A sétima trombeta

Não importam os óculos que uso

Jamais irei enxergar de novo

Sob o abuso de minha mente

Eu me recuso a terminar

O futuro acabou antes de eu nascer

Está perto do fim, onde o nada vai acontecer

O cemitério está cheio de palavras perdidas

O Sol não enxerga mais o horizonte se perder

Eu preciso correr antes que o dia acabe

Preciso correr, antes do fim começar

Dois quartos presos na lápide da vida

Dois copos, o bem, o mal, um outro lado irá se formar

O grito de dois poços, o grito da morte e da vida

O grito rouco anuncia uma nova vinda

A Lua, as estrelas, o álcool, a ilusão do sopro vital

O infinito eclipse em cordas de aço

Talvez o dia demore a começar

Mas sua vinda irá nos transformar

Os passos se contorcem e se espremem diante do solo

A poeira, a terra e o ar de infinitos verões

O que passaria diante dessa devastação apocalíptica?

Talvez o ódio, o amor, o rancor, a dor

Talvez nada, mas o nada é algo

A política é bem claro sobre o que quer

A alusão das verdades jamais será feita

A conclusão dos mundos, sob casos de abominação

Os ancestrais jamais perdoariam seus filhos

Agora que todos se viraram contra a seita

O medo, se transpira em cada ser

O medo, é enxugado com as três espadas

Mas o que poderia acontecer?

Talvez a vida, a morte, a exaltação dos sentimentos, não há como prever a fúria do universo

cappaninni
Enviado por cappaninni em 07/02/2007
Reeditado em 07/02/2007
Código do texto: T372940