F onte gerada no amor
A bençoada pelo Nosso Senhor
M ostrando a união
I ntegral de coração
L utando pela manuntenção.
I finita que nos traz
A verdadeira Paz.


COM CARINHO
ANGELICA GOUVEA

COM CARINHO
ANGELICA GOUVEA






Benevolência um amor que não possui


Padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida / Fotos CN

Existem mulheres, esposas e esposos controladores ao extremo estes precisam em Deus dar controle a tudo isso.

São Máximo confessor, fala sobre três amores desordenados, você pode amar uma pessoa pelo prazer que ela lhe dá. Você pode amar aquela menina pelo prazer que ela lhe dá, porque ela é envolvente, lhe atrai e você na verdade não ama esta pessoa, você ama o prazer que ela lhe oferece. Se você ama a pessoa a partir do prazer, está errado! Também temos o caso do filho que ama a mãe porque lhe dá carinho, ou a pessoa que ama pelo prazer da comida que aquela outra pessoa faz, ou pelo sexo que ela lhe proporciona, esse não é amor de qualidade, é amor de concupiscência.

Existe também o amor pela pessoa que dão presentes, dinheiro, muitos pais fazem isso com seus filhos.O amor que acontece por aquilo que ganho é um amor sem fundamento. Outra coisa são as pessoas que querem conquistar um amor pelos presentes que dá. Você sabe muito bem que a pessoa que lhe ama pelo presente, pelo dinheiro que você dá a ela, você é descartável para esta pessoa.

Terceira tipo de amor é aquele que ama quem me bajula, quem me elogia. Vocês imaginem se eu como padre amasse uma pessoa porque ela sempre me traz doce ao vir às minhas Missas, seria muito triste que um sacerdote amasse você pelo doce que você dá e não pelo que você é. É triste aquele padre que ama aquele paroquiano que tem mais dinheiro, um padre avarento que trata melhor aquele que tem mais dinheiro, isso é horrível, pois todos acabam percebendo isso.

E como é triste também aquele padre que ama só aqueles que estão a sua volta e que o bajulam, que o elogiam. Mas tudo isso que falo dos padres é aplicável em nossas vidas. Nós não temos que amar qualquer coisa, a atitude do mundo atual é "se eu amo é porque é bom" e não é assim, o certo é, "se a coisa é boa, então eu devo amá-la". O amor é uma decisão. O amor é como um carro que para dar a partida no motor precisa da bateria, mas a bateria não é capaz de sustentar o carro o tempo todo sozinha, depois que a bateria passa é preciso da gasolina, do combustível, assim também é o amor, ele vem como sentimento, mas depois é preciso fazer uso do amor verdadeiro e que não está baseado no sentimentalismo, mas em uma escolha racional.

O amor não é de frieza racional, não é isso, mas eu devo eleger aquilo que vou amar. Por exemplo, sabemos quando nossos filhos começam a andar com más companhias, e de repente quando chamamos atenção deles por conta daquelas más companhias, o filho faz o seguinte comentário: “Mas eu gostei dessa pessoa e meu coração gostou dela”. Mas você pode dizer a ele, “você escolheu mal”. Outro exemplo, um marido que se apaixona pela vizinha e diz que não teve culpa, justificando e dizendo que o amor é cego, ele teve culpa sim, pois ele escolheu amar aquela pessoa!

Você tem que amar aquilo que te faz bem e não pode escolher amar aquilo que te prejudica. Eu conheci um caso de uma moça que era apaixonada por um rapaz, mas este rapaz era agressivo e batia nela, a família era contra o relacionamento e ela se separou dele, porém mesmo tendo sofrido com ele, ela começou a se encontrar as escondidas com o rapaz, pois ela dizia no seu coração, eu só amo este homem. Eu disse a ela, “você precisa entender que você tem muita atração por esta pessoa, mas racionalmente ela não te faz bem”.

Usando a linguagem do mercado, você tem calcular o custo x beneficio, escolha alguém que te faça bem! Muitas vezes as pessoas escolhem os seus futuros esposos, marido e mulher, escolhem pelo prazer, mas isso é um péssimo negócio, pois muitas vezes o paraíso na cama é o inferno na vida. Não devemos escolher as pessoas irracionalmente, devemos saber que existe uma escolha racional do amor.

Agora, você pode me dizer, “mas padre eu já escolhi”. E agora o que você pode fazer? Amar de forma racional, colocando limites em suas tendências. Se você é controlador ou é aquela pessoa que gosta de ser controlada, trabalhe sua insegurança, lute contra suas tendências desordenadas para amar as pessoas de verdade.

"Há uma escolha racional no amor"
Foto: Wesley Almeida/CN

No Evangelho de hoje, Jesus demonstra que sabe como se libertar dos seus parentes que o amarravam, que o prendiam. Lembrem-se do episódio de Jesus sendo encontrado por Maria no templo e Jesus diz a sua mãe: “Porque me procuráveis? Não sabia que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?”. Vejam que Jesus dá uma boa resposta, Ele tem uma boa independência, não deu uma má resposta e Maria viu que seu filho tinha feito a melhor escolha, ela viu que Ele queria cuidar das coisas do Pai. Ela não fez chantagem por tudo o que passou para criar a Jesus. Ela viu que o filho não era para ela que Ele era para Deus e o deixou, guardou todas as coisas em seu coração. Esse é o amor sadio que não possui a pessoa.

A tendência nossa de possuir os outros e de fazê-los como cachorrinhos ou de ser possuídos por eles, esta tendência não é um verdadeiro amor. O amor é unitivo, mas também é concretivo, para ter amor é preciso ter dois, eu sou um e o outro é o outro e eu não posso querer que aquela pessoa seja aquilo que eu sou ou que quero. O amor gera e causa a liberdade.

O bonito do amor entre os casais é que é verdade que os opostos se atraem e exatamente aquela diferença atrai um ao outro. No entanto esta diferença não pode querer se transformar em uma causa de guerra, pois assim o amor deixaria de ser unitivo e causaria separação e também não pode querer diminuir está diferença, pois cada um é um.

De alguma forma em nossas famílias nosso amor esta ferido e precisa ser fiscalizado. Identifique sua tendência, sua forma de amar está ferida porque você quer ser dono ou porque você quer ter um dono. Saiba que você vai ter que lutar com esta tendência pelo resto de sua vida, mas que não deixará ela te dominar. Atrás desta tendência existe uma idolatria, Jesus não deixou que ninguém fosse dono D'Ele, pois Deus é Deus. Nós somos família e ser família é estar unido no vinculo ao qual o pai nos deu e precisamos combater as tendências que estão em nossos corações e nos corações dos que estão em nossa volta. Que Deus nos dê a graça de combater tudo aquilo que esta desordenado em nosso amor, para que nosso coração ferido torne-se cada vez mais curado em Deus.


 

Transcrição e adaptação: Flávio Pinheiro










Família um amor que não desiste



Padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida/CN
Na outra pregação falávamos do vinho novo. Não possível sustentar uma família sem abraçar a cruz. Eu já celebrei muitos casamentos, e eu gosto de recordar aos noivos que ali eles estão prometendo uma fidelidade para a vida toda. Como o ser humano frágil pode prometer fidelidade para sempre? Se prometerem o perdão para toda a vida, se estiverem dispostos a abraçar a cruz de Cristo. É um dom de Deus, um carisma.

Na prática como vou amar minha esposa, meus filhos? Como vou viver esse amor? Em primeiro lugar a Bíblia nos ensina na I Carta de São João 4, 10: “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.” Se nós queremos na prática o vinho novo, devemos buscar na fonte, Deus nos amou primeiro. O amor do pai para com os filhos e dos filhos para com os pais, é um amor resposta.

Por que na família há cobrança? Porque as pessoas acham que não são amadas. O amor de Deus por nós não tem medida. Muitas vezes na nossa família ficamos mendigando afeto – “Ah! Você não me ama, não sorriu para mim” - e fica aquela cobrança. Não estou falando das cobranças dos pais para os filhos na educação. Não estou falando das cobranças construtivas, mas das que estão enraizadas de chantagens, de vitimismo, que é a pessoa se colocar como vítima - “Ninguém me ama, ninguém pergunta como estou - Aquelas pessoas que se fazem de vítimas o tempo todo. Como isso desgasta um relacionamento. Ninguém precisa disso, você é bilionário do amor de Deus, pare de mendigar amor quando você é amado. A pessoa que mendiga afeto dos outros não crê no amor de Deus.

Quem mendiga afeto dos outros não crê no amor de Deus, diz padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida/CN

O amor consiste nisso: “Deus nos amou por primeiro”. Se nós queremos amar, primeiro devemos crer no amor de Deus. Crer no amor de Deus não é sentir o amor de Deus, é saber que o amor de Deus existe. Uma pessoa que diz que gostaria de ser diferente está dizendo que Deus errou, é uma presunção, está se fazendo conselheiro de Deus. Isso é soberba, falta de humildade. Precisamos aceitar Deus como Deus, e dizer: Vós sabeis o que é melhor para mim.

Deus não estava distraído quando me fez. Não foi um lapso divino. Deus faz e faz bem feito. Você é a maravilha de Deus, então crer que Deus me ama é isso. Crer que Ele me fez e fez bem em mim querer assim.

Amar é quando eu me dou de presente para a outra pessoa. Você não precisa de livro de auto-ajuda, somente da Palavra de Deus para saber que você é amado por Deus. Crer que Deus me ama não é sentimento, pois sentimento evapora, mas a fé permanece. Eu creio que Deus me ama, mesmo quando eu não sinto. A gente precisa professar todos os dias que Deus nos ama. Eu tenho que crer no amor de Deus e me dar de presente aos outros.

O amor novo que falta nas famílias é crer que “Deus me amou por primeiro”, e porque Ele me amou eu não vou me guardar, mas vou ser um grão de trigo que morre para que outros tenham vida.

A primeira coisa que você precisa fazer é renunciar esse espírito de vítima, você já é amado. Você é um presente para os outros. Pare de cobrar os outros. Uma pessoa que crê no amor de Deus é uma pessoa luminosa.

Na última ceia, o Evangelho de João nos relata o lava pés, e em que consiste? Jesus se rebaixa e vai à parte mais suja que temos, os pés. Fazendo aquele gesto Ele explica sua paixão na cruz. Ele veio até nosso pecado, nosso sujeira, aquilo que havia de porco em nós e lavou com Seu Sangue derramado. Jesus se entrega para nos livrar de nossas misérias.

Você quer entender Jesus? Tem que olhar para o mistério de sua morte e ressurreição. Ele derrama Seu Sangue para lavar nossos pecados. Ao fazer isso Ele explica: “Eu, que sou vosso Senhor e mestre, lavei os vossos pés, também deveis lavar os pés uns dos outros”. E isso não é apenas serviço social, mas quando na sua família você faz de conta que não está vendo muitas coisas para amar, para não cobrar, para não se tornar um cobrador, mas um doador. Por isso as nossas famílias precisam de um vinho novo. Em que consiste esse vinho novo? É amor de Deus derramado em nossos corações.

Rincão do Meu Senhor na sede da Comunidade Canção Nova
Foto: Wesley Almeida/CN

I Carta de São João 4, 10: “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.” Se amor parte disso, a família tem para onde ir. O mundo odeia a família, ela está sob ataque, e este ataque está nos meios de comunicação, nas salas de aulas, no parlamento. A família está sob ataque deliberado do mundo, e isso por quê? Ser família é ser uma aliança de amor, é colocar um limite ao egoísmo, e mundo odeia isso.

A família é uma aliança de amor, não é simplesmente um vínculo de sangue, mas é um vínculo espiritual. Só existe família onde existe espírito. Falam que família é conceito burguês, e que é preciso acabar com isso, e querem nos reduzir ao mundo animal. Se você se reduzir a isso, você não merece ter família. É necessário que haja aliança de amor, essas alianças que os esposos carregam não é só um contrato jurídico, mas é vínculo de amor. Somente quem tem alma e coração pode dizer: eu não desisto de você apesar de você.

Quando eu falo de mundo, eu falo de um pedaço de mim, um pedaço de você. O mundo odeia a família porque é egoísta e quer se salvar. Exorcizemos o mundo que está dentro de nós. Existe hoje um plano de projeto para destruir a família. O nosso congresso aprovou um divórcio mais rápido, dizem que é para evitar os gastos, mas isso não é contra a natureza humana? Fazer isso rapidamente é não dá tempo para a pessoa se arrepender, pois no momento de “sangue quente” a gente faz isso para se defender. Isso é coisa que deputado faça? Aprovar uma lei para a destruição das famílias? Eles vão responder diante de Deus a destruição das famílias brasileiras. Imagina um casal irado, vai na internet e facilmente se divorcia. Por que os senadores não fizeram uma lei para facilitar a reconciliação entre os casais? Isso não é modernidade, isso é lei que ofende a Deus e destrói as famílias.


Família é um vínculo espiritual. Não podemos facilitar a destruição das famílias. Devemos acolher a vontade de Deus que quer que sejamos um presente um para outro. Dê esse passo de ser um presente de Deus para sua família.


Transcrição: Willieny Isaias








 





 
ANGELICA GOUVEA
Enviado por ANGELICA GOUVEA em 24/01/2010
Código do texto: T2047887
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