O amor é o remédio para todas as doenças
Que ama e sabe amar, difícilmente fica doente,
Quando acontece, se tiver fé e orar tudo pode mudar.

COM CARINHO
ANGELICA GOUVEA




Arquivado em: Atualidade — Padre Luizinho at 8:16 am on quarta-feira, fevereiro 18, 2009



   Quando somos atingidos por situações que não conhecemos direito, que fogem do nosso controle nós ficamos mais angustiados ainda, parece que perdemos o chão aos nossos pés. E quando se trata de saúde, de família nós ficamos mais perturbados, neste momento é preciso se acalmar procurar conhecer do que se trata e buscar ajuda médica, espiritual, da família e dos amigos. Há um tempo atrás a depressão era tratada de maneira preconceituosa como frescura, problema de quem não tem o que fazer e etc., mas não era bem assim ficou comprovado que se tratava de uma doença, que hoje tem tratamento e cura, graças a Deus. É preciso um esforço da pessoa que sofre e dos que convivem com essa pessoa. É necessário utilizar à terapêutica da medicina, da psicologia e a terapêutica do amor e da espiritualidade. Este foi o meu caso, fora disso não vejo como tratar, conviver e até chegar à cura destas doenças dos nossos tempos.
    Hoje tem surgido espécies “novas” de doenças emocionais e psicológica que trazem sintomas físicos, que novamente tem nos assustado e nos levado há muitas dúvidas e preconceitos. Trata-se da síndrome do pânico. Estes dias eu li uma entrevista muito interessante sobre o assunto, que me esclareceu muito. Uma entrevista feita pelo Dr. Drauzio Varella com o coordenador do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clinicas, o Dr. Márcio Bernik. Espero que ajude a você também, no primeiro passo o de conhecer do que se trata, depois clique na oração abaixo e mais um passo a espiritualidade, depois buscar ajuda da família e dos amigos, posso dizer que para mim foi a receita certa para vencer a depressão. Leia um pouco da entrevista:

Definição: A síndrome do pânico, na linguagem psiquiátrica chamada de transtorno do pânico, é uma enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero. A pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco porque o coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante. Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor idéia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.

Drauzio – Que diferença existe entre ansiedade normal e a que caracteriza a síndrome do pânico?

Bernik – Ansiedade é um estado emocional normal. Uma das características do sucesso da espécie humana é a capacidade de antecipar o perigo, o que requer uma preparação geradora de ansiedade. A ansiedade é patológica quando deixa de ser útil e passa a causar sofrimento excessivo ou prejuízo para o desempenho da pessoa. O transtorno do pânico é uma das formas de manifestação da ansiedade patológica. 
Drauzio – No dia-a-dia, quando as pessoas dizem que estão ansiosas a que exatamente estão se referindo?

Bernik - Provavelmente se referem a um estado emocional normal, um tipo de ansiedade que as faz ficar acordadas até mais tarde na véspera de uma prova ou de uma entrevista para um emprego novo. É a ansiedade que nos permite, apesar do cansaço, jogar bola até o final do segundo tempo sem deitar e dar um cochilo no campo. A ansiedade advinda da preocupação de que alguma coisa possa dar errado é útil dentro do contexto apropriado. Por isso, quando as pessoas se dizem ansiosas, estão mesmo, e isso pode não representar inconveniente maior. A ansiedade patológica é desproporcional ao contexto. As sensações que o paciente com transtorno do pânico experimenta nas crises podem ser absolutamente normais e apropriadas se a pessoa estiver dentro de um prédio pegando fogo, com a diferença de que, nesse momento, sua atenção estará voltada para a própria sobrevivência e ela não dará importância às manifestações de taquicardia, sudorese e falta de ar que se instalaram.  

Drauzio - Os sintomas que o transtorno do pânico provoca são semelhantes ao da ansiedade normal, apenas mais intensos, ou são diferentes?

Bernik - Os sintomas são relativamente similares. As sensações físicas da ansiedade são uma reação normal, por exemplo, caso a pessoa tenha fobia de lagartixa ou de falar em público e se veja diante de uma dessas situações. O que caracteriza o pânico é a forma abrupta e inesperada que os sintomas aparecem e o fato de a crise atingir o ápice em dez minutos. Na verdade, bastam 30 segundos para o paciente, que estava se sentindo bem, ser tomado inexplicavelmente por sintomas que de certa forma todos conhecemos: boca seca, tremores, taquicardia, falta de ar, mal-estar na barriga ou no peito, sufocamento, tonturas. Muitas vezes, tudo isso vem acompanhado da sensação de que algo trágico, como morte súbita ou enlouquecimento, está por acontecer. Nesses casos, é comum a pessoa ter uma reação comportamental de pânico e sair à procura de socorro. Aliás, a sala de espera dos prontos-socorros é um dos lugares onde o médico mais se depara com transtornos de pânico.


Drauzio – Nessa hora a sensação é terrível. Muitos acham que realmente vão morrer, não é?


Bernik – No episódio de pânico, a sensação de morte iminente provocada por um problema cardíaco tem duas explicações: a rapidez e a forma inesperada com que a crise acontece. A ansiedade normal tende a ocorrer em ondas, não em picos intensos. Mesmo o pânico que as pessoas sentem numa montanha-russa extremamente radical pode ser até agradável se estiver dentro de um contexto compreensível. Entretanto, a reação será muito diferente, se ele vier do out of the blue, como dizem os americanos, ou do azul do céu, como dizemos nós.


Drauzio – Quais são os gatilhos mais freqüentes para as crises do transtorno de pânico? Por que uma pessoa passa 30 anos sem ter nada e um dia, por ter ficado fechada dentro de um elevador quebrado, começa a manifestar o problema em situações que nada tem a ver com esse fato?


Bernik – O transtorno de pânico é uma doença que se manifesta especialmente em jovens e acomete mais as mulheres do que os homens. A maioria dos pacientes tem a primeira crise entre 15 e 20 anos desencadeada sem motivo aparente. Com o passar do tempo, as crises vão se repetindo de maneira aleatória. Não prever quando podem surgir novamente gera uma ansiedade chamada de antecipatória. A pessoa fica preocupada com o fato de que os sintomas possam aparecer numa situação para a qual não encontre saída nem ajuda, como dentro de elevadores, metrô, aviões, salas-de-espera de médicos e dentistas, congestionamentos de trânsito. Se reagir de forma a evitar esses lugares a partir dessa experiência, desenvolverá uma segunda doença, a agorafobia, um quadro fóbico provocado pelo pânico não tratado e que se caracteriza por fugir de situações nas quais uma crise de pânico possa representar perigo, causar embaraço ou a sensação de estar presa numa armadilha. Geralmente os pacientes com pânico sofrem mais pela agorafobia do que pelo pânico em si. É o medo do medo.

Tratamento:

Drauzio - Como você orienta o tratamento de uma pessoa que diz ter crises de pânico em determinadas situações?

Bernik – O pânico pode indicar um problema primário próprio do transtorno de pânico ou ser a manifestação secundária do uso exagerado de medicamentos que podem provocar crises de pânico em pessoas propensas, como os corticóides e a maioria das anfetaminas, no Brasil, largamente usadas por mulheres jovens que querem emagrecer. É preciso pesquisar também o uso de psico-estimulantes, como a cocaína e o ecstasy, uma anfetamina halogenada de ação serotonérgica extremamente rápida. Portanto, é fundamental verificar se o quadro de pânico é secundário a outras patologias. O hipertireoidismo, por exemplo, pode provocar sintomas muito parecidos com os das crises de pânico. Uma vez afastadas essas possibilidades, é relativamente simples firmar o diagnóstico clínico do transtorno de pânico. Os sintomas são muito claros. Deve-se, ainda, tentar fazer uma análise funcional para estabelecer as limitações que a doença acarretou a fim de estimular uma melhora na qualidade de vida do paciente.
 
Drauzio – O tratamento implica uma parte medicamentosa e outra comportamental. Qual é a orientação que se dá aos doentes?

Bernik – O que se sabe hoje é que a técnica de combinar medicamentos e terapia comportamental é mais eficiente, pois é muito penoso para o paciente adotar um programa comportamental baseado na exposição a situações que provocam pânico, sistematicamente, de forma gradual e progressiva, até que ocorra a dessensibilização. A terapia de exposição baseia-se na capacidade de o ser humano habituar-se ao estresse. É como se assistisse a um filme de terror 15 vezes. Na primeira vez, os cabelos ficam em pé. Na segunda, como já sabe o que vai rolar e que vai espirrar sangue no teto, a reação é menos intensa. Na última, o filme não desperta mais nenhuma resposta emocional. Todavia, os pacientes aceitam melhor o tratamento e melhoram mais depressa se simultaneamente tomarem antidepressivos, medicação que se torna obrigatória para os 60% daqueles que têm depressão associada ao pânico.


Reação da família:

Drauzio – Como a família deve portar-se diante de um portador do transtorno de pânico?



Bernik – O pânico, como todas as doenças psiquiátricas, não dão pintas vermelhas na cara como o sarampo nem 39º de febre. Por isso, é muito comum à família entendê-lo como uma forma de fraqueza moral e de personalidade e reagir da seguinte maneira: “eu também não gosto de trânsito, mas vou trabalhar todos os dias”. Por isso, é de importância fundamental a conscientização da família. Grupos de auto-ajuda, livros sobre o assunto ou mesmo a internet podem ser úteis para que os familiares entendam a natureza da doença. O mal-estar que o paciente experimenta num congestionamento é muito diferente do desconforto que qualquer um de nós possa sentir. Por outro lado, o excesso de compreensão pode favorecer a esquiva fóbica e a pessoa não sai mais de casa nem para ir à padaria. Na verdade, a agorafobia cresce com os bons cuidados. A família deve incentivar a atividade do doente. “Eu sei que você não se sente bem, mas é importante continuar indo à escola”, ou “se você conseguisse ir ao clube, ir trabalhar e não pedisse demissão seria melhor para sua auto-estima” são estímulos importantes para os pacientes com síndrome do pânico. Repouso é bom para gripe. Para doenças crônicas como depressão e pânico que muitas vezes a pessoa carrega pela vida afora, o pior é ficar em casa repousando. O certo é levar vida o mais normal possível apesar das dificuldades.
 
Fonte: 
http://drauziovarella.ig.com.br/entrevistas/panico.asp Leia toda a entrevista.

 
   O que mais me animou foi que no final da entrevista o Dr. Márcio Bernik falou sobre terapias alternativas como o exercício físico e mencionou a meditação: “para os problemas de ansiedade e para as pessoas que manifestam preocupação excessiva chamada de ansiedade generalizada, atividades contemplativas como a meditação, ajudam a assumir uma atitude menos agressiva perante o mundo, menos carregada de espírito competitivo, ou seja, a desenvolver um comportamento oposto ao que as empresas preconizam”. Como sacerdote, médico da alma e por experiência própria não posso negar que sem o auxilio de Deus, de uma espiritualidade, ou seja, da fé fica muito mais difícil de conseguir a recuperação e a cura. Por isso, outros passos também são relevantes, conhecer do que se trata buscar ajuda medica, da família e dos amigos e ter no máximo possível uma vida normal.
 
 
 
 
Conte com as minhas orações.
Padre Luizinho,
Missionário Canção Nova

ANGELICA GOUVEA e Padre Luizinho Missionário da Canção Nova
Enviado por ANGELICA GOUVEA em 06/03/2009
Reeditado em 24/07/2011
Código do texto: T1472877
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