E  ASSIM... A CIDADE CAMINHA
  
  ... A cidade ainda dorme sitiada e entorpecida sob efeitos reais cotidianos, que parece não ter mais fim. Efeitos colaterais permanentes, latejam e sangram sem parar, ao fim, à tumba solitária nos Jardins da Saudade. Saudade essa que vai definhando o coração e a vida, sem precedentes.
     Insanidade vil, no peito do homem, desgraça e prolifera, exacerbadamente, sem contenção, ao inverno vermelho, à um deserto de caveiras e corpos edificando poeira e vento frio ao sonho do não amanhã. Até quando essa orgia sangrenta e desenfreada que cospe esse fogo covarde e putrefato habitará essas cabeças monstruosas e insanas se valendo do poder do metal, no submundo, que converge sempre mais para o inferno? - Era do mundo globalizado onde fronteiras já não marcam. 
      Diferenças?  - Apenas, no poder, pelo poder.

P.S. A morte, marca.

 
(Fr/Pns/432)
edidanesi
Enviado por edidanesi em 16/11/2018
Reeditado em 05/09/2020
Código do texto: T6503948
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