condicional
Sinto culpa por colocar entre nós a distância da racionalidade
Uma tormenta, uma angústia, se instala em minha mente
Não me vejo nesses planos, lhe disse, não visualizo os meus próprios
Tenho medo, na verdade
do futuro, das incertezas
de um tempo depois de nós
Quem serei eu então?
Serei capaz de, novamente, me encontrar o suficiente para encontrar outro alguém?
Tenho medo de um tempo entre nós
Como posso confiar no destino diante de minhas inseguranças?
Tenho em mim, ainda, esse medo quase primitivo de que eu deixe de ser quem você quer encontrar
Como tiro de mim o medo de minha suposta e concreta mediocridade?
Quero te ver alçar voo, ir de encontro ao que é seu
Tenho medo, porém, de que eu nunca aprenda a voar
carrego comigo o peso de muitas culpas e a impressão deprimente de que sou incapaz
Tenho medo de um dia me perceber tão longe de ti quanto estou de mim
de quem desejo ser, de quem posso ser
Quem quero poder ser?