Acordei poesia

Não pergunte ao mascarado quem ele é, se fantasie e dance com ele até o baile acabar.

Passeio pelas vontades escondidas dentro de tua cabeça até que tenhas coragem de me ver saindo.

Vomite em mim tuas palavras contidas, verás que surgirão versos estupendos de nossas agonias.

Derrame sem pudor o teu tempo guardado nas horas em que a liberdade acontece pra nós.

Não deixe passar os segundos que restam do tempo que ganhamos de presente: o agora já está acontecendo.

Ancorei nas linhas de um poema e agora não sei mais como sair. Me vi letra e gostei do que vi.

Me escondo atrás de metáforas, metáforas tão claras que chega a cegar quem lê.

No subjetivismo do “ver” vejo o mundo como infinitas letras, onde posso brincar de “ser” sem me repetir em mim.

Quando a inspiração em mim cessar e eu não mais puder escrever, então acredito que morri.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 28/08/2013
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