FAXINA DOS MORTOS

FAXINA DOS MORTOS

FRASE 1 – As aves de rapina tiveram seus repastos, havia carne humana em profusão; as beatas se benziam aloucadas; da capela saiam fantasmas mascarados; os cães arrastavam pernas e braços. Sobre o altar carne putrefata e excrementos fétidos. Os sinos anunciavam a cerimônia, o poeta bebia palavras tônicas, de seus olhos escorriam versos; do seu nariz assoprava poemas, da sua boca ouvia-se prosas. Uma alma reverenciou-o e tirou-o para dançar, no jardim dos mortos.

FRASE 2 - Sou sertanejo de nascença, amo por demais meu rincão, porém sou de pouca sabedoria, mas aqui peço sua licença para abrir aos amigos meu coração e explicar direito minha idolatria. É que nasci numa fazenda, onde tem tudo que é belo. E sem precisar ser modesto, afirmo que não é lenda. Caramba! Lá tem até castelo e não tem cabra desonesto. A natureza é pura e viçosa, tem cascata de água cristalina, também florestas verdejantes, onde a mente faz faxina.