Agosto

Eu derroto o seu deboche e faço você engolir o seu próprio veneno, fazendo o bem e transbordando todo o amor que eu tenho por dentro.

Joyce Xavier.

Dá para manter uma amizade com o ex?

Hoje ao acordar, liguei a TV e no programa que sempre assisto, o tema era sobre manter amizade com o ex. Sou uma mulher intensa demais, independente que sejam sentimentos bons ou ruins. Ainda tenho aprendido muito com isso, estou no momento de controle na minha vida, mesmo que alguém tente me descontrolar.

Devo ter o carma dos dez anos. Meu primeiro namorado foi o amor da minha vida, terminamos depois de um ano de namoro e voltamos um ano depois. Ficamos apenas três meses juntos e ele mesmo preferiu se distanciar. Creio que ele ainda tinha ressentimentos pelo meu erro e não conseguiu levar o relacionamento. Sofri muito no primeiro término, mas dei a volta por cima no segundo e mesmo assim durante os dez anos seguintes, eu tinha em mente que ele era a minha alma gêmea, sim eu acredito que o ser humano tem a sua alma gêmea e tenho certeza que ainda não encontrei a minha, ou então não consegui enxerga-la.

Após terminar com o primeiro namorado, relacionei-me durante seis meses com um amigo de escola. Encontrei-me como mulher. Terminamos, sofri durante um ano (a crise dos doze meses) e depois voltamos a nos falar. Ele arranjou outras namoradas, fiquei amiga da noiva que ele tinha na época. Eu tive outros namorados, mas ganhei um amigo. Terminamos bem, éramos jovens e hoje não temos contato. Mas se nos esbarramos na vida, com certeza iremos nos falar, dar risada e conversar. Tudo que termina bem, fica bem.

Namorei e morei com um cara durante uns dois anos, resumindo o nosso período juntos. Mudei minha vida da água para o vinho e tinha meu filho ainda bebê nos braços. Não trabalhava e sempre estava na casa da minha mãe. Ele trabalhava durante o dia e estudava a noite, foi quando conheceu sua amante e por comédia da vida, com o mesmo nome do que o meu. Eu sempre ficava em casa durante a noite, enquanto o casal sem respeito nenhum ficava no meu portão, na porta da escola e em lugares onde pudessem ser vistos. Todos sabiam, todos viam menos eu. Descobri quando a própria irmã me avisou e eu entrei em crise, como poderia um homem que dizia me amar tanto, fazer isso comigo? Resumindo, voltei para casa e ele assumiu o relacionamento com a sua amante. Chorei muito e até propus uma reconciliação, mas fui barrada no baile. Eu sempre amei a sua família e tive que me distanciar durante anos, a atual não me queria por lá. Todos moravam no mesmo quintal e eu deixei de visitar a minha ex sogra. Ele sempre me procurava as escondidas, seu sentimento de posse ainda me via como mulher, no caso amante. Afastei-me para não protagonizar um papel ridículo na minha própria vida. Foi o melhor que eu fiz. Eles tiveram um filho, ela o deixou depois de uns anos e chegamos a nos encontrar. Não existia mais amor, nunca mais fui visitar sua mãe, minha vida mudou muito. Não somos amigos, mas não tenho raiva, não o odeio e se eu o encontrar em qualquer lugar converso amigavelmente. Não vejo motivos para ser próxima a ele.

Outros relacionamentos apareceram, outras paixões surgiram e eu como uma mulher intensa, sempre me entrego e sou fiel em todos os meus relacionamentos. Morei com dois caras que antes eram meus amigos, nós já nos conhecíamos. O segundo cara era como um Deus pra mim. Eu sempre fui carente e nele eu havia (ou pensava) encontrado o amor. Sendo que eu fui amante sem saber e esse meu cargo foi negado por muito tempo. Os dois primeiros meses foram maravilhosos, mas depois começaram as brigas, a falta de interesse e do meu amor-próprio. Entreguei-me demais e não era recíproco. Creio que a paixão da parte dele havia ido embora e da minha parte ficava mais forte. Creio que havia um carinho como pessoa e amiga, e não como mulher. Também fui traída e até hoje dizem que os meus chifres são ilusórios. Não, nada disso. Mulher quando desconfia, torna-se um detetive oficial. Não é neurose, é sexto sentido. Ceguei-me por amor até ouvir que não existia amor ou paixão, voltei para a casa dos meus pais pela segunda vez. As ligações ficaram constantes com declarações de amor, mas não era da minha parte. Ele conheceu outra mulher, onde disse que eu ainda o procurava. É claro que ela iria me odiar e me atacar. Resolvi manter distancia e não procurar saber da vida de quem me feriu e ainda me colocou como vilã na história. Não, eu não sou santa e tive grande parcela de culpa, mas eu seria incapaz de espalhar algo sobre alguém para declarar a minha própria inocência. Hoje prefiro não ter amizade, não ver e muito menos conversar. Nada que seja dito em relação a minha pessoa é verdadeiro.

Amizade com um homem ou uma mulher que um dia você amou de corpo e alma é difícil, mas com o tempo tudo se organiza e os ressentimentos são evaporados. Existem alguns que tenho um carinho enorme, outros que não gosto nem de lembrar. Tudo depende de como a relação terminou. Não faço terapia e sou muito seletiva com os homens. Já sofri demais para entrar em outra relação, não quero mais nada pela metade e não manter amizade com quem me fez tão mal, não quer dizer que eu não seja uma mulher madura, mas sim uma mulher que tem vergonha na cara.

Joyce Xavier

Piedade do silêncio raivoso que me cerca, ignoro qualquer atitude psicopata que se desespera.

Joyce Xavier.

Enquanto eu não encontrava a saída para os meus problemas, Deus cuidava da minha ferida. Deixou-me no seu colo sagrado e abraçou o meu coração. Voltei a respirar e continuei a caminhar, Ele não me deixou sozinha e sempre me guiava para o local seguro. Hoje, não tenho mais medo do escuro, hoje eu ilumino o mal com o brilho da minha própria alma.

Joyce Xavier.

Preciso do meu silêncio para me ouvir. Quero colocar as coisas no lugar e reorganizar meus sentimentos para que não sejam levados pelo vento.

Joyce Xavier.

Quero continuar com a minha paz e rezo para não absorver as energias que não me deixam viver.

Joyce Xavier.

Sinto uma felicidade imensa ao saber que faço parte da vida de muitas pessoas. Às vezes ficamos distantes, mas é que a vida muda de direção e apresenta novos horizontes com novas pessoas. Umas pessoas são boas, outras más, mas quem é do bem e carrega a gratidão nunca se esquece daquele que esteve lá atrás e não sai do nosso coração.

Joyce Xavier.

Eu faço tudo no meu tempo. Elaboro o essencial conforme o que esteja fora do meu tormento. Brinco de amarelinha, pulo o telhado e me escondo no muro. Faço qualquer coisa que me liberte do escuro. Escuto piadas, dou risadas e me envolvo com as pessoas mais engraçadas. Vivo a minha vida, não me importo de esconder a minha ferida e assusto-me ao saber que alguém perde seu tempo querendo saber da minha vida.

Novo desafio: ame mais, odeie menos, esqueça os demais e abrace aqueles que te dão paz.

Joyce Xavier.

Não faço questão de ter vida social. A minha social eu faço nas entrelinhas.

Não queira novamente me amar

Pode me ligar, o meu número continua o mesmo. Ainda moro no mesmo lugar e não se assuste se não encontrar as suas roupas pelo armário e suas fotos nas paredes. Eu mudei e limpei toda a desordem que você esqueceu-se de arrumar, resolveu organizar seu coração com outras que não merecem sua atenção. Eu não mereço, outras não merecem... Na verdade, ninguém te merece.

Mas hoje, eu permito que venha me visitar. O sofá da sala é novo, mas o nosso CD está na estante. Ouço às vezes para me lembrar de como fui uma tola, como me deixei ser usada por alguém que mata a sua sede com as lágrimas de suas vítimas. Venha, eu não mudei a fechadura. Preparo com prazer aquele café que você me pedia todas as manhãs antes de eu ir trabalhar, aumento o volume do meu rock in roll e respeito o seu lembrar. Prometo não atrapalhar as nossas recordações, mas preciso informa-lo que seu braço não será apoiado nos meus ombros. Por tantos anos, eles pesaram com a dor da sua partida e hoje me sinto tão livre que não aceito uma despedida. Um dia cheguei a pensar que eu não era boa o suficiente para tê-lo presente na minha vida. Um dia chorei com a alma amarga e culpei-me por não ser uma boa companheira. Pobre de mim que estava enganada. As fortes dores de cabeça eram causadas pelas mentiras que você me dizia para sair na madrugada. Minhas viagens eram a sua liberdade, percorria outros corpos por vaidade e não sentia receio da verdade.

Já que você não vem para ser meu amigo, fique longe e não queira me mostrar novamente o caminho do perigo. Eu não sou descartável, eu sou humana e minha carne se mantem firme. A me ver passar, não evite seu desejo. Pode me olhar, eu deixo você me apreciar, mas fique ciente que o meu corpo nunca mais você irá abraças, dispenso suas desculpas e não quero ouvir as suas mentiras. Hoje eu sou forte, você não me usa mais e não me carrega para a sua orgia que não me satisfaz.

Joyce Xavier

Perdi-me nos seus contos e encontrei-me nos seus encantos. Disseram-me que encontrei uma nova paixão, mas como já estou calçada, observo uma nova desilusão.

Joyce Xavier.

Eu sou a vadia, a encalhada, a gorda e às vezes dizem que estou mais magra.

Eu sou a macumbeira, a mulher rampeira, a mal amada e até mesmo aquela que sempre quer fazer uma graça.

Eu sou a esnobe, a metida à besta, a cachaceira e a relaxada que só quer fazer piada.

Eu sou a mulher que vive com seu cigarro na mão, que fala palavrão, sou aquela que acorda com o café e sou também a drogada que só sabe andar pela madrugada.

Eu sou a chifruda, a imunda e a marionete dos homens infiéis.

Eu sou a falsa santa, a depressiva e a mulher que vive em roda de intrigas.

Eu sou a errada, eu sou uma vaca e sou motivo para alguém que joga conversa afiada.

Eu sou tudo o aquilo que eu não quero ser na boca de quem não tem o que dizer. Eu sou o que você quiser e mesmo assim continuo a viver, conquistando meus sonhos e fazendo por merecê-los.

Joyce Xavier

Cansei de me explicar e não quero mais saber de coisas que não vão me agradar. As falsas acusações um dia serão desmascaradas e finalmente serei inocentada. Não tenho pressa, eu espero. Deus é tão bom que faz tudo no tempo certo.

Que eu continue triste e perdida. Que eu permaneça decepcionada e assustada... Que eu continue com a certeza de não estar errada, que eu continue feliz... Que eu sinta tudo, menos raiva.

Sexta é dia de balada e eu não vou mais para a balada. Até me convidaram pra balada, mas hoje o dia amanheceu sem graça e fiquei com preguiça de me esquentar com a cachaça. Hoje é dia de balada e eu não sei o que fazer. Talvez eu mude meus planos, arrume as minhas malas e siga até aquele cara que não sai dos meus sonhos.

Joyce Xavier.

Só conheço homem merda, só me relaciono com homem merda, já me jogaram na merda e por muito tempo estive na merda. Já perdi a vontade de viver e estou desanimada com novos amores. Eles não me entendem e quase sempre mentem, fingem gostar de mim. Pode até que eu seja uma deplorável carente ou aquela mulher que nasceu para ser só, mas só quero voltar a ter esperança em conhecer alguém que me amará também.

Joyce Xavier.

Sofro de síndromes apaixonantes por homens que não valem nada.

Joyce Xavier.

Dormirei com o meu coração acelerado de tanto amor. Me corpo está congelando e preciso me aquecer nos seus braços. Confesso que a chama da paixão reacendeu e assumo precisar do seu abraço, do seu conforto e do seu lar. Sei que ao seu lado estarei segura e sinto que somente os seus beijos me curam.

Quem sabe um dia você consiga esquecer o meu passado sujo. Eu já não lembro mais do seu passado e ofereço o meu colo para fazer um cafuné sincero. Eu não sou tão louca como você diz, eu sou mais careta do que muita mulher que você ainda venha a conhecer. Não estou tão perto para dizer realmente o que eu quero, e talvez eu não consiga dizer tudo com medo de um sentimento que muitos dizem não ter futuro. Eu não me importo mais com o que as línguas desocupadas possam dizer, eu quero te fazer feliz e quero me dar à oportunidade de ser feliz também. Quero te ver e preciso ter você. Não jogue fora alguém que sempre te guardou com amor.

Pensando seriamente em processar o meu cupido. Eu mereço ser indenizada, apaixono-me somente por homens cafajestes.

Joyce Xavier.

Paciência pode até ter limite, mas não queiram testar a minha, eu não tenho limites.

Você

Você jogou o meu nome na praça

Pediu-me um tempo

Soltou-me no vento

Você disse que me amava

Que jamais me largaria na estrada

E que não beberia mais cachaça

Você me esnobou,

Mentiu e debochou

Matou-me com o seu amor

Hoje você se sente arrependido

Diz viver no perigo

E já pediu o meu ombro amigo

Hoje eu pouco me importo

Sobre você eu não quero mais saber

Quero distancia de quem um dia

Bateu palmas a me ver sofrer.

Cansada de gente chata, cansada dos falsos salvadores da pátria, cansada de cara emburrada, cansada dos muros pichados pela estrada, cansada de carregar malas pesadas, cansada do calor, cansada do frio, cansada da preguiça, cansada das novelas, cansada do café amargo, cansada do amargo da vida, cansada dos meus dias, cansada dos nossos dias e assumo estar estupidamente cansada de mim mesma.

Eu saio de casa quando eu quero, vivo na sociedade quando eu quero e faço tudo na minha vontade. Se a minha vontade não te agrada, foda-se! Eu faço o que eu quero, na hora que eu quero e pouco me importo com o que você diz... Na verdade, eu nem me desespero.

Joyce, mulher de alegria. Um nome forte, de bom humor e que transmite felicidade por onde passa. Joyce é um nome conquistador, e as pessoas que possuem este nome são iluminadas. Romantismo não falta e a indecisão quase sempre corrói a alma, mas são sorridentes e abraçam o mundo humildemente. Joyce é uma mulher forte, guerreira e que por mais que a vida a deixe cair, ela levanta quantas vezes for preciso e nunca se deixa abater. Joyce tem seus dias tristes, mas os divertidos são os que ficam na memória e na sua história. Joyce é assim: simples, deslumbrante e fascinante. Ninguém entende a boa energia que ela consome, talvez nem ela mesma. Ela sabe que é inspiradora e positiva. E sua ausência faz falta na vida de uns, mas sua presença alegra a vida de outros.

Sou estranha demais para aceitar as imperfeições que o seu veneno me traz.

Não irei me abalar, não perderei a fé e jamais deixarei de rezar. Continuarei com a minha guerra interna, lutarei contra os males que querem me destruir e conquistarei todas as vitórias que eu mereço se Deus permitir.

Joyce Xavier.

Quem insiste em destruir a vida dos outros, perde tempo em correr atrás da sua própria vitória.

Joyce Xavier.

Não ando rebelde com a vida, ando rebelde comigo mesma.

As pessoas me acham alegre, feliz e bem resolvida. Mal sabem elas que morro todos os dias e esbanjo leves sorrisos somente como disfarce.

Distraio-me com a alegria para não morrer afogada nas minhas próprias lágrimas.

Eu sou o conteúdo salvo da embalagem danificada e sou a configuração de uma vida complicada. Eu sou a destruição de uma história mal contada e sou o fogo do meu próprio incêndio. Eu sou a ilusão para os meus próprios sonhos, eu sou vista como um engano e quase fui morta num aborto. Eu sou o azul mais lindo do céu e com ao cair de noite eu sou a estrela que mais brilha no escuro. Eu sou uma realidade inventada e sou uma fantasia com várias asas. Eu sou o mundo e não tenho existência. Eu sou a carência de uma mulher e a fortaleza de um homem. Eu sou tenho uma doença na alma e encontro à cura na escrita. Eu sou a procura do meu próprio esclarecimento, eu tenho dias de tormentos e muita culpa em meus sentimentos. Eu sou um rio de lágrimas feridas e sou o sol que contagia os dias. Eu fui tudo o que eu não queria ser, me junto nos escombros ao tentar me fortalecer. Eu sou os passos alcoolizados, eu sou o sangue da minha própria dor. Eu sou as folhas que caem com o vento e sou o fruto de um belo crescimento. Eu não sou ninguém, eu sou uma carta sem remetente, extraviei-me e viajei para o destinatário errado. Eu não existo, eu sou única, eu sou estranha, eu não me entendo... Eu sou um mito.

Uso minha loucura e minha alegria como prioridades. Ninguém é obrigado a me ver triste e perdida mais uma vez pela cidade.

Joyce Xavier.