Univerbum #059:
CHOVE CHUVA! CÁ, AQUI!
LÁ, ACOLÁ!
LÁ, ACOLÁ!
Trrrraaaaá!Tac-Tac!
Triic! Tric!
É grannizo,
Telhados,
Portas,
Janelas.
Vrummmm!
Vrummmm!
Vento Norte?
Leste - Oeste,
Vento Sul..
Venta forte!
Vrummmm!
Vrummmm!
Venta a chuva,
Venta e chove
Onidirecionalmente,
De todo canto.
Chuva cai...
Chuva desce...
Desce e rola,
Rua abaixo.
Chuá! Chuá!
Enxurrada,
Desce a rua.
Rua abaixo...
Desce o lixo,
Sem lixeiras,
Sem tranqueiras,
Sem barreiras.
Rola tudo
Na ladeira.
Trisch!
Trasch!
Cabrum!
Flash!
Phós!
Luzir
Luz;
Luzem raios!
Coriscando
Céu cerrando.
Descrerrando
Qual cortinas,
Véu celeste
A rasgar-se...
Ribombando,
Grita a alma
Rasga os véus,
Geme os céus
A bradar.
A gritar
Dor ferida,
Dor sentida,
Pelos homens
Que distratam,
Que destroem,
Seus biomas.
Geme Humus,
Geme "polvo"*, (pó*)
Geme Terra,
Geo geme ,
Geme Gaia,
Deslalento...
Em tormentos,
Só lamentos.
Nuvens solvem,
Choro nimbos,
Languidez
Etratos fundem
Groças gotas,
Densas lágrimas
Raios chispam,
Coriscando,
Pára-raios.
Latas d'água,
Ao ombro-enxadas,
Fulminando,
Pobre gente
Pára-raios.
E o carvalho,
É fendido
De alto a baixo,
Vira fogo,
É fogueira,
Restam flepas,
Fende em brasas,
Apagadas,
É carvão,
Mas acesas,
Só borralho,
"Just smolder",
Viram cinzas,
Como gente,
Volta ao pó.
Cinza em água,
Mas a chuva,
Tão bem-vinda
No Sertão,
No Nordeste,
Na Cidade.
Chuva urbana
Lava os ares,
Lava as ruas,
Mas as almas
Dos políticos
Quem as lava!
Porco à lama
Se acostuma,
Mas limpeza
Só deseja,
Mas a gente
Só dá lama,
Sujeirada.
Mas aqueles?
Sem limpeza,
Mente suja,
Só rabuja
Páram o povo,
Elameiam
A Nação
Que chorosa
Agoniza,
Mas anseia:
"Libertas quae
Sera Tamen!"
E o Central,
Quem o limpa
Renovando?
Presto ação!
Congressista?
Quem os limpa,
Quem nos vale,
Quem, de fato,
Muda tudo
É o seu voto,
Meu e nosso.
Cabrum!
Trisch!
Trasch!
Pinga,
Ponga,
Tanto cá,
Como ali
Ou acolá!
Chove chuva
Zás!
Sinfônica,
Bela ária,
Refrescando,
Vai limpando,
Dando vida,
Renovando.
Fascinante!