Provérbios de Balcão

(N.A.: Releitura ).

Sempre temos que estar preparados para um “adeus”.

Se você acha que tem certeza de algum assunto pode acreditar que apenas ouviu falar.

O que é ser um intelectual no Brasil? Simplesmente não admitir o fato de que não vamos a lugar algum.

Se o álcool e as drogas são uma fuga da realidade é bom saber. Já tenho a chave com que vou fugir.

O ciúme é o veneno que mata o amor.

Não tenho rancores. Apenas grandes ódios.

Todo bêbado é chato. Eu, inclusive.

A morte não é chata. A vida é que é um tédio quase sempre.

Meus inimigos são apenas aqueles que ainda se debatem para compreender minhas palavras.

Meu único problema com o cigarro é o fato de que eles levam a outros.

Faço tudo com intensidade. Inclusive quando não quero fazer nada.

Ainda não li o livro definitivo. Não assisti ao filme definitivo. Não ouvi a música absoluta. Ótimo. Ainda tenho coisas para descobrir.

Quando me perguntam quantos livros eu li a minha resposta é sempre a mesma: “-Não faço ideia”.

Sempre que pedem minha opinião é hora de ir ao banheiro e pagar a conta e voltar para minha casa.

O trabalho é maior inutilidade inventada pelo homem depois da religião organizada.

Se deus existir ele vai me deixar aqui na Terra por um bom tempo. Ele tem certeza que se me encontrar temos muitos assuntos pendentes e mal resolvidos.

Filosofo é aquele cara que bebe e fala mais que você.

Escrever com o EGO é uma coisa que dispende de muito tempo e de um trabalho braçal intenso que só serve para enfadar o leitor e fazê-lo largar seu livro para nunca mais pegar.

Santos e Loucos. Para mim eles são a mesma porcaria.

Cocaína é feita para pessoas que não tem mais opções.

As pessoas vem sempre me dizer que precisam parar ou diminuir a bebida. Pra quê?

A minha derrocada é sempre provocada por mim mesmo.

Garçom, a saideira e a conta, por favor.

Curitiba, 09 de abril de 2012, 17 graus célsius – Outono