Corpos Silenciados e o racismo

Corpos Silenciados e o racismo

A mãe encantada

nina a essência

da sua plenitude

com orgulho

Cuida com a alma

alimenta e acalenta

dorme meu amor

mamãe quer descansar

A família, amigos (as)

visitam e parabenizam

celebram a vida

Ninava , afagava, cuidava

ensinava com todo carinho

os primeiros passos,

as primeiras palavras

Mas, o racismo social

não respeitou a dor

mais um, mais uma

em meio ao pesadelo

do silêncio mortal

Presa (o) em seu quarto

já não conversa, não come

não basta o amor sincero

da mãe que sofre

E agora que a angústia

está presa em complexos

desumanos e opressores

silencia mais uma alma

e viver já não importa

O grito escondido

fere a dignidade

pois a voz calada

rompe as veias da emoção

Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 24/09/2019
Reeditado em 11/12/2019
Código do texto: T6753211
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