atrás da razão traz um conto
— Preenchi supérfluas lacunas, olhei não-vendo, bestial padeci... de zoantropia. Juízo perdido. Por fim, embora tarde, desperto; ora aclaro-me, ainda que, me experimento centauro e disparo arco, seta zune: zuuummm... Alvo! Volvo-me há anos.
E nesse meio tempo, hein, eu e você, você aí me ouvindo, se é que escutou, do obscuro compartilhei. Por assim dizer, visto quê, te usufruí e, indagorinha, neste momento, a modo de expressão, desfruto-o: familiarizado com dissonâncias dissimuladas trans-agressivas, transcendências, beiradas de mistérios, você aí, da 90numseiquantas DP-M.P., que investiga e diligencia delitos variados, fluir de instantes valores, me diga — sei que sabe — do muito que a mim sofismaram, diga, por obséquio, ou por não, onde mora o sigilo, desembaraça-me se nele tem qualquer coisa que não se vê. Hein?!
— E num é que têm — com chapeuzinho! Daqui, tão desgostoso de minha escala de ofício, na carruagem oficial eu rumo por este burgo, no breu busco o brusco e vejo o que poucos veem. Exemplifico: dias atrás, ainda trasanteontem, como tantos por vezes mais pra trás, ao relento tocaiei o aninhar de moura-encantada, e ali, bem lá acima, ela se amoitou... E tu só, aí, só tu nada vês. Também, nesse ermo paiolvelhence! Atentas, Germino, atrás da razão traz um conto. — dos dezesseis séculos Ludovico Ariosto diz, e diz: — Vi grandes florestas solitárias se estendendo sobre a superfície da Lua, e nelas as ninfas brincavam incessantemente com as bestas.
— E então, me ludibriaram em maior quantidade?...
— E qualidade!
— Entendi. Entendo d’eu ter observado os reflexos espelhados através dum plano liso, de duas dimensões, apenas... É, mas imagina que, que me oferecem os de três. Olhinhos, esses, danados pra espreitar realidade pululante! E eu, vige, sem mais nem querença alguma de aspirar esse bodum — exausto, amainei —, eles veem e vêm a mim, gratuita e mui insistentemente, seus olhares me ofertam.
— Preenchi supérfluas lacunas, olhei não-vendo, bestial padeci... de zoantropia. Juízo perdido. Por fim, embora tarde, desperto; ora aclaro-me, ainda que, me experimento centauro e disparo arco, seta zune: zuuummm... Alvo! Volvo-me há anos.
E nesse meio tempo, hein, eu e você, você aí me ouvindo, se é que escutou, do obscuro compartilhei. Por assim dizer, visto quê, te usufruí e, indagorinha, neste momento, a modo de expressão, desfruto-o: familiarizado com dissonâncias dissimuladas trans-agressivas, transcendências, beiradas de mistérios, você aí, da 90numseiquantas DP-M.P., que investiga e diligencia delitos variados, fluir de instantes valores, me diga — sei que sabe — do muito que a mim sofismaram, diga, por obséquio, ou por não, onde mora o sigilo, desembaraça-me se nele tem qualquer coisa que não se vê. Hein?!
— E num é que têm — com chapeuzinho! Daqui, tão desgostoso de minha escala de ofício, na carruagem oficial eu rumo por este burgo, no breu busco o brusco e vejo o que poucos veem. Exemplifico: dias atrás, ainda trasanteontem, como tantos por vezes mais pra trás, ao relento tocaiei o aninhar de moura-encantada, e ali, bem lá acima, ela se amoitou... E tu só, aí, só tu nada vês. Também, nesse ermo paiolvelhence! Atentas, Germino, atrás da razão traz um conto. — dos dezesseis séculos Ludovico Ariosto diz, e diz: — Vi grandes florestas solitárias se estendendo sobre a superfície da Lua, e nelas as ninfas brincavam incessantemente com as bestas.
— E então, me ludibriaram em maior quantidade?...
— E qualidade!
— Entendi. Entendo d’eu ter observado os reflexos espelhados através dum plano liso, de duas dimensões, apenas... É, mas imagina que, que me oferecem os de três. Olhinhos, esses, danados pra espreitar realidade pululante! E eu, vige, sem mais nem querença alguma de aspirar esse bodum — exausto, amainei —, eles veem e vêm a mim, gratuita e mui insistentemente, seus olhares me ofertam.