AS ARMADILHAS
das caricaturas exteriores
DA IMAGEM distorcida das pessoas.                        

                         X

A BELEZA interna de um ser humano reverstido
DA VERDADE interior quem  vem de uma alma pura.

COM CARINHO

ANGELICA  GOUVEA



As armadilhas da imagem 
                X
a beleza da verdade




Cada pessoa é um universo que precisa ser descoberto e contemplado

A imagem, como força de expressão e comunicação, exerce um grande poder em nossa sociedade. Vivemos em uma época na qual a mídia se estabelece como um imperativo, como uma grande força que influencia, dirige e, muitas vezes, manipula corações e consciências. É a suposta “ditadura da imagem” que tem estabelecido o exterior, o que aparece aos outros, como a única verdade e valor.

Não foram poucos os casos nos quais se constatou que determinada imagem apresentada pela TV e pelos demais meios, não correspondia à verdade dos fatos e não se identificava com a justiça a ser realizada.

É nítida a percepção que essa é uma geração – muitas vezes – alienada e manipulada pela força da imagem. Tal realidade acaba formando em nós uma mentalidade superficial, presa a uma desenraizada exterioridade, que nos impede de descobrirmos as pessoas que nos circundam.

Cada pessoa é um universo que precisa ser descoberto e contemplado. O ser humano é sempre mais do que vemos ou percebemos; é muito mais do que a imagem que revela.

Quem estaciona nas antipatias inauguradas por uma imagem exterior, pode perder a oportunidade de descobrir pessoas maravilhosas, as quais poderiam se tornar uma fonte de vida e de cura.

Toda conceituação é uma maneira de aprisionar. Quando dizemos: "Tal pessoa é isso e aquilo...", roubamos dela a possibilidade de se desprender de nossos rótulos e de se revelar como mais do que nossa preconceituosa compreensão a percebeu. Em cada ser existe uma bela identidade para além da imagem, que precisa ser percebida e contemplada. A pessoa humana é mais do que qualquer conceito que se tenha dela, em cada coração se escondem fragmentos de eternidade – do Amor eterno – os quais por vezes precisarão ser estimulados para virem à tona.

Por isso, o ato de julgar carrega em si inúmeras possibilidades de injustiça e incompreensão, pois, trazemos nossas marcas e determinismos que quase sempre nos impedem de vermos o interior, retendo nosso olhar apenas na imagem.

É arriscado dizer: Eu falo sempre a verdade, falo o que penso e não tenho medo de mostrar os erros e falar a verdade...", pois, afinal, qual verdade é falada? A Verdade plena (com '"v" maiúsculo) ou a verdade dessa pessoa, muitas vezes, influenciada pelo "ponto de vista dela" a respeito das coisas e pelas experiências que a marcaram? Para alguém ser possuidor da verdade pressupõe-se que exista no coração dessa pessoa uma perfeita maturidade e um total equilíbrio – não tendencioso –, o que é quase impossível devido à nossa frágil condição humana.

Para descobrir alguém em profundidade, sem se prender aos enganos da imagem, é preciso, antes de tudo, humildade e paciência para descobrir as riquezas de quem aparentemente não tem nada a oferecer.

Que a beleza da verdade – contida no interior de cada ser – supere sempre em nós a superficialidade da imagem, levando-nos assim a descobrir os tesouros depositados pelo Criador em cada coração. Assim conseguiremos enxergar o ser como um todo, sem nos prender às armadilhas parciais da exterioridade.

Foto

Adriano Zandoná
artigos@cancaonova.com
Seminarista e missionário da Comunidade Canção Nova. Reside atualmente na missão de Palmas (TO). É formado em Filosofia e está cursando Teologia. Apresenta o programa "Contra-maré" pela rádio Canção Nova do Coração de Jesus, aos sábados das 16h às 18h. Através do site www.arquidiocesedepalmas.org.br também é possível acompanhar aos sábados toda a programação ao vivo

ANGELICA GOUVEA
Enviado por ANGELICA GOUVEA em 03/03/2009
Código do texto: T1467522
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