“Um Rei que ama seu povo”

Dizem um ditado; cobra que não rasteja, não engole sapo.

Um governo que não tem interesse em seu povo, não se importa com ele, tanto faz se a nação sofre, pois mesmo sabendo que pessoas estão sendo mal tratadas nos diversos seguimentos assistências; Saúde, Educação, Transporte, Alimentação e Etc. Seguem suas vidas medíocres recheadas de mentiras, engodos desavergonhados, cheios de maldade e mal assessorado.

Diferente de um verdadeiro Governo!

Querendo saber de que maneira o seu povo estava sendo tratado, um Rei preocupou-se, chamou seus súditos e perguntou; como o povo esta?

Vocês estão tratando eles bem?

Sim Majestade, responde imponente seu conselheiro Real todo o ouro que o senhor nos manda levar ao povo esta sendo entregue conforme seu desejo, nas aldeias por onde andamos o povo louva teu nome dizendo, Viva o Rei, Viva o Rei, vida longa ao Rei.

O Rei então pergunta; o que o povo faz com o ouro que eu mando?

A majestade; eles colocam em seus pescoços, seus braços, as mães adornam seus filhos e filhas. O Rei fica maravilhado!

E os impostos que eu mandei reduzir de cem, para trinta moedas, o que eles dizem?

O Rei, eles dizem que pagando menos impostos, podem dar alimentos a suas famílias, Educação da melhor qualidade, podem comprar os melhores cavalos, há ate alguns que sonham ver seus filhos trabalhando no Castelo, quem sabe, ser seus filhos um agregado do rei.

Num dia de ação de graça, o Rei pede a sua carruagem e sai às ruas da Cidade, ele vê o povo das aldeias com semblantes meio apagados, com vergonha, humilhados, porem tendo que forçar um contentamento sem brilho, ao observar, o rei vê seus súditos e soldados imponentes a redor de alguns mercadores, o Rei iluminado pela benção que lhe é concedida, percebe; tem algo errado no meu Reino.

Chamou o cocheiro e disse-lhe, leva-me de volta ao Castelo, me sinto cansado, preciso repousar. Ao chegar ao Castelo o Rei foi aos aposentos reais, dispensaram os músicos, os videntes. Pediu para não ser incomodado naquela noite.

O Rei se pós a preocupar-se com o povo, pois visivelmente a situação presenciada por ele na tarde daquele dia não assemelhará com a versão de seus súditos Reais. Como devo proceder para descobrir o motivo da frieza do meu povo?

O cansaço domina o Rei e ele adormece, e veio-lhe um sonho, onde o Rei se via pobre, vestido de trapos, andando feito um mendigo sarnento nas ruas, seus soldados roubavam-lhe a pulseira de ouro e o chutava, vai daqui pobre imundo, quem pensa ser para gozar das riquezas do nosso Rei?

Neste momento ele assustou-se pulando do seu leito Real, eis ai o que eu devo fazer para descobrir o que acontece com meu povo, disfarço-me de pobre, assim o outro pobre me dirá o que acontece nas ruas do meu Reino, pois me fazendo passar por um deles, não se sentirão constrangidos, e tudo que acontecer com eles, acontecera comigo; pensou o Rei!

Assim reuniu-se com seus conselheiros e anunciou uma súbita viagem, ao sair da cidade, ele voltou, já trajando vestidos velhos, algumas canequinhas velhas penduradas na sinta, um odor forte de suor, como de alguém que vive na miséria, e achegou-se a um Homem da rua para pedir abrigo, imediatamente o Homem demonstrou-se hospitaleiro, dividiu com ele seu pão e um pouco de água.

Foi quando logo viu um soldado Real aproximar-se de um comerciante humilde e com algumas miseras moedas tenta comprar uma pulseira de ouro, o comerciante resiste e o soldado o açoita com um chicote, e diz com tom intimidador; que pensa que é para gozar dos frutos do Rei?

Inútil pobre, se não quer minhas moedas, darei aos outros mortos de fome, quanto o teu ouro, confisco e levo de volta para o Rei, ele ainda ficara grato por rever o que vocês roubaram. Assim o Rei viu seu povo ser humilhado, roubado por seu próprio súdito, viu o povo ser agredido, nada do que lhe foi dito, era verdade!

O Rei fica desolado, comovido de piedade e impulsionado por justiça, conclama um evento no Palácio, convida todo o povo, pede o livro das crônicas e pede para o filho de um morador da vila ler em publico, o jovem pega o livro, abre, o Rei diz, lê para mim uma estrofe, o jovem deixa rolar uma lagrima dos olhos e diz Majestade, eu não sei ler, o Rei olha para seus súditos e pergunta; não me disseram que meu povo estava feliz?

Que estavam estudando e ate sonhavam em serem agregados do Rei?

Deste dia em diante, toda a verba repassada ao povo, teria de ser protocolado por quem o recebesse, e um representante do povo era escolhido por votação do povo para representá-lo, assim os soldados, os súditos do Rei não puderam mais enganar o Rei, o povo e toda a nação enriquece, tanto em seus valores.

Graças a um Rei, que se fez um dos pobres para entender suas dores, suas ansiedades e as injustiças cessaram.

Conclusão; não adianta um governante dizer que sabe e conhece as dificuldades do seu povo, se ele não sentir na pele o que o povo sente.

Melhor ainda, ser amparado por Deputados e Vereadores honestos, comprometidos com a real necessidade do seu povo.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 11/09/2012
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