BORBOLETANDO

Sonhei que o casulo deixei e borboleta fui contemplar a vida, ao sabor da liberdade.

Ah, que sensação de leveza deixar de rastejar para voar, expiando e explorando as novidades. Colorir o céu com minhas asas cintilantes e multicoloridas. Polinizar as flores e ver depois resplandecer perfumes, luz e cores.

Nessa volitação incessante vou encantando olhares esparramando beleza, enquanto admiro a fauna, flora, e toda diversidade do lugar.

Precisei mudar de alguns mais rapidamente, pois ficou difícil respirar com tanta fumaça no ar. Barulho, agitação, máquinas, o caos que eles chamam de rotina da cidade grande. Também admirei um mundo de janelinhas onde as pessoas se escondem.

Por falar em humanos, vi tipos bem diferentes: Uns tristes outros contentes, exóticos e comportados, além dos que complicam tudo.

Casais que juntos, não amam. Outros que amam e não juntam.

Gente que semeia a dor, por pura falta de amor.

Avistei umas crianças sorrindo lindamente, exprimindo doçura em sua inocência.

Noutras paragens, a natureza contagia! Parece uma sinfonia regida a todo tempo. Magia, som e ação.

Vi até ondas espumantes, alvas e sonoras, quebrantando na areia. Coisas do mar.

Sou bailarina do vento. borboletando fui...borboletando vou.

Ao acordar, sorri.

Manterei ao longo do dia o sonho no olhar.

Rejane Rosendo
Enviado por Rejane Rosendo em 18/07/2015
Reeditado em 19/07/2015
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