SAUDADE...
Sinto falta das pequenas coisas. Das ‘bolitas’ perdidas no quintal. Dos segredos confiados aos meus amigos inventados. Da infância gordinha de criança... Saudosismo? Talvez. E quem nunca parou diante do horizonte e sentiu falta de alguns de seus ‘ontens’? Se já, sabe bem que nesses momentos nos esquecemos, inclusive, do relógio. Cria-se um tempo ligeiro ali. Um que se estica e logo morre pequeno, tal como um cuspe que seca muito antes de cair ao chão. Sim, quando esses instantes se congelam no ar, abrem-se brechas que nos espiam: suspiros de uma saudade morrendo de vontade de entrar, de se partir em duas – numa que vai; noutra que fica!