O USO DOS PORQUÊS
“Por que o porquê é tão complicado? Porque o livro por que estudei não é bom. Agora entendeu por quê?”
Na frase acima, notamos o uso de quatro porquês. Apesar de ser um tema muito discutido, traz muitas dúvidas. É só dar uma olhada nos textos, desde um simples e-mail ao mais relevante relatório, trocar (seja por conhecimento ou por descuido) essa palavra tornou-se comum no dia-a-dia dos escritórios.
Por isso, segue para conhecimento de todos um breve estudo para que não haja mais dúvidas do correto uso dos porquês:
Por que (separado e sem acento)
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao teatro? (por qual razão)
Não sei por que você quer saber. (por qual motivo).
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Não sei por que motivo ele permaneceu na fila do banco. (pelo qual)
Por quê (separado e com acento)
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos: Vocês não enviaram o relatório? Por quê?
Copiar todos os documentos, por quê?
Porque (junto e sem acento)
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Exemplos: Não fui à reunião porque tenho que levantar uma pesquisa. (pois)
Não vá fazer pesquisas porque sua ausência prejudicará a reunião. (uma vez que).
Porquê (junto e com acento)
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê da reunião ninguém sabe. (motivo)
Diga-me um porquê dessa reunião. (uma razão)
Agora está mais do que claro por que você não vai mais confundir os porquês da vida.