QUIMERA

As horas passam silentes

Na brevidade do dia

Deixando marcas dolentes

No esplendor da maresia

Despertando em minha mente

Lindos sonhos e magia.

Tudo se veste de encanto.

Sob o arrebol carmesim

Trazendo a paz nos suspiros

Que tomam conta de mim.

Entre duendes e fadas

Exala olor de carmim.

Os meus versos descortinam

O que a vida sempre apraz

Na sombra branda do vento

Toda palavra é de paz.

Voeja, então, a saudade

Ao som que a brisa compraz.

Saudade, castigo eterno

Que a vida impõe com rigor

Aos corações maculados

Em seu tácito vigor.

As lascívias tão nostálgicas

Deixam laivos de licor.

Meu coração vive a espera

Do curso estelar supremo

Onde o infinito revela

Ser vã angústia que temo.

Sinto falta da magia

Do meu estro mais extremo.

Todo verbo que profiro

Traz um quê, da longa espera,

Do fértil jardim criado

Na minha mente em quimera

Que repudia, em silêncio,

Tudo que o amor exaspera.

Esse estilo de métricas e rimas

é uma criação da poetisa Maria

de Jesus Carvalho. As instruções

encontram-se na sua página.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 05/03/2016
Código do texto: T5564303
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