Pelos cabelos de Sansão

Eu sei que a força que tinha Sansão

Não é a mesma força minha

Ainda que me restem tão poucos por opção

De outros tantos que outrora eu tinha

E mesmo a força que tinha Sansão

Não foi possível conter

A sinuosidade toda de uma mulher

Ao que ela venha a querer

Eis a razão para a queda dos meus cabelos

Eu passo creme e tudo quanto é loção

Mas o que dói não é o fato de perde-los

E sim saber que pelo fato de sabe-lo

Ainda assim eu fui de todo Sansão

E mesmo que eu fosse avesso a camomila

E só dormisse de touca por opção

De nada valeria...Se em meus sonhos Dalila

Viria...Até, quem sabe, eu pudesse esculpi-la

Entre os escombros e refazer-me Sansão

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 07/05/2008
Reeditado em 04/02/2010
Código do texto: T979626