extranho

As coisas são extranhas quando se pensa extranho

Lhe procuram e lhe botam para baixo

Ninguém lembra o nome de um extranho

Nas ruas vendo as coisas de cabeça para baixo

As faces lhe olham feio

Nem mesmo a chuva quer te molhar

Você está sempre de saco cheio

Pelas ruas as pessoas desviam o olhar

Tente fujir, tente correr

Os dias de hoje me fizeram pensar

“Por que um extranho tem sempre que perder?”

Todos os prazeres temos que nos privar

Começou o tempo de chorar

Acabou o tempo de finjir ser oque não é

Vejo o mundo dos seus olhos acabar

Vejo pessoas mortas pela fé

Você sabe que a noite destroi o dia

Você sabe que o dia destroi a noite

Eu vejo um pai assassinado por sua filha

Eu vejo a morte perdendo o controle sobre sua foice

Mulheres parecem te odiar

Homens de você querem se afastar

Apenas um extranho na chuva

Apenas um extranho com uma mente suja

Nós mudamos tudo de lugar

Não temos tempo para descançar

Todos amam minha mulher

Todos odeiam minha mulher

Um extranho que como eu cansou de tanto aguentar

Aguentar a vida que somos obrigados a levar

cappaninni
Enviado por cappaninni em 13/02/2006
Código do texto: T111358