Passeio No. 180-

Manhã de Dezembro de 2015.

Nunca vi tantas manhãs douradas e tardes iluminadas como nestes últimos tempos.

Nunca senti tanta irmandade com o outro, digo: gente, pedra, árvores, pássaros, nuvens, cores, e tudo que os olhos conseguem e não conseguem ver, desde que comecei esta nova etapa da minha vida, marcada pelos passeios com meus dois cães, digo, Dra. Leia e Tenente Luke.

Estes passeios tem-se tornado verdadeiras sessões de reflexão e viagem, meditação ativa talvez seja a melhor palavra para explicar a experiência que tenho vivido.

Às vezes sinto uma vontade louca de compartilhar com aqueles que amo estes momentos, e me comovo às vezes até molhar-me os olhos.

Dra. Léia me olha de solaio, erguendo o focinho da relva onde estava a farejar, e me diz em pensamento, escreva e compartilhe se te faz bem, mas somente em pensar e sentir você e seus amigos já estão compartilhando, mesmo que não se deem conta disso, lembre-se, estamos em rede, em uma infinita malha de redes, redes de redes.

Fim do passeio, depois de bebermos água fresca e descansar, levo meus amigos para ouvir música, hoje, O melhor de Cat Steven.

Disse eu, vocês vão conhecer um pouco da minha juventude de uma forma diferente; Dra. Leia sorriu, olhou para o tenente e em seguida me disse: Sabemos tudo sobre você. Como assim? Perguntei. --- Está tudo aí guardado em tua áura, basta baixar, não há segredos; Esconder sentimentos, lembranças, e percepções, são atos do pensamento apenas., completou ela, não podendo ser escondidos da visão espiritual.

A música de Cat Steven tocava, Lady D'Arbanville, pensei nos encontros e separações que marcam nossas vidas para sempre.