E as palavras fogem de mim

Há algumas semanas passei por uma pani

Achei até que tinha sofrido um derrame

E nas provas passei muito vexame

As palavras sumiam do meu alcance

Eu não sei o que faço mais

Porque não aguento o degrau sangrento

Falta tão pouco, apesar de achar demais

E confesso, sofro, meus nervos incham de nervoso

Mas o que eu faço pra sair desse fosso

Tenho a sensação de estar no fundo do poço

O estresse me repele dos outros talvez

Pois fico grossa repentinamente, sem nenhum alvoroço

Eu não quero me atrasar mais

Mas estou perdendo a minha paz

Deixar sair o brilho que nunca tive

Nesse inferno que se chama estudar o que me deixa triste

Até acho interessante

Mas não ao ponto que me deixe com a pele irradiante

Me sinto velha um ano em um dia

Pareço estar em uma batalha perdida

E não tenho sequer a possibilidade de ser ouvida

Qual a explicação pra tanto atraso

É a falta de amor que me faz ser tão repugnante

Ou o aumento da dor, da ferida não sarou

Pra completar hoje fiz uma besteira

Que pode me custar mais de um ano nessa trincheira

Acho que isso contribuiu pra minha doideira

Não sei onde vou parar, não sei como vou viver

E as palavras que sobram em mim, estão a entristecer...!

Una mujer
Enviado por Una mujer em 20/11/2014
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