames, para que eu fizesse pelo convênio...” Pedi à secretária que a reencaminhasse à sala e lhe expliquei: “Exames, fora os que lhe fiz, são exames complementares, isto é, servem para que se confirme ou afaste um diagnóstico de probabilidade quando existem dúvidas. Você não tem necessidade disto, pois a consulta que lhe fiz, mostra estar reagindo bem aos tratamento e o restante do seu organismo, que revi, nada apresenta que justifique novos exames”. Fez um muxoxo de descontentamento e arrematou: “Mas não vai custar nada, nem para mim ou para o senhor!...”

Diante disto, tive que lhe provar o porquê dos custos altos da medicina estatal e assistida por convênios. Mostrei a ela que se para agradar ao cliente, cada médico pedisse pelo menos um exame, as mensalidades dos planos de saúde seriam impossíveis de serem cobradas. Saiu do consultório um pouco frustrada pela falta dos exames e por sua incapacidade de prever a gafe, creio eu.

A Organização Mundial de Saúde prevê um pedido muito maior de exames para um país do terceiro mundo, que para um país avançado. Tenho me perguntado sobre as causas deste dado. Um primeiro raciocínio que surge, se deve ao fato de pensarmos que num país como o nosso o número de doentes é maior. Podemos até pensar que a formação médica é pior, que o médico precisa se alicerçar mais em exames, que em seus conhecimentos... Mas meu computador de bordo não aceita só estes dados. Soube recentemente, que, convidados pela imprensa do norte/nordeste, vários jornalistas do mundo vieram ao Brasil para documentar a fome. Após dias percorrendo os estados pobres, desistiram, pois viram que no Brasil não existe fome, se comparado ao resto dos países pobres. Come-se mal, usa-se açaí e ratos do cerrado, lixo de feira, mas fome, fome mesmo, é na Etiópia e outros pontos, onde nem raízes podem ser comidas.

Portanto, não somos mais doentes por fome, que certos países onde se pedem menos exames.

Cálculo errado no computador cerebral.

Clientelismo médico? Existe! O medo de perder o cliente pode fazer com que alguns se sintam encorajados a “enfeitar o pavão”, como se diz na gíria.

Mercantilismo? Existe! Quantas “clínicas” são vistas fazendo “trocentos” exames para ganhar o caviar de cada dia?

Mas mesmo assim, fica uma pergunta: “Se supomos que o médico tem pelo menos uma cultura mediana, ele não iria trabalhar para diminuir o gasto com exames/procedimentos/cesarianas, melhorando a disponibilidade de recursos, digamos, pelo menos nas suas cooperativas, onde são os donos?” A resposta óbvia é que isto deveria acontecer.

Já ouvi dirigentes de convênios, que pagam mal aos médicos, alegarem que “assim agem, porque estes gastam toda sua verba com exames exagerados”. De novo vamos pensar que possa existir alguém com uma falta de visão: “Se me pagam mal, inviabilizo o convênio, sobrecarregando-o de exames!” Deve ter quem o faça, mas não deve ser a maioria dos médicos, com certeza.

Nova falha de percepção do motivo final, se há um só. Meu PC craniano bipa.

Unamos a todas as possíveis causas contribuintes o seguinte fato: Faz tempo que estamos mal de políticas para a população em geral. Apenas grandes conglomerados e a área dos nobres banqueiros merecem destaque. Este raciocínio já deve ser o bastante para que acreditemos que um enorme descaso para o trato com a coisa pública existe e nos resta um sentido de orfandade, daí, nos cegarmos a ponto de aceitarmos a lei de Gerson para nós, com tudo que pudermos obter, mesmo que sejam radiações nas radiografias. Em contrapartida, câmara de gás para os “lalau” da vida.

Recentemente eu li na grande imprensa que o motivo principal de certos países serem civilizados, é porque lá custa muito caro transgredir.

Se isto é uma verdade, se somos pobres de cuca e vivemos em currais eleitoreiros e de controladores irracionais, fica aos formadores de opinião, desde a formação básica, incluindo todos, até os médicos, o dever de produzir mudanças nestes raciocínios.

Não adianta termos a capacidade de identificar, se não corrigimos um problema.

Questionamos a incapacidade e acomodação governamental. E nós o que fazemos para dar o exemplo?

PENSEM NISTO!

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Zonas Erógenas

Sinto-me um pouco inexperiente e acho que tenho um problema grave. Há uns tempos atrás eu estava com meu namorado, quando ele começou a coçar a sola do meu pé. Fiquei excitada e tive um orgasmo, que disfarcei, não o deixando perceber. Tenho medo de falar isto para ele. Isto é uma aberração? Sou anormal sexualmente? Porque tenho a sola do pé tão sensível? - G.

A sola do pé, como diversas outras partes do corpo, como as nádegas, pescoço, joelhos, falanges dos dedos, área limítrofe dos cabelos, orelhas, região lombar e tantas outras, são conhecidas zonas erógenas do corpo e são capazes de produzir tanta excitação, como a vagina, para muitas pessoas. Portanto, não há nada de anormal com você. É perfeitamente saudável.

O anormal é as pessoas se esquecerem destas áreas e partirem imediatamente para o ato sexual, sem explorar a excitação dessas partes, capazes de levar alguém à excitação intensa, e até ao orgasmo. Homens e mulheres estão se tornando frios, com o sexo mecânico, sem clima ou preliminares. Seu namorado se sentirá importante ao saber que é capaz de despertar tal prazer em você.

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Suicídios

Como explicar a quantidade crescente de suicídios ? Sou ouvinte de diversas rádios e fico preocupado com as reportagens sobre suicídios. Sou paraplégico em virtude de um acidente automobilístico e aceito minha incapacidade física, que não me impede de viver e criar. Nunca quis morrer. Por quê as pessoas não reagem? - Abílio.

Abílio, existem certas coisas que afetam muito a população, como as dificuldades financeiras, a incerteza de um futuro melhor, a falta de amparo à saúde, a perda de valores morais pelos nossos dirigentes. Mas estes fatores sempre existiram e nem por isto a população se desesperava tanto, porque. existia um valor importante, que aos poucos tende a desaparecer, que é a solidariedade. As pessoas sabiam que podiam contar com seus vizinhos, parentes. A informação era lenta e o mundo não era esta aldeia imensa. A população se articulava dentro da cultura com mais liberdade, com uma aceitação melhor, diria até, que existia um certo respeito para com os outros.

À medida em que passamos a dominar a informação, começou um outro estágio de aculturação, onde com uma estrutura de formação de personalidade, passamos a macaquear os “gringos”, em detrimento de nossos costumes. Esta mudança, em grande parte é estimulada pela mídia vendedora, que quer nos transformar em consumistas e viu na competição dentro do estímulo à vaidade, terreno fértil para favorecer as vendas.

Aliado a isto, passamos por um momento crucial de queda acentuada na crença nos valores instituídos. Sexo irresponsável, drogas, politicalha, falsas crenças, poder a qualquer custo, doenças mentais crescentes, aumento da criminalidade, têm uma função importante na nossa reavaliação deste esquema falido, onde o sofrimento deverá chegar a um ponto tão insuportável, que a população em desespero romperá este ciclo vicioso, partindo para uma reestruturação social duradoura.

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"Dúvida Sexu(an)al"

Meu marido, sempre quando mantemos relação sexual, deseja manter relação anal, mas tenho certa resistência, embora sinta muita excitação. Caso venha manter relação desta forma poderá ocasionar alguma consequência posterior e qual lubrificante devo usar para não me machucar e facilitar a penetração? - Virginiana.

O sexo anal faz parte dos sonhos masculinos. Creio que isto ocorre, porque nos primórdios a civilização fazia sexo, penetrando a vagina por trás, com a mulher de quatro. A imagem devia ser muito atraente para os homens, mas para muitas mulheres deixava de haver contato direto com o clitóris e consequentemente, não havia orgasmo.

Uma mulher, só pode vir delas, teve a idéia genial de virar o jogo e fazer o "olho no olho" e mostrar ao "bonitão", o quanto era mais romântico amar e ver tudo que se passava. com todo o corpo massageado.

Muitas, até hoje, detestam o sexo anal, por desconforto, dor, ou preconceito, e o companheiro fica triste e às vezes pula o arame, para buscar esta satisfação com as que gostam. Primeiro porque é inseguro, segundo porque não consegue ser criador de prazer, delicado.

Bom quando o casal só faz o que gosta e respeita os desejos e limitações do outro. Melhor ainda, quando se aperfeiçoam na arte do amor, verdadeira dádiva da natureza.

A consequência do sexo anal, pode ser em alguns casos, a introdução de germes fecais na vagina e a criação de infecções. Mas não precisa ser assim: use camisinhas lubrificadas e tire/troque-as ao fazer a penetração vaginal.

Quero aproveitar a pergunta, para dizer aos que têm dúvidas, que não é possível indicar tratamentos ou medicações, assim como marcas de medicamentos na Internet. Isto seria um crime e uma falta ética grave, pois cada cliente tem um organismo diferente.

O que acontece, é que a Net favorece às perguntas anônimas, que as pessoas por preconceito, não fazem a seus médicos. Eles deveriam mostrar-se mais acessíveis para facilitar a desinibição. E ter mais tempo para as consultas.

Recomendo-lhe que fale com seu ginecologista e ele orientará sobre isto.

E parabéns a você e a seu marido por esta cumplicidade!

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650 HP, são razoáveis?

Qual a sua opinião sobre os medicamentos para melhorar a potência nos homens? - Vidigal

Eles existem para ajudarem as pessoas portadoras de distúrbios vasculares penianos, ocasionando, dentre outras coisas, o endurecimento da veia do dorso do pênis, que deve ser fechada por compressão, assim que surge a excitação e o enchimento dos corpos cavernosos e esponjoso: uma espécie de esponja que se encharca de sangue, para o membro crescer.

Este quadro costuma acontecer em pessoas idosas ou com distúrbios vasculares precoces, mas não é o que faz o sucesso de vendas destes medicamentos, e sim o medo de que "não cresça"!

Um destes medicamentos é líder de vendas, entre todos os medicamentos existentes no mundo. Isto é uma loucura! Existem gangs especializadas em roubar cargas destes "milagres", que os vendem em farmácias sem nota, sem impostos e sem receita, que já foi abolida, graças ao poderio econômico destes laboratórios. Outra vergonha!

O pior é o homem inseguro achar que deve ter o membro em riste, todas as horas, e acreditar ser o remédio, e não a sua segurança gerando a excitação, que o torna capaz.

Conheço pais de família, pobres, com gastos absurdos, para comprarem suas bengalas. Vi um destes deixar morrer a filha alérgica, porque não tinha dinheiro para os remédios dela, gasto com estes engodos. Um bom curso de orientação sexual faria melhor, por muito menos.

São medos como este, que fazem os ditadores, os machões e a maioria dos drogados do mundo.

Entretanto, como no consumo das drogas, ele existe porque existem compradores.

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Haja "figo"!

Por que proibiram os remédios para fígado - P.E.

Porque é a atitude mais certa a tomar.

O brasileiro é o povo que mais "sofre do figo"! Bebe uma caipirinha, come uma feijoada, come um quilo de carne crua e o "figo berra"!

O que ocorre é que certas comidas e combinações, geram gastrite, gases e má digestão. O culpado é o vilão, que quando está doente, realmente, produz um estrago.

O fígado serve entre muitas outras coisas, para armazenar glicose, que queimada, gerará energia para o funcionamento do corpo. Por isto o fígado é grande. Além disto ele decompõe as substâncias orgânicas, gera enzimas e despeja no duodeno, uma tripa depois do estômago, que irá tornar as gorduras em pequenas gotinhas, para ser absorvidas. Por aí se conclui a sua importância e o quanto é resistente.

Ele estraga, em doenças como o alcoolismo, a dependência às drogas, incluindo o fumo, nos tumores, nas doenças onde ele se degenera, transformando-se numa ferida e cicatrizando-se de forma intensa, como na cirrose, nas parasitoses por giardia, esquistossomose (xistose) e em outras doenças.

A bile é o sobra dos trabalhos do fígado e quando não estamos em horário de digestão, ela fica armazenada na vesícula, que absorve parte da água, ficando mais concentrada, para as feijoadas e picanhas gordinhas.

Quando a pessoa está com problemas emocionais, em depressão, ou ansiosa, o duodeno se irrita, a saída da bile fica dificultada e podem se formar os problemas de "vesícula preguiçosa", que todos já ouviram falar, mas têm vergonha de perguntar ao médico o significado, para "não parecerem burros", e as pedras na vesícula, que costumam causar cólicas.

Afora isto, "figo" doente é folclore. Por quê os remédios que eram vendidos melhoravam os sintomas? Porque eram digestivos, estimulantes da formação do ácido do estômago, eliminadores de gases e "amaciadores" das carnes duras, cruas ou torradas.

Não somos um povo doente, como gostam de pregar os coveiros do Brasil (laboratórios, farmacêuticos e médicos mal formados). Somos, isto sim, muito ignorantes e blefadores.

Quer testar esta verdade? Diga para os amigos que está com gripe. Se não surgirem mil receitas milagrosas, eu não abro mais a boca!

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"Trem Doido!"

Por que o projeto que destinava 10% dos leitos de hospitais gerais para tratamento psiquiátrico, não é implantado? Por que nossos parentes doentes mentais têm que viver em hospícios, ao terem suas recaídas? - Tadeu.

Tadeu, que este é o país do "lobby"! Tenho certeza, de que este projeto não interessa aos hospitais psiquiátricos e trás apreensão para os dirigentes de hospitais gerais, que em sua maioria leigos, não percebem nesta mudança, um reforço nas internações dos hospitais quase falidos.

Neste país as pessoas têm o hábito de fazerem projetos de cima para baixo e sentem-se os donos da verdade, sem consultarem os que vivem os problemas. Mas o grande entrave, são as diárias pagas pelo Sistema Único de Saúde, que mal pagam os medicamentos usados pelos pacientes. Assim, qualquer planejamento esbarra no pouco que é dotado para a saúde.

Quem lida com a psiquiatria, sabe dos resultados rápidos obtidos com os clientes internados em hospitais gerais, pelo simples fato de que são examinados diariamente. Em contrapartida, na maioria dos "loucocômios", o interno é visto, pelo médico assistente, cerca de dez minutos por semana, exceto se estiver agitado, quando é visto pelos plantonistas semanais (um plantão por semana), médico este, que além de dar conta das urgências, vê seus pacientes (cerca de 60 a mais) naquele dia. Estes atendimentos funcionam precariamente, com muitos clientes tendo alta sem receitas para tratamento à continuidade.

As clínicas particulares estão cobrando preços que a população não pode pagar, se recusam a internar pelo S.U.S., alegando não ter vagas, forçando o pagamento particular.

Não havendo verba, nem vontade política para resolver estes problemas graves, a política de saúde, incluindo a mental, é mero gesto eleitoreiro, que não decolará nunca. E estará sempre rendendo votos, quando bem explorada. Aliás, já conhecemos este filme.

Cabe-nos como cidadãos, discutirmos o assunto e encaminharmos nossas sugestões e propostas aos nossos representantes, sem medo e sem preguiça. Quem sabe eles se tocam e agem!...

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Absenteísmo nas Empresas

Como descobrir as causas de faltas sucessivas ao trabalho nas empresas? O Senhor como médico não vê um jeito de conseguirmos diminuir os afastamentos por atestados médicos? Não será que os médicos os fornecem como brindes por consulta feita? E. M.

Caro E.M. há muitos anos atrás, eu respondi a uma pergunta similar feita por um empresário amigo e acho que a resposta ainda é a mesma.

As principais causas de absenteísmo (falta ao trabalho), se devem ao ambiente empresarial e podem estar ligadas aos encarregados com pouca capacidade de compreender o funcionário, dando ordens que ele não entende, que ele se assusta com o tom da ordem, ou dadas por pessoas confusas, sem conhecimento do trabalho, que entretanto, cobram de forma áspera dos seus comandados. Empresas existem, em que o comando é desgastante, desde o proprietário, que muitas vezes não e sutil. Este, maltrata os diretores, que maltratam os gerentes, que maltratam os chefes, que maltratam os supervisores, que maltratam os operários, que maltratam as mulheres, que maltratam os filhos, que maltratam de volta os pais e a cadeia reacional de subida se instala, voltando a agressão à empresa, de alguma forma, na maioria das vezes sob vandalismo ou sabotagem.

Outras causas são os baixos salários, a insalubridade, o desconforto, ou o mau ambiente de trabalho, por causas variadas, que abordamos em nosso trabalho sobre "Sabotagem - Identificação e Controle", inédito no mundo.

A melhor forma de diminuírem-se os afastamentos por atestados médicos, é tendo um eficaz departamento médico na empresa, que dê de fato cobertura aos incapacitados, assistindo-os em casa, com consultas e aplicações de assistência para-médica, ou ainda através de uma eficiente assistente social (não se entenda por patrulhadora ou xerife), onde o funcionário feito cliente, agradecido por tal atenção, lute pelo retorno ao trabalho o quanto antes.

Conheci um médico, que doente ainda trabalhava. Em seus últimos dias de vida, já afetado emocionalmente, afastava todos os que consultavam com ele. Fora este caso, que considerava errado, mas não consegui fazer a família enxergar, fica o meu conselho para você e a todos os empresários: se descobrirem médicos que premiem seus clientes com atestados, denunciem-nos ao Conselho Regional de Medicina, que tenho certeza, serão punidos.

Nas empresas onde faço consultoria, trabalho para conscientizar os funcionários da sua importância, dentro das necessidades de obtenção de um padrão de excelência no trabalho, que começa com um funcionário integrado ao processo de melhoria da comunicação, não como estorvo, ou recurso , mas como propositor de soluções.

Muitas empresas precisam acordar para este fato, se quiserem evoluir.

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"Válvula de Escape"

Desde que eu era pequeno, lembro-me de sofrer de gases intestinais, má digestão e acabei ficando excessivamente preocupado com minha alimentação. A qualquer desvio de minha dieta, que padronizei, sinto-me mal. Fico mal humorado, estou tendo mau rendimento no trabalho e sinto que minha esposa me acha um "xarope", evitando fazer sexo comigo. Meu gastroenterologista está cansado de me fazer endoscopias e agora quer que eu vá ver um psiquiatra. O senhor acha que preciso mesmo? T.C.F.

Caro T.C.F., tenho certeza de que um psiquiatra poderá ajudá-lo, na pior das hipóteses, a eliminar esta vida metódica, que está transformando-o num "xarope". Só para você ter uma referência, a Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 70%, no mínimo, das consultas por queixas gástricas, cardiológicas e de diversas outras especialidades, são consultas originadas por problemas psíquicos.

A causa dos sintomas físicos, quase sempre, guarda relação com o sistema nervoso. Assim, mesmo que um distúrbio como o seu tenha se gerado de uma perturbação física, como uma gastrite ou uma gastroenterocolite, com o passar do tempo, você pode ter criado uma neurose digestiva, onde a causa cedeu lugar a um processo de preocupação excessiva, que o aprisionou num sistema de vida viciado, neurotizante. Com isto, sua ansiedade gera sintomas físicos, que agravam seu mal estar psíquico e assim por diante, num ciclo vicioso.

Muitas vezes a causa inicial é uma descarga do sistema nervoso, motivada por uma insegurança que se cria no processo educacional, por situações familiares, sociais ou financeiras, ou ainda as três juntas. Esta descarga é a forma da nossa mente nos dizer que estamos inseguros e, através de um nervo que sai diretamente do nosso cérebro, chamado nervo Vago, produz uma descarga de tensão, sobre um órgão ou aparelho, onde vai se processar o "choque". A este fato, chamamos de "descarga ou choque vagal". Muitos "ispecialistas", mesmo aprendendo isto na escola de medicina, não buscam tratar a causa e ficam fazendo "trocentos" exames e receitando um monte de calmantes, gels e pastilhas à base de sais de alumínio, que produzem cálculos de oxalato de cálcio nos rins e depósitos de alumínio no cérebro, que agravam a circulação e que estão intimamente relacionados com uma doença grave, que é o Mal de Alzheimer, embora não saibamos ainda, se o alumínio depositado é causa ou conseqüência.

O alumínio em concentrações elevadas no sangue, pode causar diversos problemas, havendo especialistas que alegam distúrbios do crescimento em crianças.

Se não houver uma busca da causa, com os olhos e mente voltados para uma medicina psicossomática, o médico irá tratar sintomas, que na maioria das vezes, são importantes para se denunciar a necessidade constante daquela "descarga", sem a qual, as conseqüências podem ser graves. Só para lhe citar um exemplo que li recentemente, um certo paciente apareceu um dia em um consultório neurológico, queixando de paralisia do braço direito, que se mostrava rigidamente fletido sobre o peito. Após alguns exames, o neurologista concluiu, de forma acertada, que o paciente estava tendo uma reação de simulação e que nada tinha (conclusão errada). Como era hipnólogo e entendia pouco de psicologia, hipnotizou o paciente e deu-lhe uma ordem pós-hipnótica, de que não teria mais a rigidez ao despertar do transe. Aquela "paralisia" estava ocorrendo, porque o paciente, deprimido, estava com idéia fixa de suicidar-se e de fato o fez, atirando em seu ouvido.

Sempre que posso, tenho conclamado os "doutores" a entender que corpo e mente são inseparáveis e que demonstramos ignorância, se não percebermos esta interação. Portanto, não acho ignorante quem me pergunta se precisa de um psiquiatra, quem tem sintomas como os seus. Acho ineficaz o gastroenterologista que cuida de uma gastrite ou uma enterocolite, sem cuidar da parte psíquica, muitas vezes predisponente, ou criadora de mecanismos de defesas, à conseqüência de um problema primariamente físico.

Quanto a você, busque ajuda e "desxarope-se".

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Droga, de drogas!

Olá, meu nome é Carolina . Uma grande amiga minha, de 19 anos, fuma maconha desde os 15 e cigarro também. Dois anos para cá, ela começou a usar Ecstasy, doce, e algumas vezes cheirou cocaína. Nunca gostei de cigarros e muito menos de drogas, por isso sempre alertei do mal que aquilo tudo poderia fazer a ela. Mas ela sempre usava a desculpa de que na hora que ela quizesse parar ela parava. Nos afastamos agora, mas continuamos amigas. No entanto a cada dia que passa percebo que ela está ficando mais dependente, e nunca pára. Está mais magra, com os olhos fundos, andando com gente estranha e sendo agressiva. Não sei o que eu faço, tenho medo de que algo aconteça a ela. Às vezes penso em falar com sua mãe, mas sua mãe é muito desligada e nem cigarro ela acha que a filha fuma. Mesmo assim, tenho medo de que ela descubra que fui eu que contei e possa vir a fazer alguma maldade comigo. Não sei o que fazer, mas me sinto mal em ver uma pessoa de quem eu gosto tanto acabar com a própria vida com algo que não vale a pena!!!!

Diz o ditado: quando a gente ama, deve ir fundo. Sua amiga está doente, está precisando de ajuda e não tem coragem de se abrir com a mãe, que se não vê o que se passa com ela, está distante e precisa ser alertada.

Esta covardia dos amigos, é como o fogo amigo da guerra. Matamos nossos companheiros por medo.

Se não conseguir vencer seu medo, espere para ver o pior. Isto não é ser alcaguete, é ser verdadeiramente amiga.

Medo deve ter quem comete transgressões, não quem ajuda os amigos.

"Paro quando eu quiser!", é racionalização para quem está viciado e não consegue parar.

Procure ler em "Literatura", a pesquisa que fizemos sobre a "Motivação para o uso das drogas" e se inteire melhor sobre este assunto.

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Corazon, de melon!...

Estou com uma dúvida, sempre no início de uma nova cartela de anticoncepcional fico com humor muito alterado, ignorante, incompreensiva, estressada mesmo. Mas no fim da mesmo meu humor volta ao normal, e fico doce e amável. Será o remédio que provoca esse tipo de alteração? Tenho 19 anos, já ouvi dizer que pode ser que o remédio seja muito forte para meu organismo, será isso?

Outra coisa, sou noiva de um rapaz de 22 que me ama muito, e sempre adorei qualquer tipo de relação com meu noivo, mas brigamos no carnaval e viajei sozinha, acabei saindo com um rapaz que me encantou, quase não nos vemos mais, mas quando penso nele sinto até frio na barriga. Acabei voltando para meu noivo, mas as coisas não estão bem, desde nossa briga ele está viajando muito, agora que as coisas estão voltando ao normal não consigo mais manter relação com ele e tudo que ele faz me irrita, acho que nosso relacionamento esfriou um pouco, sei que gosto dele, mas não entendo se o que acontece tem a ver com o rapaz do carnaval ou se a distância se encarregou de tudo, se puder me ajudar.

Alguns anticoncepcionais podem criar tensão constante. O que você toma, que de propósito omiti o nome, por questões éticas, não deve ser receitado pelo seu médico. Estou certo? Portanto, procure não tomar medicamentos por auto-medicação. Sempre que falo isto, chego a "ouvir" os desconfiados pensando: "Isto é conversa de médico, querendo a consulta!", mas em nosso dia a dia, vemos gente se complicando, às vezes sem retorno, com um mero analgésico, aparentemente inofensivo. Vemos pessoas que pararam de ovular, quererem engravidar e estão com os ovários travados, de tanto tomar anticoncepcionais em doses exageradas.

Quanto ao noivo, os dois precisam conversar e se preciso "caçar outro rumo", pois o pior pode acontecer: casar por decurso de prazo e serem infelizes para sempre.

Quando a vontade sexual está contida, ou é por falta de amor ou por culpa de estar traindo-o, mesmo que em pensamentos.

Muitos casamentos caem neste faz de contas e vivem mal. Não deixe que isto lhe aconteça.

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Oh, Vida!...

Sinto-me angustiada pois não sei qual decisão tomar. Meu namorado está há quase 1 ano na Alemanha e desde que foi está planejando a minha ida também. Mas enquanto eu não tinha certeza da minha ida, eu não falei dos meus planos para minha mãe.

Acontece que meu pai, por várias vezes, ficou mal de saúde. Ele não pára de fumar e bebeu a vida inteira. Agora ele não bebe, está com quase 70 anos, mas não pára de fumar. Teve vários problemas de saúde e agora está predisposto a ter trombose na perna e, se isto acontecer, terá que amputá-la.

Mas o problema começou há quase um mês. Eu estava muito triste porque meu namorado tinha viajado para outras cidades na Alemanha, mas não teve como ligar. E eu, sentindo-me muito sozinha, pois foi num feriadão e eu em casa, sem companhia para um passeio, sem diversão e longe dele. Entrei num estado de auto-piedade, pois me via sem amigos, sem diversões e isto há vários meses, além do que fiquei o feriado inteiro deitada na cama e chorando.

Acontece que em casa, não temos o hábito de dialogar e minha mãe ficou cheia de suspeitas, a pior delas que eu estava grávida e sofrendo por não querer me perguntar. Nisto, a minha mãe, já com os problemas com a saúde do meu pai entrou em desespero e teve uma crise de nervos, na qual disse a meus irmãos suas suspeitas. Isto me deixou furiosa, pois não havia a menor possibilidade de eu estar grávida (meu namorado veio de férias em fevereiro, mas eu tomei os devidos cuidados) e tive uma briga, pela primeira vez na vida, com minha mãe. Mas ela continuou desconfiando e mexeu nos meus pertences e descobriu uma carta que meu namorado havia me mandado na qual ele dizia estar preparando "o nosso quarto". Isto, mais uma vez, me deixou fora de mim de ódio. Mas depois de uma conversa, minha mãe pareceu aceitar.

O problema é que depois de saber dos resultados dos exames do meu pai, ela ficou muitíssimo deprimida, mas ela age normalmente com meus outros irmãos, já comigo, ela não conversa, me olha feio. Eu estou agora com a oportunidade de ir para trabalhar na Alemanha, e disse isto a ela, para que ela soubesse que existe a possibilidade de eu não morar "sem casar" com meu namorado, e sim, numa casa de família. Mas ela continua com uma cara de tristeza que nada muda.

Estou num dilema, pois, eu tenho esta oportunidade de trabalho só por agora, porque em julho eu faço 26 anos e o trabalho como "au pair" é só até a idade de 25 anos, ou seja, eu teria que solicitar meu visto até julho. Mas meu pai está mal e minha mãe também, e eu não consigo mais ficar em casa vendo aquela tristeza toda desde minha infância. Eu tive depressão desde criança, fiz anos de terapia e tomei muitos medicamentos, mas penso, que para minha cura, eu teria que fazer algo que eu quero há muito tempo que é sair de casa, conhecer um lugar novo. Eu sempre ficava muito mais feliz quando saía de casa, viajava; isto ocorreu poucas vezes, mas eu percebi que me fazia muito bem. E sempre tive uma vontade muito grande de morar na Europa, mas agora que eu tenho esta oportunidade, tudo está conspirando contra.

Gostaria muito de ter uma opinião de alguém especializado. Não sei se o sr. é psicólogo, mas, pelas perguntas que vi no site, creio que o senhor possa me ajudar.

Muito obrigada, aguardo ansiosa o seu retorno. - Joana.

Joana, seu problema é preocupante, não pela possível morte de seu pai apenas, mas porque você é depressiva, está colocando sua felicidade nas mãos de seu namorado, que por estar gostando de alguém depressivo, deve ser um inseguro. E se ele o for, provavelmente você na Europa não terá a companhia de sua mãe para brigar, nem dos irmãos para implicar, por serem os "dodóis da mamãe".

O fato de ter feito terapia e tratamento por uns tempos, não diz nada, pois não ficou curada. Falha de quem? Dos tratadores ou da cliente que parou sem terminar?

Como você, inúmeras pessoas crêem que podem achar ajuda sem luta, num conselho, num encorajamento, do tipo "Vá e enfrente!". A vida não é assim tão fácil, requer conclusões e muita luta. Desculpe se não lhe mato a charada, com esta resposta. Mas acho que precisa de ajuda, e já! Palavra de psiquiatra.

Fora do Brasil, qualquer tratamento custa uma fábula. Já pensou se precisar voltar, tratar para depressão e um monte de outras coisas, que poderão ocorrer, inclusive e com certeza a morte do seu pai?

Passear faz muito bem, principalmente ao lado de um namorado bem estruturado, tendo-se dinheiro e sem pendências.

Seu pai bebia e fuma. Por quê será? Será que a mãe fechada não ajudou a contribuir? Será que ele tinha um problema sexual, ou de comunicação com ela, não resolvido, e vem lutando para morrer?

Você não tem culpa disto e menos ainda por ter nascido num lar com estes problemas. Mas já tem 25 anos e fica uma pergunta: O quê fez para por ordem nesta bagunça? Ficou deprimida e como o Lippy do desenho, passou a vida no: "Oh, céus, oh mundo cruel, oh, vida ruim!"

Creia-me: não estou debochando de você, estou sacudindo-a, para que saia desta auto-piedade e não traga mais um infeliz casal para o mundo. Já tem de sobra!

Ao invés de querer morrer, arregace as mangas, aproveite que tomou consciência de que é depressiva, busque ajuda, tome diversas opiniões, e se trate, pelo amor de Deus! Tem jeito e tem cura.

Viver a sua vida, como está vivendo, pode dar samba-canção, ou tango, mas terminará em tragédia. Se cure e faça uma bossa-nova, para quando seu namorado retornar, lhe encontrar mudada, uma moça segura. Pode até ser, que a esta altura você não o veja com bons olhos, principalmente se ele for inseguro também. Aprenda uma coisa: inseguro escolhe inseguro, e a vida será uma piada de mau gosto, com direito a bebida, e outras drogas.

A humanidade vive num faz de conta terrível e quando conclui que precisa de ajuda, cai em tristeza.

Você não precisa que fiquem com peninha de você, pois apesar de se ver na beira do abismo, você está muito lúcida, mesmo tendo dúvidas!

Acorda moça! Você já tem meio caminho andado: sabe de seus problemas e tem intimidade com os psi da vida!

Matando sua curiosidade, que está gravada em meu site, eu sou psiquiatra.

Felicidades!

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"Mal Estar Pré-Menstrual"

Mais ou menos uns seis dias antes da menstruação, fico irritada, chorosa, explosiva, tendo a impressão de que, um mal estar enorme me invade o peito. Meu esposo e meus filhos (tenho três) reclamam de mim e dizem que já não me suportam. O pior, é que fico com mais vontade de fazer sexo nestes dias, mas meu marido se afasta de mim. O que devo fazer? - Carolina.

Seu problema, Carolina, é muito comum entre as mulheres e ainda hoje uma senhora me ligou no anonimato, com um enorme medo de que eu a internasse num sanatório, após ter feito um relato semelhante ao seu. Vocês não são loucas, são portadoras de uma "Síndrome pré-menstrual", conhecida em "mediquês", como "Transtorno disfórico pré-menstrual", que pode conviver com outros transtornos, como a ansiedade, a depressão, distúrbios alimentares e diversas outras doenças clínicas. Quando existe um desses transtornos previamente, o médico deve investigar melhor, pois às vezes, o Síndrome pode ser conseqüência e não causa para os sintomas apresentados.

As causas principais se concentram na sensibilidade de certas mulheres às trocas de hormônios e a interação desses com o sistema nervoso central, podendo levar a um inchaço no cérebro, seios, útero, trompa e ovários, ocasionando inclusive, cólicas, dor nos seios, dor de cabeça, desânimo, desespero e até perda do controle emocional, com agressões físicas, ao menor gesto que possa ser identificado como uma provocação.

Esses casos são tratados com relativa facilidade e vão exigir, como já falei, que o médico identifique se são causados por outros problemas. Os medicamentos utilizados para esses tratamentos, não viciam, não agridem o organismo e previnem outras complicações, como a má circulação generalizada, que pode inclusive, prejudicar o cérebro. Busque ajuda e pare de pensar que é, ou está ficando louca, como repete em sua carta.

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"O Culto ao EU"

Por que os humanos, ditos "racionais", estão cada dia mais exibidos, buscando falar de suas virtudes, sem humildade? - Tomé

Existe um ditado que diz: "Quem é, não fala, faz!". No fundo, se você pensar bem, quem precisa se exibir, não se sente reconhecido e precisa entrar com as trombetas anunciando-o. Isto se deve à competição, com que o ser humano é obrigado a conviver desde cedo. Acaba tornando-o individualista, autodidata, egoísta e sem parâmetros de comparação. Só que ele ainda tem em seu mecanismo de pensamento, regras e conceitos herdados pela vivência de seus antepassados, que lhe informam, ainda que inconscientemente, o que é certo, adequado. No fundo, mesmo que exibido, ele não convive em paz com sua insegurança e é esta que lhe impõe uma atitude alardeante, que acaba aumentando sua insegurança, pelo conflito do ter que exibir-se, mas saber (inconscientemente) que é feio, deselegante.

Isto o isola mais ainda, mais precisa exibir-se e o ciclo recomeça.

Todos nós fazemos isto, em maior ou menor grau, pois existem situações que desconhecemos, mas ficamos com medo de mostrar ignorância e blefamos, exibindo-nos.

O verdadeiro sábio conhece sua fragilidade e quanto mais sabe, mais se mostra humilde, diante do que falta conhecer. O tolo é aquele que sabe pouco e usa este pouco para mostrar que é um sábio.

O que percebemos é uma enorme tendência ao isolacionismo, para que não critiquem os "erros" que possam ser cometidos. Entretanto, quanto mais se isola, mais o ser humano fica à mercê de suas conclusões, menos comparações faz e mais susceptível ao erro se torna.

Se pudéssemos ver os "pescoçudos", como chama-os o Caco Galhardo, mais veríamos que rebitam o nariz, para não verem a si próprios.

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Medo de Errar

Bom torcedor do meu time, tenho notado que o goleiro da equipe, por mais que esteja evidente e escandaloso o frango que toma, ele se levanta raivoso, esbravejante, apontando um companheiro de zaga como culpado pelo gol. Desta forma, joga o colega contra a imensa torcida. Tenta passar a impressão de que nunca erra.

Transferindo esse gesto para o nosso dia-a-dia, vamos observar que sempre tem alguém, assim parecido. Pergunto: Que mecanismo de defesa é este, que faz com que as pessoas não assumam seus erros? Será que se sentem aliviados, simplesmente fingindo que a culpa não é deles? Ou é pura covardia mesmo? - Emílio

Emílio, muitas pessoas são criadas de forma rígida, cobradas a cada atitude, numa tentativa dos pais de faze-los bem comportados. Isto costuma dar um resultado desastroso, pois as pessoas assim criadas, crescem com medo de serem apontadas como desastradas, incapazes. Diante disto, ou não assumem seus erros, ou se tornam apáticas, desesperançosas, mortas-vivas. Nesse caso, vivem neuróticas, completamente deprimidas, impedindo-se de crescer e bagunçam o coreto de toda a família.

As que não assumem o seu erro, vivem culpando a todos por seus insucessos e vivem de desculpas. O pior é que embora tentem se esconder detrás deste mecanismo de defesa, armazenam no seu inconsciente, cada vez mais, a imagem de um trapalhão embusteiro. Com isto, passam a errar mais e mais, até que, num gesto de auto-agressão, acabam perdendo seus cargos, tal o ar de antipatia que criam em volta de si.

No caso específico dos jogadores de futebol da atualidade, têm por trás de si, empresários, que acabam ensinando táticas de dissimulação e catimba, que os levam a fingir-se perfeitos. Quando dão entrevistas, endeusam-se, escondendo o óbvio ululante.

Aliás, esta técnica já chegou aos altos escalões do esporte, com os cartolas mentindo deslavadamente, em cima de erros gritantes, como datas de jogos, omissões de inspeção de estádios e tudo o mais que temos visto.

Nas partidas de tênis que andei assistindo, principalmente nas classes infantil e adolescentes, os treinadores ensinam aos seus alunos tanta manha, que uma discussão de "bola fora", certa vez, durou dez minutos. Muitos pais destes esportistas mirins, acham que isto é o certo, que o filho tem que ser competitivo, esquecendo-se que nesta fase, fazer a criança mentir, para satisfazer o seu ego, é uma violência contra o filho tão grave, como um abuso sexual. Muitos meninos, abandonam o esporte, ao se verem violentados por esta prática desleal e passam a ver os pais/instrutores, como verdadeiros falsários.

O grande problema, é que o exemplo hoje, parte de cima, pois até os nossos Pinóquios de plantão, em diversos Estados, já desenvolveram a postura dos fraudadores, quando tentam mostrar que o social vai bem. Ao contrário, somente nós descemos no de serviço, como diz o profeta José Simão: O macaco está certo!

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"Mea Culpa, Mea Maxima Culpa!"

Como conseguir eliminar este sentimento de culpa, que envolve muitas pessoas? - M. V.

A culpa acompanha o ser humano desde a sua criação, segundo a Bíblia. Em cima desta crença, de milênios atrás, o homem vem intimidando-se e postando-se de joelhos diante de todos os representantes de autoridades que encontrou pela vida.

A família, como parte comunitária mínima da cultura, recebe suas orientações para adequar seus componentes dentro das leis e preceitos, com o intuito de evitar perturbações da ordem.

Contido, o ser humano se torna inseguro, angustiado e começa a exigir dos filhos cada vez mais, um comportamento fechado, proibindo-os muitas vezes de terem amigos, para não ter seu lar bisbilhotado. Isolados, ao obterem algum mando, descarregam suas neuras, criando regras e crenças absurdas, que restringem ainda mais a vida de seus comandados.

Como exemplo disto, temos inúmeras "pérolas" de pensamentos degradando o sexo, a nudez o amor e exaltando o arrependimento, a confissão, o buscar a culpa para espiá-la. Até a imagem de Deus, que nos foi passada por muitos anos, era a imagem de um senhor a julgar os vivos e os mortos, como se Ele não tivesse outra ocupação, que a de vigiar os banheiros, debaixo dos lençóis, as mentes "pecaminosas" e todas as instâncias possíveis e imaginárias, que pudessem criar para o Seu voyeurismo.

Fica a indagação: _ de onde será que tiraram esta imagem de Deus? Parece que surgiu de mentes em conflito, que para criarem regras para os filhos, mulheres, comandados; tornaram a "coisa braba", com o intuito de exagerar, para ver se conseguiam impor e com isto dominar.

Aí, exatamente aí, está a chave da coisa: _a culpa tem que ser imposta, para criar uma limitante, na cabeça dos povos, para que temendo, sintam-se culpados, não errem.

Para mudar isto, precisaremos mais de mil anos, com o ser humano caminhando passo a passo. Um jeito mais rápido? Só conheço um: - analisando-nos e tentando compreender as causas das nossas culpas. Isto trará a nossa modificação, mas não modificará o mundo. Já será um começo, pois passaremos a entender melhor as pessoas e a respeitá-las.

Muitas pessoas desejam que outras passem por cima de suas restrições, vivam abertamente, e releguem sua censura armazenada por anos, pelo simples fato de quererem obter alguma vantagem. Estas estão tentando abolir a culpa, com intuitos escusos.

O maior problema da humanidade, a meu ver, não é o sentimento de culpa que possui, mas a sua falta de cultura, que a impede de traçar seus próprios caminhos, com direitos e deveres conscientes, apesar da lei, que só existe para uns, ou dos manuais modernos de ética, que descrevem normas que não são precisas, são mutáveis e escritas sob intenções nem sempre claras.

A verdadeira cultura, independe de escolaridade. Se apresenta na percepção lúcida, do: "não faço para os outros, o que não é certo que me façam; não faço mal para os outros, porque isto me tornará um ser mau".

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Masturbação feminina

Descobri a minha esposa se masturbando no banheiro, com o cabo da vassoura de cabelos. Caí numa enorme tristeza, pois vejo que não sou suficiente para ela. Me aconselha buscar ajuda para esta fossa? Que remédio devo tomar? - A

Caso eu lhe passasse um remédio, você iria prescrever para ela também? Ou será que ela já sabe que você se masturba e respeita sua individualidade?

É preciso parar de sofrer com esta insegurança machista, que só revela o quanto os homens, em geral, são imaturos, ilógicos. A eles é permitido masturbar, e muitos o fazem não pelo prazer, mas para provar o quanto são capazes. "Bati cinco hoje!", dizia um "bombado", para outro na rodoviária, outro dia. Tive que ter pena, pois além de precisar se exibir para o outro, ainda era anabolizado. É muita necessidade de disfarçar a insegurança quanto ao próprio homossexualismo, não acha?

Homens e mulheres saudáveis, independente do estado civil, costumam se masturbar. Faz bem para a saúde e para o conhecimento de suas intimidades e corpo, como um todo.

Mulheres que se queixam de frigidez, são ensinadas a se masturbarem, para sentirem vontade. Às vezes o parceiro é muito rápido, e elas precisam melhorar a tempo de resposta.

Uma pessoa, certa vez, sintetizou o óbvio: para que alguém não precise provar nada, a respeito de sexo, ela precisa ser consciente do que é capaz de realizar.

Aconselho a buscar ajuda com um terapeuta, para ser mais seguro e poder até masturba-la, quando sentir que ela quer sexo e você não quer. Por puro amor e vontade de ajuda-la.

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Mulher, se excita com mulher?

Vi minha namorada abraçando a prima, que acabou um namoro. Parecia que a prima estava gostando de ser acariciada no rosto e consolada. Não tenho certeza, minha namorada diz que não, mas tive a impressão, de que a prima estava com os bicos do seio duros? Isto é normal? - Gilberto P. ,14.

Se até um cãozinho gosta de ser acariciado, porque o ser humano não se sentirá feliz, quando estiver sendo consolado?

Mais outra pergunta: Você nunca viu, que ao passar de raspão no mamilo de uma mulher, ou de um homem, ele intumesce? Nunca viu o bico dos seios de uma mulher ficarem rijos, quando ela passa frio? Será que o frio é excitante?

Acho que você se beneficiaria muito, se conversasse com alguém mais velho, ou mais experiente, sobre estes e outros assuntos, relacionados a sexo, para não ficar vendo homossexualismo em tudo.

Homens gostam de homens, são camaradas e podem até sentir ciúme um do outro. Isto é normal. Mulheres também.

E a propósito, homossexualismo não é doença, é preferência sexual. Insegurança sim, é doença.

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Meu filho tem ereção ao mamar!

Fiquei assustada a primeira vez que vi, não falei para o meu esposo, mas sei que meu filho fica excitado, quando mama. Devo fazer algo para impedir? Isto é errado?

Faz algum tempo, vi a Paloma Duarte falando ao Amauri Júnior, na televisão, com muita propriedade, algo que a medicina sabe e faz tempo. Para ela, o período mais excitante na vida, foi quando amamentava. Tinha um prazer imenso!

Isto está sendo dito, porque muitas mulheres se excitam ao amamentar, mas o seu complexo de "virgemaria", as impede de admitir isto. Algumas têm até orgasmo, nesta hora.

Se é bom para a mãe, porque não será para a criança?

Para o recém-nascido, o sugar o seio da mãe, equivale ao adulto ter uma excitação sexual. Daí meninas e meninos se excitarem ao mamar.

Quando perceber isto de novo, dê graças a Deus! Ele é normal.

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Vagina Fujona!

Doutor, vou lhe falar de um assunto sério, que me assusta e faz com que o meu casamento se desmorone, preciso de informações, que não estão sabendo me dar.

Estou casada há 14 anos; no início meu esposo tinha ejaculação rápida. Era tão rápida, que chegava a ter ejaculação na cueca, ao ficar excitado, quando nos preparávamos para o sexo. Conversei com o meu ginecologista e ele me ensinou a ter o orgasmo, mesmo com o pênis em repouso, me excitando no corpo do meu esposo. Aos poucos ele foi perdendo a preocupação de ter que me fazer ter o gozo e sua ejaculação rápida foi desaparecendo. Contudo, já nesta fase, eu já não tinha certeza se gostava dele. Acho que nós nos usávamos, para fazer sexo, cuidar dos filhos e pagar as contas (sou secretária de uma multinacional, onde ele tem também um bom cargo). De uns tempos para cá, percebi que ele está atrasando muito, para ter o orgasmo. Eu tenho o meu, e percebo que estou molhando muito a vagina, que sinto contrair, impedindo a ele de ficar com o pênis dentro dela. A impressão que tenho, é que ela recusa o pênis e o impede de ficar alojado. Ele está reclamando, eu sei que é ruim, mas do fundo me vêm idéias de que estou devolvendo a ele os sofrimentos, que nunca desabafei e sempre pus panos quentes, desde a época em que tinha ejaculação rápida. Confesso-lhe mais, sei que se o nosso casamento acabar, eu não vou ficar desesperada. O fato de ter visto como fui forte, dá a mostra da fraqueza dele e acho, que aí, está a causa do problema. Estou viajando muito? É isto mesmo? - Anônima

Estou muito alegre pela sua carta. Isto porque com ela, eu passo a ter conhecimento de 13 casos semelhantes ao seu.

Não tive a oportunidade de fazer ainda uma publicação científica, mas já fiz artigo em jornal leigo sobre o assunto, há algum tempo, dando orientação a um caso como o seu.

Primeiro é preciso lhe dizer que tenho clientes que chegam a ejacular, durante a relação, até mesmo, um jato forte de secreção. Até algum tempo, acreditava-se que a mulher só lubrificava a vagina no coito. Hoje muitos sexólogos sabem que as mulheres, ao excitarem, produzem secreção em suas glândulas vaginais e podem ejacular, em jato, dependendo da intensidade do orgasmo. Isto foi confundido com um truque aprendido pelo pompoarismo, onde as mulheres controlam sua musculatura vaginal e podem contraí-la e expelindo líquidos e outros objetos, como bolas de ping-pong, previamente introduzidos.

Este líquido pode tornar a vagina muito escorregadia, trazendo uma sensação incômoda para muitos homens, que acabam perdendo um pouco da ereção, e com isto o pênis pode entortar e escapar. Até aí, nada de inovador. Muitos homens já viveram esta situação.

Contudo, nos casos, como você descreve com extrema segurança, o que ocorre é uma contratura inconsciente, para a mulher, da musculatura vaginal, com o intuito de expulsar aquele "objeto, à esta altura desnecessário", pois a dona da vagina já se satisfez. Objeto este, pertencente a um companheiro que muitas vezes já trouxe algumas situações de angústia.

Em todos os treze casos que conheço, estas situações eram: alcoolismo; ejaculação precoce; sexo mecânico, sem carinho, sem preliminares; maus tratos à esposa; insegurança financeira do casal, que só se encontrava no sexo; vaginites; Condiloma Acuminado, por papilomavírus e verrugas genitais; marido preferindo o sexo anal depois do orgasmo da esposa; desproporção pênis-vagina.

Veja você: existem causas, existe lubrificação abundante (não confunda com excessiva), e existe mágoa não resolvida, em todos os casos. Chego a dizer, que esta é a vertente feminina, da ejaculação precoce por decepção ou vingança inconsciente. Neste caso, a ejaculação ocorre por insegurança, indiferença feminina, mágoa da esposa, vagina seca, vaginite, relação sexual muito rígida (papai/mamãe), vagina curta ou muito larga.

Acho que vocês dois precisam conversar muito. Sem armas, sem defesas, honestamente. Se sentirem que está difícil, busquem uma ajuda com terapeuta e ele porá ordem em seus pensamentos.

Conheci um casal, que em quinze minutos de conversa no consultório, decidiram felizes, sem agressão, separarem-se. Precisavam de achar uma parceria, que contasse ao outro, o que ambos já sabiam: não se amavam mais. Mas o sexo deles, há muito tinha ido para o espaço. O mais interessante, é que mesmo separados, adoram fazer sexo juntos.

Vocês, magoados ou não, precisam entender, que se acertaram em uma fase. Isto os casais não procuram fazer. As mulheres querem que os homens, geralmente pobres em conhecimento da psicologia feminina, sejam ases na cama. Os homens querem as mulheres excitadas e excitantes, só para eles, sem terem nenhum trabalho preparatório ou de diálogo.

Discutir a relação, significa muito mais que fazer sexo vaginal, anal, ou cavalgado. Significa saber quem eu sou, quem ela é, o que são valores para cada um.

Busque e achará!

Felicidades.

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Fome zero, saúde: abaixo de zero!

Doutor, minha esposa, a pessoa mais gentil que conheço, iniciou tratamento para emagrecer com endocrinologista (mando em anexo, cópia do rótulo, do remédio manipulado). Há quatro meses, desde que começou o tratamento, vem com alterações do comportamento, veste-se de forma exageradamente jovem, para sua idade e demonstra uma irritabilidade crescente, onde chegou ao cúmulo de espancar nosso filho mais novo (8 anos), deixando-o todo machucado, saindo para se encontrar com amigas de baixa reputação, como se nada houvesse acontecido. Como devo proceder? Tem a ver com os remédios? Ajude-me com seu sábio conselho. - Rodrigo.

Rodrigo, pela fórmula enviada , sua esposa está usando Fenoproporex, Dietilpropiona, Diazepan, Tetroid, Cáscara Sagrada, Sene e Carbonato de Cálcio, em associação. Segunda parecer do Conselho Federal de Medicina referendada pela Justiça, comete falha ética e crime, quem prescreve e quem manipula tais fórmulas, pois existe uma incompatibilidade imensa entre os componentes psicotrópicos (que agem no cérebro), agravada pela associação com hormônio Tireóideo.

Sua esposa está doente, corre sério risco de ter um acidente vascular e precisa de socorro.

Quanto ao médico, depois você poderia processá-lo, com garantia de 100% de ser vitorioso, pois este é o único jeito de fazer estes maus profissionais se emendarem. Informo-lhe que os Conselhos Regionais de Medicina só podem agir contra estes maus colegas, se houver uma denúncia, com prova. Você a tem.

Já vimos pessoas, como a sua esposa, onde a retirada de tais fórmulas, ensejou uma agitação tão grande, que tiveram de ser internados e sedados por dias, com delírio e alucinações, como se fossem cocainômanos.

Converse com seus filhos, explique que a mãe está doente e aja rápido, buscado ajuda médica.

Felicidades.

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Criança Hiperativa

Doutor, fui surpreendida nesta última sexta-feira, com uma convocação da diretoria da escola da minha filha (pré-primário), onde me indicaram uma transferência da menina para a APAE, pois alegam que ela não tem coordenação motora, vive desatenta e não sossega no lugar, perturbando as outras crianças. Isto obriga a professora a descuidar da classe, para dedicar muito tempo, repreendendo-a. Disseram que ela já foi para a diretoria 10 vezes este anos, ficando de castigo. Dá a impressão de não se importar com as repreensões.

Sei que minha filha é inteligente, pois consegue soluções incríveis, para todos em casa. Não a chamaria desatenta, mas sonhadora, desligada. Seus maiores problemas são a inquietação, falta de coordenação para letras desenhadas (caligrafia ruim), mas faz boa caligrafia com tipos gráficos. É esperta inclusive. Tem bom senso para cálculos. Por vezes evacua ligeiramente na calcinha e com frequência, faz xixi na cama.

O senhor acha que é caso para ir à APAE? - B.R.

Em nossa região, sou convidado por diversas Secretarias de Educação, para ministrar um curso às professoras, que leva o título desta resposta: "Crianças Hiperativas". Este tem sido o maior drama das escolas, hoje em dia, pois estas crianças trazem um desarranjo emocional e uma sensação de frustração, às professoras desavisadas, que ao final do expediente, confessam-se extenuadas.

As características de crianças com estes problemas, são a hiperatividade, que as transformam em inquietas, sem sossego, desligadas, distraídas, inteligentes, mexedoras, com dificuldade para obedecer as ordens, falantes e, em casos diferentes, completamente alheias ao trabalho escolar. São frequentemente confundidas com crianças retardadas, por não desenvolverem-se tão lenta e ordenadamente como as outras crianças. A escola para elas costuma ser um tédio, pois seu pensamento rápido, está a léguas dali.

Estas crianças são fruto de gravidezes complicadas por sustos, tombos, doenças simples como a gripe e milhares de outros problemas, vividos pela mãe, como uma sogra que mora junto e atazana a gestante, por exemplo. Muitas têm este problema gerado num parto por cesariana mal planejada, por fórceps mal colocado, por parto rápido, demorado, com icterícia do recém-nascido, com aspiração do líquido da bolsa, contaminado por fezes da criança, por circulares de cordão umbilical enforcando o feto, nascimentos por apresentação de nádegas, por encaixamento prematuro no canal de parto e cerca de outras mil causa, incluindo um canal ósseo de parto estreito. Em todos estes casos ocorre um pequeno traumatismo cerebral, muitas vezes sequer detectado pelo exame de eletro-encefalograma ou outros exames radiológicos, mas que acabam criando este distúrbio.

Podem existir, inclusive, causas ignoradas, onde o médico, por mais que inquira, não chega a uma conclusão. Podem existir vários casos na mesma família, coincidindo com a configuração do canal de parto estreito, nas mulheres da família.

Entretanto, estes casos, que podem chegar a ser dramáticos, têm, em sua maioria, uma solução adequada, em sua grande maioria com cura. Os tratamentos, geralmente com antidepressivos, que não causam dependência, como crêem até certos médicos ignorantes deste fato, dão excelentes resultados, tranquilizam as crianças, fazem o amadurecimento, por crescimento normalizado, sem tirar-lhes a inteligência, muitas vezes aumentada.

O que não se pode fazer, em hipótese alguma, é dar-lhes tranquilizantes, sedativos, barbitúricos, analgésicos fortes, pois nestes casos, agitam-se, podendo chegar à agressão.

A falta de controle da urina e das fezes, quando existe, é rapidamente controlada com os antidepressivos.

Muitas famílias são induzidas em erro, por profissionais que desconhecem este distúrbio e dizem para as mães, que é o gênio da criança e que com a idade, desaparece. Isto é falso, pois tende a agravar, a tornar as crianças marginalizadas pelos colegas, e escolhidas a dedo, pelos marginais, que as induzirão ao uso de drogas. É preciso lembrar aqui, que o álcool e a cocaína, costumam deixar estas crianças e adolescentes briguentos, por isto apanham muito, alguns com morte por esta explosividade. A maconha geralmente os acalma, apesar do estrago posterior, que ocasionará, com redução dos espermatozóides e da libido.

Crer que levar um filho a um psiquiatra é uma confissão de que existe um "doente mental" na família, é um preconceito que os psiquiatras do século dezoito, tentavam acabar.

Observemos à nossa volta e veremos um mundo de crianças hiperativas, tiranizando os pais, que fingem ou nada sabem sobre este distúrbio.

Apesar dos nossos respeitos e elogios à APAE, não temos notícias de trabalhos específicos feitos pela instituição, com hiperativos, que não sejam excepcionais, como é o caso de sua filha.

Busque um psiquiatra e ele a ajudará em curto espaço de tempo.

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