De grão em grão [41]

As qualidades pessoais, as coisas boas da vida em geral, precisam ser estimuladas para continuarem se evidenciando, se fazer bom uso do seu potencial e rendendo frutos.

É por isso que se deve elogiar as crianças quando demonstram bom comportamento, e não apenas puni-las quando fizerem feiuras. E, claro, vale muito mais enaltecer uma qualidade do que um defeito (com a punição).

Tudo aquilo que não é estimulado atrofia. É assim com partes físicas e mentais. Se não exercitamos o corpo, ele enferruja, dói. Se não usamos a mente, ela desacelera (para não dizer retarda), deixa de funcionar direito. E precisamos, tanto da habilidade física, como também de ideias, criatividade, pensamentos, soluções.

Quem não exercita o pensamento vai ficando meio burrinho. Rubem Alves bem disse assim: “Comparo a inteligência ao pênis. Ela é flácida, mas, se provocada, começa a sofrer transformações hidráulicas incríveis. É assim, precisamente, que funciona a inteligência. Lá está ela, flácida e ridícula. Pequena demais. Talvez inexistente. ‘Curto de inteligência, meio burrinho...’, se diz. Não se nota que ela está assim porque ainda não houve um objeto de amor que a excitasse para ter uma ereção.”

Bem sabemos como funcionam essas coisas de estimular partes físicas. Tem algumas que acordam sozinhas dependendo do que o olho vê ou mesmo do que a cabeça lembra. Mas, como concluímos, precisamos muito estimular também a nossa inteligência...

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 15/08/2014
Reeditado em 15/08/2014
Código do texto: T4923309
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